Domingo, 02 Fevereiro 2025

Notícias do dia

O cimento é responsável por cerca de 15% dos custos de uma obra. Segundo o gerente comercial da Moura Dubeux, Tony Vasconcelos, o material influi bastante no preço final do imóvel. O aumento do insumo na Região Nordeste só atingiu o varejo até o momento e foi de aproximadamente 7% – o saco de 50 quilos custava R$ 12,60 e passou para R$ 13,50. Como boa parte das construtoras compra diretamente ao fabricante, ainda não foi sentido impacto algum.

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Salvador - Em um momento delicado na relação com a oposição, por causa das negociações para prorrogar a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva garantiu ontem que foi pego de surpresa com a notícia de uma articulação de petistas em favor do terceiro mandato. Em Salvador, momentos antes de embarcar para a Suíça, onde assistirá ao anúncio da sede da Copa do Mundo de 2014, Lula reiterou que não disputará um novo mandato e alegou que é preciso evitar abalos institucionais no País. “Democracia é bom demais e a gente não pode brincar com a democracia em países da América Latina”, afirmou.O presidente destacou que nem sequer esperava ser abordado sobre o assunto, no último sábado, durante a sua festa de 62 anos. “Achei que teria uma pergunta sobre o meu aniversário.” Lula disse que está “quase proibido” de comentar a possibilidade de serem alteradas as regras eleitorais em seu governo, pois isso significaria “palpitar” no mandato do sucessor. Ainda assim, voltou a dizer que é favorável a um mandato presidencial maior, sem reeleição, caso o Congresso decida seguir adiante com a reforma política. O movimento pelo terceiro mandato é liderado pelo deputado Devanir Ribeiro (PT-SP), amigo de Lula do ABC paulista, que defende a realização de um plebiscito junto com as eleições municipais do ano que vem. Outro simpatizante da idéia é o deputado Carlos Willian (PTC-MG), que sugere coletar assinaturas para uma emenda constitucional. A tese foi duramente rebatida pela oposição e colocada como um entrave às negociações em torno da CPMF.Em Brasília, o ministro da Justiça, Tarso Genro, também rejeitou a hipótese do terceiro mandato. “Não tem o menor cabimento. É uma discussão absolutamente impertinente, desnecessária e contra a orientação pessoal que o presidente tem dado a todos os ministros”, assegurou Tarso, em entrevista na sede da Polícia Federal.INTERESSEAo defender a prorrogação do imposto sobre o cheque, Lula advertiu os parlamentares sobre o risco de perda de investimentos. Segundo ele, o governo não tem plano B para compensar os R$ 40 bilhões que deixariam de ser arrecadados a cada ano com a CPMF. “Não sei quem foi o louco que inventou um plano B. Se você começa a pensar no plano B, significa que não está dando prioridade ao seu plano A”, afirmou. “Se as pessoas acham que podem tirar o dinheiro do Orçamento, elas precisam assumir a responsabilidade de tirar também as obras do Planejamento.”Lula sustentou a tese de que a CPMF é “necessidade do Brasil”, não desejo pessoal, e pediu que a disputa partidária seja adiada para o período eleitoral. “Acho que, em alguns momentos, temos de colocar o País acima de qualquer divergência.”Em Salvador, Lula inaugurou uma unidade do Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia (Cimatec), ligado ao Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Disse acreditar que “Deus finalmente botou a mão em cima do Brasil”. “Nesse mundo globalizado, não há espaço para quem está dormindo.” Lula disse que ganhou sua cidadania ao conseguir diploma de torneiro mecânico no Senai. Ao lado do governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), e do ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, recebeu placa de uma aluna em que é citado como “o mais ilustre aluno” do País.

