O Ceará tem pressa em ver assinado o Memorando de Entendimentos (MOU) com a Petrobras. O prazo a contar desde o dia 20 passado é de 120 dias, mas o Governo cearense trabalha com a idéia de concluir tudo antes dos quatro meses. Nesse tempo, as partes negociam, elaboram e pactuam o Termo de Compromisso. É o MOU (Memorandum of Understanding) que cria as condições jurídicas, técnicas e econômicas para a construção da refinaria. A rigor, o protocolo de intenções assinado na semana passada entre Petrobras e Governo foi muito mais um ato político do que técnico. Em todo caso, hoje o cenário é absolutamente favorável ao Ceará, diante do fato de que o modelo de refino proposto é o Premium, com maior produção de diesel e, portanto, permitindo maior redução de nossa dependência externa do produto.
O presidente da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), Antônio Balhmann, diz que a primeira parte está superada (terreno e infra-estrutura). Ao mesmo tempo, seguem os acertos para as obras dos píeres para entrada de petróleo cru e do calado do porto - maior capacidade para navios maiores. Ou seja, na medida em que a Petrobras precisa da refinaria, a situação se torna mais profissional e menos passional. A implantação da refinaria parece mesmo irreversível. Um eventual retrocesso causaria sérios estragos políticos. Especialistas ouvidos pela Coluna não titubeiam: a única hipótese para uma tragédia seria algo fora de controle que venha a ocorrer cenário energético mundial. Todavia, não convém abrir a guarda.
SIDERÚRGICA COM METADE DA ÁREA
Com relação à siderúrgica, este sim um investimento 100% privado, o Ceará cumpre a parte que lhe cabe no latifúndio. Já passou para os investidores entre 30% e 40% do terreno da futura indústria. Segundo Balhmann, terras que já eram do Estado. O restante está em processo de desapropriação. O Governo regulariza terras desapropriadas no Complexo Industrial e Portuário do Pecém ainda em 1996, mas que não haviam sido pagas. Balhmann diz que estará pronto na próxima semana. O trabalho acumulado de 12 anos ficou a cargo do Idace. Uma fração das terras pertencia à MPX, de Eike Batista, que já repassou à siderúrgica.
SEMIÓTICA É...
O Corpo de Bombeiros vai receber R$ 600 mil. O dinheiro vem de emenda ao Orçamento Geral da União de 2008, de autoria do senador Inácio Arruda (R$ 300 mil) e do deputado federal Chico Lopes (R$300 mil), ambos do PC do B.
O SEGUNDO
A MRV Engenharia e a Magis Incorporações se dizem felizes com o resultado do lançamento do Fortune Residence Club. Palavra do diretor comercial da construtora, Yuri Chain, e do presidente da Magis, Deda Studart. Já agendam o segundo filho do casamento para setembro: o Four Season Club & Condomínio, nas Dunas.
METADE
Metade das empresas brasileiras deixou de exportar ou perdeu participação no mercado internacional nos últimos 12 meses por causa da valorização do real frente ao dólar. O dado compõe a Sondagem Industrial Especial, feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
METADE II
A pesquisa informa que as pequenas e médias empresas foram as mais atingidas. Entre as médias, 46% reduziram as vendas externas e 6% deixaram de exportar. Já no mundo das pequenas, 42% reduziram o volume exportado e 4% pararam os embarques por completo. Ouviram 1.564 indústrias, entre 26 de julho e 6 de agosto - 885 pequenas 458 médias e 221 grandes.
COCA ONG
Depois de Brasília e Maceió, será lançado em Fortaleza, hoje, o projeto "Gestão Socioambiental da Água", uma parceria Nossa/Coca-Cola e o SOS Mata Atlântica. É em defesa dos recursos hídricos e vai monitorar a qualidade da água do rio Maranguapinho.
Fonte: O Povo (CE) - 28 AGO 08