Sexta, 31 Janeiro 2025

Notícias do dia

Assim como a cana-de-açúcar, a pecuária se expande cada vez mais em áreas tradicionalmente conhecidas no País pela produção de soja. Mais duas regiões estão sendo alvos de conversações para a implantação de ambiciosos programas de confinamento bovino. Sorriso, no Mato Grosso, e a região oeste da Bahia estão na mira de investidores - estrangeiros e nacionais -, que planejam viabilizar seus projetos já a partir de 2009.No caso da Bahia, fundos internacionais têm interesse em investir no que será o primeiro confinamento do estado, com uma escala de cerca de 30 mil bovinos/mês. As informações partem do superintendente de política de agronegócios da Secretaria da Agricultura do Estado da Bahia, Eujácio Simões. "Em setembro virá uma missão com representantes desses fundos para seguir com as conversações. O plano de viabilidade deverá ser montado até o final deste ano e a intenção é implantar em 2009", conta.A região escolhida é produtora de 4,8 milhões de toneladas de soja, caroço de algodão e milho por ano. "A idéia é apostar em confinamentos, transformando grãos em proteína animal", diz Simões.Perto do fornecedor da matéria-prima para a ração bovina, o confinador economiza em logística. Atualmente, na Bahia, a criação de gado está se expandindo, mas ainda se concentra na região litorânea. O boi de capim é o comum. O rebanho da Bahia, segundo números mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), soma 10,7 milhões de cabeças. Os números da Secretaria apontam 11,5 milhões de cabeças - sendo que há excedente de 1 milhão de cabeças por ano no estado (não consumidos internamente). Por isso, o governo da Bahia já mostrou interesse em atrair os grandes frigoríficos exportadores, como JBS-Friboi, Marfrig e Independência, para construírem unidades no estado. Hoje, a região possui unidades frigoríficas, mas de menor porte, comenta Gabriela Tonini, consultora da Scot Consultoria. O frigorífico Bertin é o único, entre os de maior porte, que tem unidade no sul da Bahia, diz Gabriela.Mato GrossoNa região de Sorriso, no Mato Grosso, o investimento parte da GMG Internacional, empresa brasileira importadora da genética da raça rubia gallega - tradicional da região da Galícia, na Espanha. A intenção é confinar - por meio de parcerias e/ou áreas próprias pertencentes à empresa - e construir uma unidade industrial para abater e embalar o produto. Segundo Eduardo Grandal, diretor da GMG, os detalhes do projeto serão finalizados nas próximas semanas. O aporte ainda não foi divulgado.O secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia do Mato Grosso, Pedro Nadaf, disse que, apesar de não conhecido ainda o valor do aporte, o projeto deve criar aproximadamente 1,2 mil empregos na região. Segundo cálculos da secretaria, a indústria terá capacidade de abate entre 1,5 e 2 mil cabeças por dia, informou Nadaf. "Até meados de 2009 o projeto deverá ser implantado e estar operando", espera o secretário de indústria do estado. A capacidade de abate da indústria a ser construída, se for desse porte, é alta: equivalerá à da planta da JBS-Friboi localizada em Barra do Garças (MT), que pode abater entre 1,8 e 1,9 mil cabeças/dia, segundo comenta Gabriela, da Scot. A consultora cita, ainda, outro exemplo, o da unidade do frigorífico Bertin, localizada em Mozalândia (GO), que pode abater até 2 mil cabeças/dia.A aposta da GMG Internacional no Brasil, no segmento de pecuária de corte, é a comercialização da carne proveniente de melhoramento genético e cruzamento industrial da/com a raça rubia gallega. A empresa importa a genética desse tipo de gado espanhol e desenvolve programas de melhoramento. Atualmente, cerca de 50 pecuaristas distribuídos entre Mato Grosso, Goiás e São Paulo criam 50 mil cabeças de bovinos dessa raça. Toda a carne é comercializada para até 50 lojas do Grupo Pão de Açúcar.Segundo Grandal, a GMG fornece média de 400 animais por semana para o Pão de Açúcar - ou seja, o equivalente a 88 mil quilos de carne se for considerado o peso médio por animal de 220 quilos.

