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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encaminhou ontem mensagem ao presidente eleito americano, Barack Obama, parabenizando o democrata e o lembrando das boas relações dos EUA com o Brasil.
"Sua vitória representa um momento de superação histórica para os Estados Unidos, que provam mais uma vez a capacidade transformadora de sua democracia e de sua sociedade. Vossa Excelência soube transmitir visão de futuro, capacidade de liderança e a certeza de que a esperança é mais forte do que o medo", afirmou Lula, na mensagem enviada por fax ao presidente americano.
Lula procurou lembrar Obama das relações diplomáticas entre Washington e Brasília: "Sua escolha pelo povo norte-americano se dá em um momento particularmente favorável das relações entre Brasil e os Estados Unidos." O presidente brasileiro disse estar seguro de que os EUA continuarão a melhorar o "excelente relacionamento" entre os dois países, "que é guiado por respeito mútuo, por laços históricos e por valores e objetivos comuns."
Antes de enviar a mensagem a Obama, Lula havia dito que esperava melhorias nas relações entre Estados Unidos, Brasil, América Latina e África com a eleição do democrata.
Lula também tratou da eleição de Obama e da relação dos EUA com a América Latina ao participar de uma cerimônia no Congresso que celebrou os 20 anos da Constituição. "Eu espero que (Obama) tenha uma política mais voltada para o desenvolvimento produtivo na América Latina."
Segundo o presidente, durante toda a década de 60 e de 70, havia a Guerra Fria, portanto havia os EUA com uma visão de luta contra a guerrilha na América Latina. "Agora mudou, agora a democracia consolidou-se no continente, e eu espero que se construa aqui um (sub)continente de desenvolvimento, de investimento nos países mais pobres, de fim do subsídio."
O embargo imposto pelos EUA a Cuba também foi citado por Lula, que disse ter confiança de que Obama acabará com o bloqueio econômico e comercial. "Espero que o bloqueio a Cuba acabe, porque não há mais nenhuma explicação na história da humanidade para que continue."
ORGULHO
O presidente afirmou também que, por ser brasileiro e ter nascido na segunda maior nação negra do mundo - atrás apenas da Nigéria -, assistir à eleição de Obama o deixou muito orgulhoso. "Não é pouca coisa eleger um negro presidente dos EUA." De qualquer forma, continuou Lula, há uma diferença muito grande entre ganhar uma eleição e governar um país como os EUA.
DEMOCRACIA
Lula disse que a vitória de Obama representa, sobretudo, o reconhecimento do significado da democracia: "Quem duvidava que um negro poderia ser eleito presidente dos Estados Unidos agora sabe que pode, e só pode porque isso ocorre no regime democrático, que permite que a sociedade se manifeste."
Para Lula, Obama é uma pessoa que tem demonstrado a competência política para lidar com questões complicadas, como o processo de paz no Oriente Médio. "Porque já faz décadas e décadas que se tenta (apaziguar a região) e não se consegue."
Lula terminou sua mensagem dizendo que estava certo de que, sob a liderança de Obama, os EUA responderão aos desafios inspirados pela "intensa urgência do agora" demandada por Martin Luther King.
AMÉRICA LATINA
VENEZUELA
O presidente Hugo Chávez destacou em comunicado a "importante vitória" obtida por Obama, lembrando que a eleição americana atraiu a atenção de toda a opinião pública internacional. O presidente venezuelano ressaltou o fato de um negro chegar pela primeira vez à Casa Branca. "A eleição histórica de um afrodescendente na liderança da nação mais poderosa do mundo indica que uma mudança de época, iniciada no sul da América, pode estar batendo à porta dos Estados Unidos", disse em um comunicado. "Estamos convencidos de que chegou o momento de estabelecer novas relações entre nossos países."
CHILE
A presidente Michelle Bachelet afirmou que os dois países continuarão trabalhando para estreitar ainda mais sua relação e aproveitar oportunidades não apenas econômicas, mas também de intercâmbio tecnológico e desenvolvimento cultural. Durante um seminário internacional, Bachelet aproveitou para desejar sucesso ao presidente eleito dos EUA e classificou a eleição americana como um "momento histórico", principalmente diante das crises energética e econômica. "Estou certa de que Barack Obama é a expressão dos sonhos de toda uma nação por um futuro melhor", disse a líder chilena.
ARGENTINA
A presidente argentina, Cristina Kirchner, informou ter encaminhado uma carta ao presidente eleito dos EUA para cumprimentá-lo. A vitória nas urnas, segundo ela, representou um marco "em uma das epopéias mais apaixonantes da história". Destacando a importância da eleição no combate à discriminação e na luta contra as desigualdades sociais, ela comparou o presidente eleito a Martin Luther King. E, ao citar a crise econômica, pediu medidas "inovadoras" e ações conjuntas para solucionar o problema. Ao saudar Obama, Cristina disse que o presidente eleito poderá contar com sua "sincera amizade".
