Quinta, 25 Abril 2024

Laire Giraud

Despachante aduaneiro, colecionador de cartões-postais, especialmente de transatlânticos. Colaborador da Revista de Marinha de Portugal. Publicou cinco livros, como autor e co-autor, sobre temas da Santos antiga.

No início deste venturoso ano de 2012, os e-mails chegaram com menor intensidade devido ao marasmo natural após a virada de ano.

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O Caronia esteve em Santos no dia 19 de março de 1953. A bordo estavam 590 turistas, sendo a maioria estadunidenses. O navio chegou na barra nas primeiras horas da manhã sob o comando da capitão-de-longo-curso Robert C. Thewel, que era oficial reformado da Royal Navy (Real Marinha Britânica), razão que levava o navio a exibir a bandeira da marinha de guerra na popa.

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Os transatlânticos de casco branco têm um visual mais elegante e jovial do que outros navios que utilizam cores diferentes, como o casco preto. É justamente essa alvura que faz com que muitos cruzeiristas gostem de passar o Réveillon a bordo, pois o branco está associado à passagem, ao novo.

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A América é, indubitavelmente, o último refúgio da terra, o último campo de ação do capitalismo, da glória e da alegria de viver. Enquanto me absorvo nestes pensamentos, as palestras se animam. A diretora social do navio, loira, alta, desenvolta, apresenta os passageiros entre si. Aproxima-se a noite. O tempo, lá fora, é ventoso. A orquestra toca “fox-trots” e valsas. Leio o nome de vários conhecidos que ainda não encontrei. Por estes dias terei o prazer de apertar-lhes a mão. Ao fim do banquete, um passeio na coberta. Rose, uma das senhoras de Campinas, convida-me a passear. Vem-me o pensamento de que quer fazer exercício para não engordar. Duas voltas e nos apoiamos à amurada. “A lua – diz ela – o mar e...” Fica um instante em silêncio e eu me julgo no dever de acrescentar... “e a senhora”. “E nós”, corrige ela. Em outros tempos isto me pareceria romântico. Agora, sorrio e esclareço: “A senhora só. Eu sou um homem casado...” “Que importa?” – ela replica, com um sorriso. Convido-o a ir ao salão. A orquestra acompanha o cantor. O público fá-lo refletir. “O amor está me chamando”.

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Anos atrás, guardei um recorte de jornal do início dos anos 1950, que encontrei entre as coisas deixadas por minha avó materna Bemvinda Giraud. Esse recorte continha um texto um tanto estranho contado por um viajante que vinha a bordo do transatlântico italiano Conte Grande, de Gênova para Santos, com escalas intermediárias em Lisboa e Rio de Janeiro. O fim da rota do navio era Buenos Aires, passando antes por Montevidéu, no Uruguai.

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