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A negociação em andamento entre a Aracruz e a Votorantim Celulose e Papel (VCP) pode significar mais investimentos no terminal de escoamento de celulose que a empresa construirá em São José do Norte. O diretor-presidente da Aracruz, Carlos Aguiar, admite que é viável tecnicamente ampliar a capacidade de movimentação do complexo (1,8 milhão de toneladas por ano), se for necessário transportar também a produção da VCP - esta negocia participação majoritária na Aracruz.
"Essa questão, se houver a aquisição, precisa ser estudada", adianta Aguiar. O dirigente acrescenta que no seu entendimento, implementado o porto de São José do Norte, não haveria impedimentos para trazer ao município a celulose da fábrica que a VCP pretende instalar no Estado. A VCP já anunciou que sua planta deve ser situada em Rio Grande ou Arroio Grande, mas a confirmação da localização estava prevista para o primeiro semestre deste ano e até o momento não foi divulgada.
O projeto atual do terminal de São José do Norte prevê um investimento de R$ 120 milhões e a operação a partir de julho de 2010. O objetivo principal da estrutura é escoar o incremento da produção da Aracruz no Estado. Aguiar esteve ontem em Guaíba participando do lançamento da pedra fundamental de expansão da unidade da Aracruz Celulose.
O evento contou com a participação de vários empresários e políticos. Na estrada, entre Porto Alegre e Guaíba, já podiam ser vistos outdoors informando sobre a ampliação da fábrica da Aracruz. Com a iniciativa, que deve ser concluída até setembro de 2010, a empresa atingirá uma capacidade de produção de celulose de 1,8 milhão de toneladas anuais. A estimativa de investimento é de R$ 4,9 bilhões, o que contempla o aumento da produção de celulose, expansão de base florestal e implantação de um sistema logístico hidroviário. A governadora Yeda Crusius afirma que o investimento da Aracruz significa um novo ciclo de desenvolvimento para o Estado. A governadora compara a importância da confirmação da ampliação da Aracruz com o momento em que se decidiu pela implantação do Pólo Petroquímico no Rio Grande do Sul.
Yeda enfatiza que o governo sustentará o compromisso da segurança jurídica para o empreendimento. "A palavra não será mais medida pelo fio de bigode, mas pelo fio da sobrancelha que não diferencia se a palavra é de homem ou de mulher", discursou no evento a governadora. Ela também citou que o município de Guaíba, que atravessou fases negativas, está entrando agora em uma etapa positiva. Yeda enalteceu o trabalho "democrático e determinado" do secretário estadual do Meio Ambiente, Carlos Otaviano Brenner de Moraes, no regramento do setor florestal no Rio Grande do Sul. O planejamento prevê o cultivo de eucaliptos em 150 mil hectares e a preservação de mais 100 mil hectares.
O presidente do Conselho de Administração, Carlos Alberto Vieira, relata que a empresa tem a intenção de "criar raízes no Rio Grande do Sul". Segundo ele, o projeto, somado a outros investimentos no setor, poderão tornar o Estado o maior pólo de produção de celulose do Brasil. Indagado sobre a fusão com a VCP, Vieira disse que não podia comentar nada a respeito, porque é um assunto que está sendo discutido entre os acionistas.

Empresa contratará fornecedores gaúchos
Conforme o diretor-presidente da Aracruz, Carlos Aguiar, a companhia tem entre seus objetivos estimular os fornecedores locais. Ele informa que deverão ser desembolsados cerca de US$ 400 milhões em aquisições de equipamentos de empresas gaúchas, no espaço de dois anos. Esse montante foi redimensionado, pois em abril se calculava um investimento de cerca de US$ 300 milhões.
A Aracruz já adquiriu equipamentos da Demuth no valor de US$ 100 milhões. Além da empresa de Portão, Intecnial, Construtora Pelotense, entre outras, também prestarão serviços para a Aracruz. Outro ponto salientado é o número de postos de trabalho que serão criados com a ampliação da unidade de Guaíba. No pico das obras, em 2009, deverão ser gerados em torno de 7 mil empregos. Em parceria com o governo do Estado, a Aracruz deverá treinar 10 mil trabalhadores. Uma novidade, na fase de implantação da nova unidade, será o aproveitamento de mão-de-obra feminina na construção civil. Em toda a cadeia produtiva vinculada à planta de Guaíba, deverão ser gerados aproximadamente 50 mil empregos diretos.
O Rio Grande do Sul também deverá ser beneficiado ainda com a geração de US$ 800 milhões em divisas com exportações. A atividade da Aracruz, depois da ampliação, corresponderá a 1,6% do Produto Interno Bruto (PIB) gaúcho.
 
