Domingo, 19 Mai 2024

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Navios e portos do Brasil resgata, através de imagens de cartões-postais e fotografias de álbuns, a história da navegação entre 1900 e a década de 1960, quando finda a época de ouro da navegação transatlântica. Os autores, João Emilio Gerodetti e Carlos Cornejo, destacam no livro tanto a navegação oceânica, maneira do País se comunicar com a Europa em linhas regulares, quanto as rotas que serviam as vias fluviais do interior do País e as cidades costeiras. São 520 imagens que trazem de volta uma época que em geral sobrevivia apenas nas lembranças dos mais velhos e que ajudam a entender melhor algumas transformações que ocorreram no Brasil nas últimas décadas. E que mostram uma época em que o País lançou os fundamentos para o seu desenvolvimento econômico. Esta reportagem mostra a participação dos portos gaúchos no livro lançado pela editora Solaris Edições Culturais.

Criação do porto do Rio Grande é marco
para o nascimento do Rio Grande do Sul

A construção do porto do Rio Grande confunde-se com a origem da cidade de Rio Grande de São Pedro - nascida como Forte Jesus, Maria e José, em 1737, quando chegou ao local a expedição portuguesa comandada pelo brigadeiro José da Silva Paes- e do próprio estado do Rio Grande do Sul. A missão de Paes era fixar um reduto militar na região com o objetivo de barrar o acesso marítimo dos espanhóis ao interior do Brasil. Região sujeita a muitos acidentes, a embocadura da Lagoa dos Patos, que fora transposta pela primeira vez por Paes, exigiria a perícia e habilidade de quem conhecia todos seus meandros. Por isso em 1864 foi criada pelo governo imperial a Inspetoria da Praticagem da Barra, uma maneira de reduzir os acidentes marítimos - marujos experimentes passaram a orientar os navios que entravam no porto, orientando com bandeiras durante o dia e com tochas acesas durante a noite. Dizem os autores do livro Navios e Portos do Brasil que "um ano depois, registravam-se mais de 600 embarcações que haviam penetrado na barra par ancorar no pequeno porto, atualmente conhecido como Porto Velho, por meio do qual eram exportadas mercadorias como trigo, couro e charque".
O livro registra que Michael G. Mulhall, que chegou a Rio Grande a bordo do navio Camões, em 1873, deixou o depoimento de que na época havia "três companhias de vapor na linha entre Rio Grande e Porto Alegre, duas entre Rio Grande e Montevidéu, dois vapores da companhia inglesa Lamport & Holt mantêm uma linha mensal até o Rio de Janeiro. Além disso, numerosos vapores ligam Rio Grande a Pelotas, Jaguarão e outros portos da Lagoa dos Patos e da Lagoa Mirim. O melhor é o Guaíba, no qual partirei para Porto Alegre. Mas nada supera as elegantes acomodações dos vapores costeiros da Lamport & Holt, Calderón e Camões, construídos para esse comércio e que também levam a bandeira brasileira como navios-correio. Durante seis meses em que estive navegando, não perderam nem um dia na barra do Rio Grande, o que é um fato notável, pois os antigos vapores ficavam retidos por semanas dentro ou fora, antes de se atrever a ultrapassá-la".
Lembram os autores que até 1860, a profundidade da barra era de pouco mais de dois metros, o que tornava a passagem extremamente perigosa. Dezenas de navios naufragaram na barra nesse período e mesmo depois da construção dos molhes, a turbulência do mar continuou provocando tantos naufrágios que o local acabou sendo conhecido como cemitério de navios.
O início das obras para a fixação da barra do Rio Grande foi em 1906, quando o governo contratou o engenheiro Elmer Lawrence Cortheill, que organizou a companhia Port of Rio Grande do Sul, com sede em Portland, Estados Unidos. Ele deveria construir o porto em troca do direito de sua exploração por 70 anos, mas por falta de capital sua empresa teve de abrir mão do contrato dois anos depois, quando ele foi transferido para a Compagnie Française du Port du Rio Grande do Sul, com sede em Paris. Essa empresa fez as obras de aprofundamento da barra e dos molhes e construiu o Porto Novo com 1.500 metros de comprimento. A inauguração do porto em 1915 foi com a atracação do navio-escola da marinha Benjamin Constant. O porto estava com um calado de seis metros.

