A Usiminas está operando com algo entre 85% e 90% de sua capacidade instalada, devendo terminar o ano com 15% de ociosidade em suas unidades produtivas, já que um de seus alto-fornos ficará paralisado no mínimo até o fim do ano. Segundo o presidente da empresa, Marco Antônio Castello Branco, a companhia não está contratando neste momento porque ainda tem ociosidade. Além disso, o mercado ficará atento ao risco de excesso de oferta no mercado com o religamento de altos-fornos ao redor do globo. O executivo participou hoje (25) do 2º Encontro Nacional da Siderurgia, promovido pelo Instituto Aço Brasil (IABr), novo nome do Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS).
"Você tem uma série de instalações que pode entrar em operação no mundo inteiro. No Brasil, por exemplo, temos um alto-forno que está parado: não o colocamos em operação porque ainda não tem mercado", explicou. "Existe o risco de ter excesso de oferta, principalmente de o consumo não se sustentar no nível que esperamos."
Preços - Ele afirmou também que os preços do aço já estão apresentando uma "pequena recuperação" no Brasil e no exterior. "Mas não espero que os níveis alcançados em 2008 no mercado brasileiro voltem a ocorrer este ano ou mesmo no ano que vem", disse o executivo.
Ele lembrou que o excesso de oferta no mercado de aço, especialmente no à vista (spot), provocou uma queda muito grande nos valores das commodities. "Mas na medida em que os estoques se regulam, os preços tendem a voltar a níveis normais", ressaltou.
Ele também vê melhora gradual de suas demonstrações financeiras. "Mas o grande efeito vai ser quando terminarem os estoques de matérias-primas a preços antigos, o que deve ocorrer no último trimestre do ano", disse, observando que espera fechar o próximo trimestre com o balanço no azul.
Fonte: Jornal do Comércio/Agência Estado