Fonte: Jornal do Comércio (RS) - 28 AGO 08
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O Ceará tem pressa em ver assinado o Memorando de Entendimentos (MOU) com a Petrobras. O prazo a contar desde o dia 20 passado é de 120 dias, mas o Governo cearense trabalha com a idéia de concluir tudo antes dos quatro meses. Nesse tempo, as partes negociam, elaboram e pactuam o Termo de Compromisso. É o MOU (Memorandum of Understanding) que cria as condições jurídicas, técnicas e econômicas para a construção da refinaria. A rigor, o protocolo de intenções assinado na semana passada entre Petrobras e Governo foi muito mais um ato político do que técnico. Em todo caso, hoje o cenário é absolutamente favorável ao Ceará, diante do fato de que o modelo de refino proposto é o Premium, com maior produção de diesel e, portanto, permitindo maior redução de nossa dependência externa do produto. O presidente da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), Antônio Balhmann, diz que a primeira parte está superada (terreno e infra-estrutura). Ao mesmo tempo, seguem os acertos para as obras dos píeres para entrada de petróleo cru e do calado do porto - maior capacidade para navios maiores. Ou seja, na medida em que a Petrobras precisa da refinaria, a situação se torna mais profissional e menos passional. A implantação da refinaria parece mesmo irreversível. Um eventual retrocesso causaria sérios estragos políticos. Especialistas ouvidos pela Coluna não titubeiam: a única hipótese para uma tragédia seria algo fora de controle que venha a ocorrer cenário energético mundial. Todavia, não convém abrir a guarda. SIDERÚRGICA COM METADE DA ÁREA Com relação à siderúrgica, este sim um investimento 100% privado, o Ceará cumpre a parte que lhe cabe no latifúndio. Já passou para os investidores entre 30% e 40% do terreno da futura indústria. Segundo Balhmann, terras que já eram do Estado. O restante está em processo de desapropriação. O Governo regulariza terras desapropriadas no Complexo Industrial e Portuário do Pecém ainda em 1996, mas que não haviam sido pagas. Balhmann diz que estará pronto na próxima semana. O trabalho acumulado de 12 anos ficou a cargo do Idace. Uma fração das terras pertencia à MPX, de Eike Batista, que já repassou à siderúrgica. SEMIÓTICA É... O Corpo de Bombeiros vai receber R$ 600 mil. O dinheiro vem de emenda ao Orçamento Geral da União de 2008, de autoria do senador Inácio Arruda (R$ 300 mil) e do deputado federal Chico Lopes (R$300 mil), ambos do PC do B. O SEGUNDO A MRV Engenharia e a Magis Incorporações se dizem felizes com o resultado do lançamento do Fortune Residence Club. Palavra do diretor comercial da construtora, Yuri Chain, e do presidente da Magis, Deda Studart. Já agendam o segundo filho do casamento para setembro: o Four Season Club & Condomínio, nas Dunas. METADE Metade das empresas brasileiras deixou de exportar ou perdeu participação no mercado internacional nos últimos 12 meses por causa da valorização do real frente ao dólar. O dado compõe a Sondagem Industrial Especial, feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). METADE II A pesquisa informa que as pequenas e médias empresas foram as mais atingidas. Entre as médias, 46% reduziram as vendas externas e 6% deixaram de exportar. Já no mundo das pequenas, 42% reduziram o volume exportado e 4% pararam os embarques por completo. Ouviram 1.564 indústrias, entre 26 de julho e 6 de agosto - 885 pequenas 458 médias e 221 grandes. COCA ONG Depois de Brasília e Maceió, será lançado em Fortaleza, hoje, o projeto "Gestão Socioambiental da Água", uma parceria Nossa/Coca-Cola e o SOS Mata Atlântica. É em defesa dos recursos hídricos e vai monitorar a qualidade da água do rio Maranguapinho.

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A Empresa Paranaense de Classificação de Produtos (Claspar) refugou na manhã de ontem no Pátio de Triagem do Porto de Paranaguá, dois caminhões carregados com soja podre. A constatação foi feita durante a classificação dos grãos.Obrigatoriamente, todos os caminhões e trens carregados com soja, milho, sorgo, trigo, farelos e óleo de soja (refinado e degomado) que chegam ao Porto de Paranaguá são vistoriados pela Claspar, que mede o grau de impureza e atesta se o produto segue os padrões de qualidade para ser exportado.De acordo com gerente da unidade da Claspar em Paranaguá, César Elias Simão, os dois caminhões que traziam juntos 52.950 quilos de soja, apresentaram problemas. “Colhemos amostras da carga e verificamos que ela tem excesso de impurezas e está misturada com produtos avariados. Quando desconfiamos que haja possibilidade de fraude, a polícia é avisada”, explica Simão.De acordo com a delegada de polícia Maria Joseléia Pigozzi, os donos da carga refugada no pátio vão responder pelo crime de estelionato na forma tentada, ao informarem em nota fiscal que estavam transportando soja limpa, mas na verdade tratava-se de carga adulterada e impura. O Ministério da Agricultura em Paranaguá também foi acionado pela Claspar para definir o destino que será dado ao produto.O controle de qualidade dos grãos exportados pelo Porto de Paranaguá permitiu que desde 2003, a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) conseguisse  zerar  as  reclamações recebidas de importadores internacionais sobre a baixa qualidade dos produtos e a diferença do peso das cargas.