Único terminal marítimo do Estado tem o maior calado da região do Mercosul

O porto do Rio Grande é o mais meridional do Brasil, está na margem oeste do Canal do Norte, escoadouro da Lagoa dos Patos. É o único porto marítimo do Rio Grande do Sul, característica que aumenta a sua importância logística para a economia do Rio Grande do Sul, que se caracteriza pela vocação exportadora. Rio Grande é também o porto de maior calado do Mercosul e, no futuro, deve tornar-se um porto concentrador de cargas do Rio Grande do Sul, do Uruguai, Argentina e Paraguai. O complexo portuário de Rio Grande se constitui de quatro instalações principais: o Porto Velho, o Porto Novo, o Superporto e São José do Norte, este uma área pesqueira que ainda não adquiriu importância econômica.
O Superporto, implantado entre as décadas de 1950 e 1980, tem 3.020 metros de extensão e conta com os terminais mais importantes de Rio Grande, quase todos eles graneleiros e voltados principalmente para a movimentação dos produtos do complexo soja. Esses terminais estão distribuídos ao longo de aproximadamente 10 quilômetros de extensão. O Porto Novo, que teve a maior parte de suas instalações construídas entre 1911 e 1916, tem 1.952 metros de extensão e é especializado em carga geral. As suas áreas de maior destaque são as de movimentação de contêineres, arrendadas a um grande número de operadores privados. O Porto Velho, construído em 1915, tem 640 metros de extensão e vem sendo utilizado unicamente para a movimentação de pescado.

Porto Alegre ganhou importância econômica graças ao Guaíba

A importância do Rio Guaíba como via de acesso foi determinante para a transferência da Câmara Municipal de Viamão para o povoado de São Francisco do Porto dos Casais, em 1773, por determinação do governador da província. A mudança provocou a elevação do Porto dos Casais - que a partir de 1822 passaria a se chamar Porto Alegre - a cidade e a capital da província de São Pedro do Rio Grande do Sul. Nessa época já era intenso o movimento de seu porto, principal ponto de escoamento da produção agrícola vinda das colônias situadas nos vales dos rios que desembocam no Guaíba. Foram os rios também que serviram de caminho para as levas de imigrantes alemães e italianos que desembarcavam de transatlânticos em Rio Grande, depois de duas semanas de viagem, e depois seguiam para Porto Alegre em navios menores que navegavam pela Lagoa dos Patos até o Guaíba.
Um dos passageiros do navio Saturno, do Lloyd Brasileiro, Annibal Amorim, em viagem para Porto Alegre feita em 1906, conta que "de Rio Grande a Pelotas a viagem é feita em poucas horas. De Pelotas a Porto Alegre, pela Lagoa dos Patos, são uns 200 quilômetros. Pela entrada da noite, vão aparecendo os primeiros faróis da Lagoa. Aqui é o do Capão da Marca, ali é o do Bojurú e, no outro dia, nas proximidades de Porto Alegre, é o antigo Farol do Itapuã. À medida que se avizinha da capital do Rio Grande do Sul, as margens da lagoa vão se aproximando, até que o vapor entra no estuário dos rios Jacuí, dos Sinos e Gravataí, que se tem dado o nome de Guaíba". Apesar de notar que a vista da cidade se aproximando "é agradabilíssima", Amorim diz que o desembarque não é dos melhores: "os vapores encostam junto à ponte de madeira dos trapiches do Lloyd. Os passageiros, para ganhar a rua, têm que atravessar um longo armazém, repleto de barricas, sacos de farinha de trigo e fardos de alfafa. Quando chegam lá fora, em plena Praça do Mercado, estão com as roupas em petição de miséria. Não há na orla do estuário um só palmo de cais onde possa encostar um vapor. Tudo está como no tempo em que ali chegaram os primeiros açorianos por visível incúria das companhias de vapores e dos governos locais. Em terra, aqui está a Praça Sete de Setembro, antiga do Mercado, com seu intenso movimento comercial, carroças, carros de praça, tramways elétricos, tudo o que caracteriza uma cidade que se transforma".
Esse cenário traçado pelo passageiro do vapor Saturno começaria a mudar em 1913, quando foi concluída a primeira parte do porto de Porto Alegre com 140 metros de extensão. Três anos depois um novo edital era lançado para a construção de mais 600 metros de cais e de armazéns. Vencidos alguns percalços e a mudança do projeto, em 1919, o presidente da Província, Borges de Medeiros inaugurou a obra em agosto de 1921. Finalmente, a capital gaúcha tinha um porto adequado para o movimento de navios.

