A abertura dos envelopes de licitação que possibilitará a escolha da empresa executora das obras de dragagem do Porto de Cabedelo foi adiada mais uma vez. Isto porque a Secretaria Especial de Portos (SEP), em atendimento a uma solicitação do Tribunal de Contas da União (TCU), revogou, temporariamente, a licitação que seria realizada no dia 12 de novembro. Esta é a segunda vez que o processo é adiado. A necessidade de se adequar o estudo de impacto ambiental, que estava fora do padrão, é o principal motivo da decisão segundo o presidente da Companhia Docas da Paraíba, Wagner Breckenfeld. O TCU solicitou a suspensão alegando ainda que havia “ausência de estudo de viabilidade econômica” e “sobrepreço” nos custos dos serviços de engenharia.Wagner lembra que tanto o estudo de impacto ambiental, quanto a viabilidade econômica da obra e os valores arbitrados para tal finalidade foram realizados pela antiga gestão do Porto e que a atual administração da instituição só deu prosseguimento a ação que será benéfica para a Paraíba, pois praticamente dobrará a atual capacidade do Porto de Cabedelo e gerará pelo menos mil novos empregos diretos. “O estudo de impacto ambiental realmente estava fora das especificações e nós já estávamos providenciando um novo detalhamento dentro das exigências da SEP, tanto que devemos concluir o novo estudo dentro de uns 30 dias”, argumenta Wagner.O dirigente da Companhia Docas da Paraíba argumenta que o pedido de suspensão baseado no fato do Porto não apresentar viabilidade econômica para tal investimento não tem o menor fundamento. “Vamos apresentar relatórios que comprovam que há viabilidade sim”, argumenta Wagner, destacando que para isso foram contratadas empresas especializadas, inclusive fora do estado, para elaboração deste estudo de viabilidade econômica. Quanto a notícia de que a suspensão da licitação também se deu em função de “sobrepreço”, Wagner é taxativo. “Os valores estão compatíveis aos praticados em nível nacional”, destaca ele, lembrando que a atual gestão da Companhia não teve qualquer participação na formatação das planilhas. “O processo já estava todo pronto e em andamento quando assumimos em abril deste ano”, lembra ele.As obras de dragagem do Porto de Cabedelo serão financiadas com recursos do PAC e visam a ampliação da capacidade operacional do terminal portuário com a dragagem do canal de navegação, bem como da bacia de evolução, dragada pela última vez há mais de cinco anos, permitindo que navios de grande calado trafeguem e descarreguem sem riscos devido ao assoreamento. A obra custará o equivalente a R$ 49,4 milhões.Com um canal medindo seis quilômetros de extensão, 150 metros de largura e 9,14 metros de profundidade, atualmente o Porto tem uma limitação de recebimento de embarcações de até 30 pés de calado. Com as obras de dragagem o porto poderá receber embarcações de até 40 pés de calado. Hoje o porto de Cabedelo tem capacidade para receber 30 a 35 mil toneladas de mercadorias por embarcação. Após a dragagem, a tendência é que o porto aumente o fluxo de recebimento, tendo em vista que estará preparado para o desembarque de até 50 mil toneladas por embarcação.
Uma visita rápida, mas importante. O presidente do Porto de Louisiana – nos Estados Unidos –, Joel Chaisson, esteve no Ceará para apresentar ao Estado a infraestrutura de um dos mais importantes escoadouros do Hemisfério Ocidental. A intenção é ampliar laços comerciais com empresas cearenses interessadas em se instalarem na área industrial do porto. De concreto, nada foi fechado, de duas semanas para cá. Mas a passagem de Chaisson foi avaliada como importante para ampliar os negócios entre Ceará e os EUA. “O leque industrial cearense é muito amplo. Qualquer indústria pode ir para Louisiana. Depende só do capital”, comentou o superintendente do Centro Internacional de Negócios (CIN), Eduardo Bezerra. Ele afirma que o interesse do presidente do porto foi despertar os empresários cearenses para que se associem a empresários norte-americanos e instalem novas indústrias nos EUA. O porto possui cerca de oito segmentos fortes de atuação. O Estado sai perdendo para Pernambuco, porque o maior interesse do empreendimento é o etanol. O Ceará não produz etanol. Mesmo assim, Bezerra insiste que é possível participar mais ainda da economia norte-americana. “De qualquer forma, temos como instalar indústrias de outra natureza. A Santana têxtil, por exemplo, tem um projeto no estado do Texas. Outra indústria cearense, então, poderá estar também nos EUA ”, lembrou. Os representantes do Porto de Louisiana não realizaram nenhum contato direto com empresas. Houve um encontro com o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Roberto Macêdo, e uma visita ao Porto do Pecém. A defesa do superintendente do CIN é de que só se vence uma crise realizando negócios. A retomada e a ampliação dos negócios foram os principais motivos para a visita de Chaisson ao Ceará. “Uma das bandeiras para os EUA superarem a crise econômica, com competência, é a realização de novos negócios. Obama não faz milagre, mas trabalha com muita racionalidade”, argumenta Bezerra. É estratégico para os EUA ampliar a movimentação dos portos, particularmente, os da Costa Leste, que se interligam à América Latina e à Europa.
Teve início na manhã de ontem o acondicionamento em contêineres do lixo inglês armazenado na estação aduaneira de Caxias do Sul. Ontem, três contêineres receberam parte das 144 toneladas de resíduos importados irregularmente da Inglaterra e enviados para lá. Em cada unidade foram colocadas em torno de 15 toneladas. À tarde, as unidades já carregadas saíram de Caxias em direção ao Porto do Rio Grande. Nesta quarta-feira, mais uma parte do material será colocada em contêineres. No total, deverão ser carregadas dez caixas de metal. Conforme o chefe do Escritório Regional do Ibama, com sede em Rio Grande, Sandro Klippel, até sexta-feira as 144 toneladas da carga irregular deverão estar no porto rio-grandino. O embarque no navio que fará a devolução deste lixo para a Inglaterra deverá ocorrer em 10 ou 11 deste mês. Estes resíduos vieram para o Brasil junto com outras dezenas de contêineres com a indicação de que eram polímeros de etileno para reciclagem. No entanto, ao abrir as caixas de metal, a Receita Federal descobriu que no interior delas estava lixo doméstico e tóxico. Os 40 contêineres retidos no Tecon e os 41 que chegaram ao Porto de Santos (SP) foram embarcados no navio MSC Oriane em 1º de agosto e já chegaram ao Reino Unido.
A Multilog SA, porto seco com área alfandegada de 331 mil metros e área total de 436,4 mil metros quadrados, em Itajaí, divulgou plano de investimentos para os próximos doze meses no valor de R$ 20 milhões. O anúncio foi feito pelo diretor superintende da empresa, Rogério Fortunato, ao superintendente do Porto de Itajaí, Antonio Ayres dos Santos Júnior, na manhã desta quarta-feira [02]. “Independente dos problemas passageiros que o Porto de Itajaí enfrenta, os acionistas do grupo continuam acreditando no potencial econômico e no crescimento da atividade portuária na cidade e região”, disse Fortunato.
Se decidir disputar os gaseiros, o EAS vai enfrentar empreendimentos nordestinos (e ainda virtuais). A Transpetro enviou, ontem, cartas convite para dez estaleiros brasileiros e outros nove estrangeiros, que terão que construir as embarcações em território nacional, respeitando um índice de nacionalização de 70% na compra de equipamentos e serviços.