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Os problemas enfrentados pela usina AES Uruguaiana com as interrupções do fornecimento de gás natural argentino podem significar novos investimentos em termeletricidade no Rio Grande do Sul. Isso porque uma das hipóteses para solucionar a questão é o deslocamento da unidade, seguido da formação de um novo pólo de geração de energia, com o acréscimo de outras térmicas.
Essa foi uma das idéias levantadas ontem, em Brasília, durante reunião de políticos gaúchos com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. O deputado estadual Frederico Antunes (PP) explica que existe a chance de a térmica de Uruguaiana ser transferida para um local próximo à usina de Canoas, a Sepé Tiaraju. Os dois complexos, somados a outro a ser construído pela Petrobras na região, justificariam a implantação de um terminal de gás natural liquefeito (GNL) em Tramandaí, por parte da estatal, para atender à demanda dos três empreendimentos. A estimativa é de que a capacidade de geração desse pólo seria de 1,3 mil MW a 1,5 mil MW (suficiente para atender a mais de um terço da demanda média de energia do Rio Grande do Sul).
Apesar dessa possibilidade, Antunes destaca que a intenção é manter a termelétrica do Grupo AES em Uruguaiana. Para isso, um terminal de GNL teria que ser instalado em Rio Grande ou na Argentina para após o gás chegar por gasodutos até o município da
Fronteira-Oeste. A alternativa menos atraente é a desativação da usina e a transferência do complexo energético para a base de gás natural de Urucu (da Petrobras), localizada na cidade de Coari, perto de Manaus. "Esta é a pior opção para Uruguaiana. Se isso acontecer, vamos assegurar uma compensação pelas perdas de arrecadação de impostos, a exemplo do que já ocorreu em outras cidades", afirma Antunes. Até o fechamento dessa matéria, o deputado tentava conseguir uma audiência com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, para descartar essa última hipótese. Antunes espera para as próximas semanas uma definição do governo federal sobre a situação da termelétrica AES Uruguaiana.
O encontro com o ministro Lobão contou ainda com as presenças do senador Sérgio Zambiasi (PTB), do deputado federal Eliseu Padilha (PMDB), do presidente da Sulgás, Artur Lorentz, do presidente do Grupo CEEE, José Francisco Pereira Braga, e do coordenador da assessoria técnica da Secretaria de Infra-estrutura e Logística do Governo do Estado, Edmundo Silva.

Grupo CEEE tem novo presidente a partir de hoje
Toma posse hoje como novo presidente do Grupo CEEE o economista Sérgio Camps de Morais, de 58 anos. Formado na Faculdade de Economia da Universidade Católica de Pernambuco, Camps de Morais teve a sua indicação anunciada, dia 15 de agosto, pelo secretário de Infra-estrutura e Logística, Daniel Andrade. A cerimônia ocorre às 13h30min, na sede da empresa.
Camps ocupava o cargo de diretor de Planejamento e Projetos Especiais, do Grupo CEEE, desde o dia 27 de fevereiro de 2007. Em junho de 2008, passou a integrar o Gabinete de Transição do governo do Estado, instituído pela governadora Yeda Crusius, que além dele, conta com representantes de outros partidos políticos. O objetivo desta iniciativa é reafirmar metas e compromissos de governo, tomando como referência os 12 Programas Estruturantes.
Natural de São Gabriel, Camps trabalhou como técnico em planejamento de sistemas, na Procenge, em Recife; foi economista na Consultores Gerais - Consultoria, Planejamento e Projetos de Engenharia, de São Paulo; morou dez anos em Roma onde atuou em projetos para os países do Terceiro Mundo, junto a ONGs italianas; diretor da empresa Estância Santa Clara do Batovi, em São Gabriel e presidente da Cooperativa Mista Agroindustrial de São Gabriel. É membro do diretório estadual do PPS, desde 2000, e do diretório nacional. Ocupa, também, há quatro anos, o cargo de secretário-geral do PPS do Rio Grande do Sul.
 
Fonte: Jornal do Comércio (RS) - 28 AGO 08
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