Livro valoriza iconografia de 1900 a 1950

João Emilio Gerodetti e Carlos Cornejo, autores do livro Navios e Portos do Brasil, lembram que durante o século XIX Porto Alegre era servida por diversas companhias de navegação como a Companhia Nacional de Navegação Costeira, que fazia a rota Porto Alegre-Belém, e o Lloyd Brasileiro, que desde 1891 mantinha a linha do Sul, que saía do Rio de Janeiro e operava em Santos, Paranaguá, Antonina, São Francisco do Sul, Florianópolis, Rio Grande, Pelotas e Porto Alegre. A partir de 1900 o Lloyd prolongou a rota até Montevidéu e Buenos Aires.

Jornal do Comércio - O que os levou a contar a história dos Navios e Portos utilizando cartões-postais?

Carlos Cornejo - Começamos a trabalhar com esse tipo de material em função da importância histórica que os cartões-postais possuem e que até agora não havia sido valorizada. Essas imagens correspondem a mais rica iconografia produzida entre 1900 a 1950 e as bibliotecas e arquivos públicos não contam com este tipo de registro.

João Emílio Gerodetti - Esse trabalho começou para colocar ao alcance do público imagens de locais e cenas, já que são imagens públicas. É muito importante que a gente divulgue isso, inclusive para que as novas gerações tenham uma idéia do que já foi o Brasil.

Jornal do Comércio - Qual o significado dos cartões-postais para a população de cem anos atrás?

Cornejo - O cartão-postal no começo do século XIX era equivalente à televisão, internet e vídeos de nossos dias. Na época eram raros os meios visuais. A forma que as pessoas tinham de trocar imagens com informações visuais era através dos cartões-postais, tanto que se fala de uma idade de ouro do cartão-postal. As imagens retratavam não só ambientes urbanos, mas todos os fatos que aconteciam. Tipos populares, eventos, a primeira guerra mundial inteira, os primórdios da aviação, do automobilismo, do ciclismo.

Jornal do Comércio - Que tipo de peculiaridade os cartões-postais retrataram do porto de Porto Alegre?

Cornejo - Do porto de Porto Alegre o mais interessante era o fato de ser um porto de interior. O entorno, a cidade litorânea, o farol antes de chegar na cidade. Porto Alegre parecia extraordinária para os viajantes por causa da feição européia, da beleza, do desenvolvimento. Antes de conhecerem a cidade, os visitantes imaginavam-na um lugar primitivo. O porto era a porta de entrada de Porto Alegre e naquela época havia uma bela convivência entre a população e o Guaíba. Era local de recreação e havia muitos clubes de regatas.

Jornal do Comércio - Como foi feita a pesquisa?

Cornejo - Utilizamos uns duzentos livros de referência, mas todas as histórias eram fragmentárias, porque não havia um conjunto do período. A obra possui 520 fotografias e contou com 30 consultores. Um aspecto importante é que milhões de brasileiros são descendentes de imigrantes, netos, bisnetos de imigrantes que chegaram naqueles navios. A maioria lembra de alguma história, mas nunca viram uma imagem da embarcação. Esse trabalho é um importante resgate histórico.

Gerodetti - Este trabalho é uma seqüência de outros cinco livros, todos eles abordando aspectos brasileiros de cem a setenta anos atrás.

Jornal do Comércio - Quantos cartões-postais vocês possuem e como os conseguem?

Gerodetti - Possuo cerca de 12 mil cartões-postais. Há sessenta anos venho juntando esta coleção. Mas também os consigo em filatélicas, com particulares, livrarias, antiquários, sebos, leilões.
 
Fonte: Jornal do Comércio - 22 FEV 07
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Uma fila de caminhões carregados com soja voltou a se formar nas imediações do Porto de Paranaguá. O superintendente do porto, Eduardo Requião, disse que a fila se formou porque “operadores portuários, plantadores, cooperativas e produtores de Mato Grosso e Goiás, como estão diante de supersafra, tentam forçar o porto a abrir o silão para a soja transgênica.” O governo do Paraná não permite o armazenamento de soja transgênica no porto público. Segundo Requião, a legislação prevê suspensão de cinco a 180 dias para as empresas que descumprirem as regras portuárias. Segundo o superintendente, o porto adotou medidas logísticas, entre elas a nominação prévia de navios e local para estocagem, a fim de evitar as filas. Requião afirma que a fila, ontem, era de 400 caminhões. Operadores do porto falam em 700 veículos.O presidente da Federação da Agricultura de Mato Grosso, Valdir Correa da Silva, disse que a entidade não aceita que se jogue a culpa das filas sobre os produtores. “Por parte do produtor não há nenhum esquema, mesmo porque a primeira soja ele entrega para as tradings como pagamento de dívidas.” Operadores e corretoras criticaram a restrição para o embarque da soja. “A capacidade do porto é pequena e enquanto há restrição para a soja transgênica, o silo público está com espaço ocioso suficiente para 85 mil toneladas”, diz Maurício Xavier, diretor da Gransol, uma das empresas que opera no porto. A demora no embarque da soja aumenta os custos de transporte, por conta das multas que são pagas a cada dia de espera.

