A empresa MPX Energia, do megaempresário Eike Batista, que quer construir uma central termoelétrica na região do Atacama, no Chile, enfrenta forte resistência da Comunidade Agrícola Totoral, que acusa o negócio de prejudicial ao meio ambiente e à sobrevivência de futuras gerações do local. Quem falou sobre o conflito ao PortoGente, por e-mail, foi Alvaro Toro, do Observatório Latinoamericano de Conflitos Ambientais.
Foto: Suzana PiresO Diário Oficial da União do último dia 13 trouxe a Portaria nº 485. Ela exonera o analista ambiental Apoena Calixto Figueirôa [foto] do cargo de Chefe de Unidade da Estação Ecológica de Carijós de Santa Catarina, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Figueirôa esteve à frente do grupo de trabalho que avaliou o Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima) do estaleiro da OSX em Biguaçu, na Grande Florianópolis. O órgão local negou, por duas vezes, a anuência para a instalação do empreendimento naquela alternativa locacional. Apoena declarou ao PortoGente que não foi informado sobre os motivos da sua exoneração.
Falta de transparência sobre o retorno dos investimentos com sustentabilidade e sobre o cumprimento das normas da Organização Internacional do Trabalho (OIT) estão entre as principais deficiências das empresas que fazem parte da carteira do IBovespa, segundo o estudo "As Empresas Mais Transparentes do IBovespa 2010". O levantamento realizado pela Management & Excellence aponta também que as três mil maiores empresas do mundo causam US$ 2,2 trilhões em danos ambientais anualmente.
No dia 6 de junho do ano passado, a Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente de Ipatinga (a 256 km da capital mineira Belo Horizonte) recomendou à siderúrgica Usiminas que adotasse ações imediatas para impedir a utilização, para qualquer finalidade, de águas subterrâneas num dos bairros da cidade, o Vila Ipanema. O motivo: a descoberta de que essas águas estão contaminadas por benzeno em altos níveis, substância utilizada no processo produtivo do aço. Passado um ano, a contaminação e a proibição ainda persistem.
Fotos: Celso Martins JúniorNesta segunda parte da entrevista, o promotor do Ministério Público do Estado em Santa Catarina, Rui Arno Richter, diz que acompanhou os ataques violentos que os técnicos do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) de Santa Catarina sofreram depois que não autorizaram a instalação do estaleiro da OSX na cidade de Biguaçu, na Grande Florianópolis. Os técnicos foram acusados, diz Richter, de dar o parecer numa folha só. “Apurei que isso não é verdade. Tem muito material que embasa o parecer deles”.