O modelo agrícola brasileiro e a discussão sobre a reforma do Código Florestal têm levantado muita polêmica, entre ambientalistas, grandes e pequenos produtores. Portogente conversou com Eliane de Moura Martins, do movimento Via Campesina do Rio Grande do Sul. Ela afirma que a alteração do Código Florestal é para avançar a fronteira agrícola do agronegócio para a região amazônica e o cerrado.
Na semana em que o Código Florestal poderá ser votado pela Câmara dos Deputados, o coordenador geral do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, fala ao Portogente sobre a importância do País dar maior atenção à agricultura familiar e critica a postura do Ministério da Agricultura de estar voltado totalmente para os interesses do agronegócio, “que é uma agricultura sem agricultores”. Defende, ainda, a mudança da diretoria da Embrapa que foi apoderada pelo agronegócio.
O licenciamento ambiental do Terminal Marítimo Mar Azul, da Norsul, promete repetir a polêmica que envolveu o estaleiro que o empresário Eike Batista queria construir na cidade de Biguaçu, na Grande Florianópolis (Santa Catarina). Desta vez, a disputa está mais ao norte do Estado, no município de São Francisco do Sul, na Baía da Babitonga. Nós últimos meses a reportagem do Portogente recebeu documentos sobre o porto privado que está em processo de licenciamento ambiental no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), em rápida conversa com o Portogente, no I Fórum da Igualdade, realizado nesta semana na capital Porto Alegre, assume tom conciliador sobre as mudanças no Código Florestal Brasileiro em discussão no Congresso Nacional. Para ele, deve se chegar a um acordo na comissão determinada pelo presidente da Câmara Federal, o seu conterrâneo e companheiro de partido, Marco Maia.
A cidade de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, foi a mais citada durante as discussões sobre energia nuclear nas audiências públicas realizadas, na quarta-feira (23), por comissões do Senado e da Câmara dos Deputados. O município fica a 20 quilômetros das usinas nucleares de Angra I e II [foto] e, segundo deputados, senadores e especialistas, não está preparado para tomar as devidas providências caso ocorra um acidente nuclear.