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Mudou o perfil de produção da economia brasileira, com maior participação do agronegócio e da indústria extrativa em relação à indústria de transformação, que está produzindo itens cada vez mais sofisticados. Isso é o que vai mostrar o novo Índice de Preços por Atacado (IPA), o termômetro da inflação do setor produtivo que é apurado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).No novo indicador, que passa a ser calculado a partir de janeiro de 2008, o peso dos produtos agropecuários será de 27,89%, quase três pontos porcentuais maior em relação à estrutura atual (25,32%). “De 1985 para cá, o agronegócio andou mais rápido que a indústria”, diz o coordenador de Análises Econômicas da FGV, Salomão Quadros. Segundo ele, o novo IPA será mais sensível às oscilações de preço da soja do que as do petróleo. A soja em grão passou a ser o maior item, respondendo por 5,38% do novo indicador, e desbancou a liderança do óleo diesel que, na configuração atual, pesa menos de 5%.O IPA é o indicador que responde pela maior parte (60%) da inflação medida pelo Índice Geral de Preços (IGP). O IGP é o indicador usado pelo mercado financeiro e também para indexar vários tipos de contratos.“O ganho de peso da soja é coerente com o que houve nos últimos 20 anos e retrata o bom momento do agronegócio”, afirma o secretário executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Fabio Trigueirinho.Na safra 1985/86, o Brasil produzia 13,2 milhões de toneladas de soja e, em 20 anos, a produção foi multiplicada por quatro. Na safra 2006/07, o País colheu 58,3 milhões toneladas. Entre os produtos agrícolas, a soja responde pela maior participação no Produto Interno Bruto (PIB) da agricultura, 23,7%, com R$ 28,8 bilhões, segundo a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA). A estrutura atual do IPA foi construída com dados de 1985, quando a economia era fechada, e a última revisão ocorreu há dez anos. A nova estrutura se baseia na Pesquisa Industrial Anual (PIA), na Pesquisa Agrícola Municipal (PAM) e na Pesquisa Pecuária Municipal (PPM), realizadas entre 2003 e 2005 pelo IBGE, na revisão do PIB feita em 2006. Também foram usados dados do Departamento de Produção Mineral do Ministério de Minas e Energia.O ganho de peso da soja em detrimento do óleo diesel resulta também do novo critério usado, que é o de considerar os itens na ponderação pelo valor final da produção em substituição ao critério anterior, que era o de agregação de valor. Quadros, da FGV, explica que, pelo critério de anterior, os números eram estimados. Pelo novo critério, as informações são de melhores porque são reais, diz.A importância do agronegócio aparece não só na soja. Seis de dez produtos com maior ganho de peso e maior participação no novo indicador são do agronegócio: cana-de-açúcar, aves, bovinos, milho, açúcar cristal e a soja. A indústria como um todo perdeu participação na economia e no novo indicador. Mas, em contrapartida, houve aumento da importância da indústria extrativa, especialmente por causa do boom das commodities metálicas, em relação à indústria de transformação, que produz itens acabados. O peso da indústria extrativa aumentou 0,5 ponto porcentual, de 2,32% para 2,83% e os 13 itens pesquisados foram mantidos.Houve a diminuição da importância da indústria de transformação, de 72,36% para 69,28% e a redução de 81 produtos industriais. “A economia não cresce apenas numa única direção”, diz Quadros.OUROQuadros destaca também que o indicador está mais fiel à realidade porque foram incluídos produtos importância na indústria de transformação. “A indústria está usando mais embalagens, especialmente plástica, com a inclusão de resinas PET, garrafas e rolhas plásticas. No IPA atual, só entram sacolas de plástico”, diz o economista. “O plástico ganha cada vez mais importância, especialmente nas embalagens”, confirma o presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), Merheg Cachum. Ele informa que 42% resinas plásticas transformadas são destinadas a embalagens. Produtos do dia a dia do brasileiro, como o telefone celular, o aparelho de DVD e o computador, agora divididos entre desktops e notebooks, foram finalmente incluídos no indicador. As cotações do ouro para aplicação industrial na fabricação de produtos de precisão passaram a ser acompanhadas. Segundo a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), o uso do ouro para a solda de contato entre os fabricantes de conectores eletrônicos para a indústria de telecomunicações é crescente.NOVAS TECNOLOGIASEm compensação, outros itens foram excluídos porque estão sendo superados por novas tecnologias. Entre eles, o telefone fixo e o tubo de imagem de televisão (cinescópio). A gerente de Produto Suzana Brockveld, da Intelbras, que detém mais de 30% do mercado de aparelhos de telefones fixos, diz que estão ocorrendo mudanças. “O consumidor migra de modelos tradicionais para telefones sem fio e com outros dispositivos, como identificador de chamadas.”“Não acredito que a produção de TV de tubo vá acabar tão rapidamente”, diz o vice-presidente de Eletrônicos de Consumo da Philips, Paulo Ferraz. Há um avanço da TV de tela plana (plasma e LCD) e uma tendência declinante da participação da TV de tubo. De todas as TVs fabricadas pela Philips este ano, 80% são de tubo. Para 2008, essa participação deve girar entre 50% e 60%.

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Cada vez mais pressionada pelos segmentos de exportadores que são impactados negativamente pela valorização do real em relação ao dólar, a Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) terá em 2008 um orçamento aproximadamente 40% superior ao de 2007. Passará dos atuais R$ 327 milhões para R$ 409 milhões.

Este crescimento da previsão orçamentária da Apex foi possibilitado pela inclusão da agência no sistema de financiamento que utiliza a receita de contribuições sobre a folha de salários das empresas. Também está relacionado ao problema cambial, porque ele impõe ao Governo Federal a responsabilidade de contrabalançar os efeitos negativos da valorização da moeda nacional com ações que garantam a manutenção das taxas de crescimento das exportações. De acordo com o presidente da agência, Alessandro Teixeira, "o efeito negativo do câmbio aos exportadores não se discute. Logo, o papel do governo, através da Apex, é agir para se contrapor a esta circunstância e possibilitar que as empresas desenvolvam seu potencial exportador".

Ações

As ações da agência, a partir desta perspectiva, objetivam reduzir o custo do exportador de modo que esta redução possa ser transferida ao preço final do produto a ser exportado. Compensando assim, a elevação que decorreria da apreciação cambial do real em relação ao dólar.