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SÃO PAULO – O mercado de bioenergia, em que o Brasil se destaca no cenário mundial, continua a atrair grandes grupos estrangeiros. Dois deles anunciaram ontem a entrada no Brasil.

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Uma fila com centenas de caminhões carregados com soja voltou a se formar ontem nas imediações do porto de Paranaguá, no Paraná. O superintendente do Porto de Paranaguá, Eduardo Requião, disse que vai apurar a responsabilidades sobre o congestionamento que começou a se formar durante o feriado de Carnaval no acesso ao porto. "Vamos averiguar como isso aconteceu e quem são os responsáveis".
 
Segundo Requião, a legislação prevê suspensão de cinco a 180 dias para as empresas que descumprirem as regras portuárias. A infração no caso seria o envio de caminhões sem nomeação para o embarque. Antigamente, tais veículos poderiam descarregar no porto público, mas com a mudança de regras ocorrida há dois anos apenas soja convencional pode ser colocada ali. E a maioria dos caminhões que está na fila carrega soja transgênica. "Há mais de dois anos não temos filas em Paranaguá. Mas agora estão tentando forçar a abertura do armazém público para a soja transgênica", afirma o superintendente. Requião afirma que a fila, ontem, foi de 400 caminhões. Operadores do porto falam em 700 veículos.

Enquanto isso, operadores e corretoras criticam a restrição para o embarque da soja, que consideram a principal responsável pelas filas. "A capacidade estática do porto é pequena e enquanto existe restrição para a soja transgênica, o silo público está com um espaço ocioso suficiente para 85 mil toneladas", comenta Maurício Xavier, diretor da Gransol, uma das empresas que operam no porto. Ele cita ainda a chuva como uma das razões da formação da fila. "Se parar de chover a fila acaba em 24 horas", avalia.

O analista Steve Cachia, da Cerealpar, diz que há uma preocupação quanto à volta das filas em Paranaguá. "O temor é de que haja uma ’’fuga’’ para outros portos", diz. A demora no embarque da soja aumenta os custos de transporte por conta das multas que são pagas a cada dia de espera.
Alguns caminhoneiros denunciaram que houve tentativa da polícia de retirá-los do pátio. A secretária do Sindicato dos Operadores Portuários disse que entraria em contato com o presidente para que ele respondesse às acusações, mas não houve novo contato.

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás, Macel Caixeta, reclamou que a entidade não aceita que se jogue a culpa sobre os produtores. "É mais um absurdo que acontece no Brasil", afirmou. "O nosso papel é plantar e ajudar o País a crescer, quem exporta são as tradings e as multinacionais." Mas ele criticou a restrição para exportação dos produtos transgênicos. "Se o plantio está permitido no Brasil tem que ser escoado", argumentou.

O diretor da Federação da Agricultura de Mato Grosso, Valdir Correa da Silva, também foi enfático. "Por parte do produtor não há nenhum esquema, mesmo porque a primeira soja ele entrega para as tradings como pagamento de dívidas."
 