As medidas da Apex estão concentradas em dois elementos centrais: na ampliação dos centros de distribuição ao redor do mundo e no desenvolvimento dos escritórios que desenvolvem a inteligência de mercado. "Tanto os centros de distribuição quanto os escritórios que realizam pesquisas em relação ao mercado, à burocracia e logística de cada nação, são elementos que reduzem consideravelmente as despesas dos exportadores, o que possibilita compensar a perda da competitividade causada pela questão cambial", frisa Teixeira.

Outra preocupação da agência é promover os produtos brasileiros em novos mercados, em especial onde a moeda local também tem se valorizado em relação ao dólar ou onde o custo dos fretes é menor devido à distância. É o caso do mercado latino-americano. Para tanto, a Apex busca desenvolver parcerias com outras agências de fomento do comércio exterior da região. Entre os dias 12 e 15 de dezembro, no Rio de Janeiro, promoverá o 1º Encontro das Agências de Promoção de Exportações da América Latina e Caribe. O evento deve contar com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na inauguração. Teixeira diz que "o Brasil tem obrigação, como maior economia do subcontinente, em promover o intercâmbio de informações que possam decorrer no incremento das trocas comerciais regionais, ainda pequenas diante de todo o potencial verificado".

A exportação ao mercado latino-americano tem sido, inclusive, a alternativa que a Indústria de Bens de Capital Mecânicos tem encontrado para compensar as perdas que estão sofrendo nos Estados Unidos por causa do câmbio. Considerando o faturamento com as vendas externas entre janeiro e setembro de 2007 em relação ao mesmo período de 2006, verifica-se uma redução ao mercado norte-americano de 8,9%. São, aproximadamente, US$ 170 milhões a menos. Enquanto isto, os índices cresceram em relação aos países da América Latina. Para Argentina e México, que são as principais economias da região ao lado do Brasil, o faturamento subiu, respectivamente, 40% e 30%.

Apesar do crescimento das exportações à América Latina, Luiz Albert Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), seguirá reclamando da valorização do real frente ao dólar. Ele diz que esta circunstância cambial leva cerca de 2 meses para refletir no aumento das importações, mas 2 anos para que se possa fazer uma análise confiável dos efeitos negativos sobre as exportações. As reduções nas vendas externas só aparecem quando os contratos deixam de ser prorrogados. "Só no final de 2008 teremos uma perspectiva do quanto perdemos em mercado desde que a nossa moeda entrou neste processo de apreciação excessiva. Com relação ao mercado dos EUA, já notamos uma perda no volume de vendas considerável que só não está levando setores das indústrias à falência porque o mercado interno está aquecido e houve desvio de oferta à América Latina", destaca, explicando porque não pode deixar de reclamar do problema cambial.

O presidente da Abimaq não é uma voz isolada. Fernando Pimentel, diretor superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), alega que a valorização do real frente ao dólar preocupa bastante porque está impondo um "ônus tremendo" ao setor têxtil que está perdendo mercado externo que, no futuro, será difícil para recuperar. "Enquanto os concorrentes asiáticos adotam uma política cambial controlada que reduz consideravelmente o impacto da desvalorização mundial do dólar, o Brasil não adota nenhuma medida que, de fato, esteja compensando este problema", lembra. Para ele, nenhum acordo internacional preferencial foi assinado, nem tampouco reduções tributárias e medidas compensatórias consistentes foram implementadas. Assim como Albert Neto, Pimentel fez referência ao aquecimento do mercado interno, dizendo que "isto tem evitado que os efeitos perversos do câmbio fossem ainda maiores". Ele ressalta ainda que o setor têxtil, nos últimos tempos, investiu bastante para tentar manter sua competitividade, mas finalizou dizendo que "a perda potencial do mercado pelo exportador deste segmento, todavia, não pode e nem poderá ser mensurada. Talvez nunca recuperada".

A desvalorização do dólar frente ao real é um problema aos exportadores que pode se agravar. Ainda no início desta semana, o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Rodrigo de Rato, declarou que o dólar deverá manter a tendência de queda em relação ao euro e outras moedas internacionais.

Cada vez mais pressionada pelos exportadores prejudicados pelo câmbio, a Apex-Brasil terá em 2008 um orçamento aproximadamente 40% superior ao de 2007, passando para R$ 409 milhões.

Fonte: DCI - 29 OUT 07
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O clima está fervendo em algumas cias. Docas. No Rio de Janeiro, o presidente do sindicato dos portuários, Sérgio Giannetto, não aceita perder direitos (e quem aceita?), como quer o novo presidente da Cia. Docas do Rio de Janeiro (CDRJ), Jorge Mello. O pessoal está chiando porque a nova diretoria cortou as horas extras da categoria. O sindicalista argumenta que isso trouxe prejuízo ao trabalhador que já estava acostumado a receber as horas extraordinárias há muito tempo, classificando a atitude de um “crime social”, já que mexe com o padrão de vida dos trabalhadores.

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