Fonte: Jornal do Comércio - 22 FEV 07
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A Louis Dreyfus Commodities Bioenergia, empresa brasileira do grupo francês Louis Dreyfus, e fechou os termos da aquisição das atividades de açúcar e álcool do Grupo Tavares de Melo. O negócio envolve a transferência em curto prazo das unidades produtoras Usina Estivas (RN), Agroindustrial Passa Tempo (MS) e Usina Maracaju (MS), além da destilaria autônoma de álcool Giasa (PB) e a Usina Esmeralda (MS), que está no início da sua construção. Com isso, o Tavares de Melo deixa o setor sucroalcooleiro, responsável pela maior parte do seu faturamento e no qual o grupo começou suas atividades, em 1920. A negociação deverá ser concluída até o dia 20 de março.Para o Grupo Tavares de Melo, a decisão de vender seus ativos industriais do setor sucroalcooleiro deve-se a um realinhamento de negócios.. “Após décadas de relacionamento comercial entre os grupos, a parceria continuará por meio do arrendamento de terras para plantação de cana, já que as propriedades agrícolas não foram incluídas na negociação”, diz Carlos Tavares de Melo, diretor-presidente da área de açúcar e álcool do grupo.Organização pernambucana e com 87 anos de existência, o GTM atua em quatro ramos de negócios: sucroalcooleiro, embalagens - no qual mantém duas fábricas no RN -, calçados e combustíveis. Com faturamento de cerca de R$ 1 bilhão em 2006, o Grupo é familiar e tem o capital fechado. Suas unidades em quatro estados empregam aproximadamente 7 mil funcionários, podendo chegar, no período de safra, a 12 mil pessoas. Na safra 2006/2007 as filiais da Tavares de Melo Açúcar e Álcool S/A produziram até janeiro deste ano mais de 8 milhões de sacos de açúcar e cerca de 185 milhões de litros de álcool.LD Commodities tem planos de expansãoCom essa aquisição, a LD Commodities passa a ocupar a segunda posição no ranking brasileiro de produção de açúcar e álcool, com grande potencial de crescimento nos próximos anos. “A aquisição das quatro unidades industriais faz parte da decisão do grupo de investir no setor sucroalcooleiro, principalmente diante das projeções de alta demanda de etanol nos mercados doméstico e internacional. A qualidade dos ativos e da gestão do Grupo Tavares de Melo também foi fundamental para a conclusão do negócio”, explica Bruno Melcher, diretor-executivo da empresa.A LD Commodities passa a produzir também algumas variedades especiais de álcool para as grandes indústrias dos setores farmacêutico e de bebidas, além de ter fortalecida sua posição no comércio varejista de açúcar das regiões Nordeste e Centro-Sul, onde são distribuídos os produtos das marcas Estrela, Estivas e Dumel. Já a partir desta safra, dobra a capacidade de processamento de cana-de-açúcar da LD Commodities. “Neste ano, processaremos 11,8 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. Em 2009, devemos moer 18,5 milhões de toneladas em oito unidades industriais.. Além disso, as plantas de Mato Grosso do Sul terão sinergia com a nova usina da LD Commodities que está sendo construída no Estado e deve ser inaugurada em 2008”, comenta Melcher.Usina da Tavares de Melo está no Estado desde 1970Presente no Rio Grande do Norte há 37 anos, a Usina Estivas é a maior do estado e é responsável por 26% da moagem das quatro usinas do grupo Tavares de Melo. A fábrica processou 1,43 milhão de toneladas de cana-de-açúcar na safra 2006/2007. A previsão é que, no próximo período produtivo, que se inicia em agosto, esse volume cresça para 1,8 milhão. Outra área movimentada pelo GTM no Rio Grande do Norte é a de embalagens, através da Sacoplast e Nordenia, fabricantes de sacos de prolipropileno e de Big Bags. Somente a primeira tem uma produção acumulada de 83,8 milhões de sacos. Este segmento, entretanto, não faz parte da negociação.Mesmo com a venda da Usina Estivas, a importância da empresa para o estado deverá se manter. Em relação aos empregos, por exemplo, o diretor-presidente da área de açúcar e álcool do GTM, Carlos Tavares de Melo, diz que a LD Commodities “deixou claro” a manutenção dos postos de trabalho. Segundo ele, provavelmente deverão ser criadas novas vagas, uma vez que a empresa com origem francesa tem planos de expansão. Atualmente, a Estivas gera cerca de 3 mil diretos por safra.Ele ressalta que as terras não estão inclusas na venda e serão arrendadas por 17 anos. A Estivas tem cerca de 20 mil hectares em plantação de cana-de-açúcar no estado. Segundo o diretor, agora foi formulado o memorando de intenções, com detalhes como valor do negócio, o qual Tavares de Melo preferiu não divulgar. Ele espera que a transação esteja concluída até o dia 20 de março. Até lá, as usinas passarão pelos processos comuns a este tipo de venda, como auditorias e elaborações de contratos. Tavares de Melo informou ainda que o setor de álcool e açúcar da companhia faturou, nos quatros estados onde o GTM está presente, cerca de R$ 600 milhões para o grupo em 2006, aproximadamente 60% do total. Porém, ele disse que ainda não foi definido o que em que o GTM investirá quando tiver em mãos os recursos da venda.

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