Fonte: O Estado de S.Paulo - 06 NOV 08
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Uma das empresas que espera um aumento na produção gaúcha de etanol é a Braskem, que recentemente anunciou um investimento de R$ 1 bilhão nos próximos três anos para a produção de polietileno verde (criado a partir do álcool de cana) em sua unidade de Triunfo. "Nós apoiamos a produção gaúcha de etanol, não só por fomentar a indústria local, mas também por causa dos menores custos logísticos que ela gera", afirma Leonora Novaes, gerente de contas do projeto de polímeros verdes da companhia.
O motivo da expectativa da empresa em começar a adquirir álcool gaúcho é a previsão de consumo de 700 milhões de litros do combustível para 2010, dos quais 450 milhões serão destinados para a fabricação do polietileno verde. A Braskem projeta uma produção de 200 mil toneladas por ano do produto, das quais 50 mil já estão reservadas para clientes na Ásia, como a Shiseido, uma das maiores empresas de cosméticos japonesas. "Já temos diversos pedidos de acordo, não só no exterior, mas no Brasil também, através da nossa parceria com a Brinquedos Estrela, que já produz o Banco Imobiliário com polímeros verdes", afirma Leonora.
Segundo a gerente, a principal vantagem deste novo produto é que possui todas as características de um polímero normal, mas é obtido através de uma fonte renovável de energia. "Além disso ele captura e seqüestra CO2 e portanto é uma alternativa para indústrias e países que têm como meta redução de emissão de gases do efeito estufa", explica.
Agroenergia tem força para diversificar o campo
A importância da diversificação da agricultura gaúcha para incluir a produção de biocombustíveis foi um dos temas de destaque do segundo dia do Simpósio Estadual de Agroenergia e da 2ª Reunião Técnica de Pesquisa em Agroenergia, que acontece no Salão de Convenções da Fiergs. O evento se encerra hoje, com a participação dos ministros da Casa Civil, Dilma Rousseff, e do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel.
Segundo Waldyr Stumpf, chefe-geral da Embrapa Clima Temperado, uma das promotoras do seminário, os investimentos no setor deverão alterar o potencial das pequenas unidades rurais gaúchas. De acordo com ele, os projetos da Embrapa no Estado possuem duas vertentes. A primeira é produção de oleaginosas para biodiesel, e a outra é a busca de alternativas para a fabricação de etanol. "Atualmente os investimentos gaúchos em agroenergia estão muito focados na soja, então estamos trabalhando outras culturas, como girassol, mamona, pinhão manso, além da cana-de-açúcar para etanol, que recentemente teve seu zoneamento agrícola completado", afirma.
Stumpf disse também que, ao contrário do que muitos acreditam, a expansão do uso de terras no Brasil para a produção de agroenergia não está em competição com os alimentos. "O que queremos é diversificar a matriz produtiva, para que os produtores diminuam seus riscos e aumentem renda", explica. Esta também é a opinião de Jaime Finguerut, chefe de Pesquisa e Desenvolvimento do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC). Segundo ele, isso só ocorre no exterior, devido aos combustíveis produzidos a partir de milho ou outros cereais. "Esses biocombustíveis têm impacto não só no preço, mas também na disponibilidade de alimentos no mundo inteiro. No entanto, eles não têm perspectiva de crescimento, pois necessitam de subsídios", explica.
Para Finguerut, o mercado mundial de biocombustíveis deverá voltar seus investimentos para as áreas tropicais do mundo, em busca de plantas mais lucrativas. "O Brasil é o líder do desenvolvimento em agroenergia dentro dessa área, que vai dar as cartas para o mundo em termos de alimento e energia", afirma.
No entanto, este processo deverá ser longo, devido aos interesses dos produtores dos países do Hemisfério Norte em manter seus subsídios. Um exemplo é nos Estados Unidos, onde o resultado da última eleição presidencial deverá influenciar na política agroenergética. "Barack Obama é de Illinois, um estado da região produtora de milho naquele país, e o foco do Partido Democrata é manter esse esquema de suporte à produção. No entanto, a produção de álcool via milho, apesar de ser a maior do mundo, não é sustentável, pois depende de recursos governamentais", lembrou Finguerut.
O motivo da expectativa da empresa em começar a adquirir álcool gaúcho é a previsão de consumo de 700 milhões de litros do combustível para 2010, dos quais 450 milhões serão destinados para a fabricação do polietileno verde. A Braskem projeta uma produção de 200 mil toneladas por ano do produto, das quais 50 mil já estão reservadas para clientes na Ásia, como a Shiseido, uma das maiores empresas de cosméticos japonesas. "Já temos diversos pedidos de acordo, não só no exterior, mas no Brasil também, através da nossa parceria com a Brinquedos Estrela, que já produz o Banco Imobiliário com polímeros verdes", afirma Leonora.
Segundo a gerente, a principal vantagem deste novo produto é que possui todas as características de um polímero normal, mas é obtido através de uma fonte renovável de energia. "Além disso ele captura e seqüestra CO2 e portanto é uma alternativa para indústrias e países que têm como meta redução de emissão de gases do efeito estufa", explica.
Agroenergia tem força para diversificar o campo
A importância da diversificação da agricultura gaúcha para incluir a produção de biocombustíveis foi um dos temas de destaque do segundo dia do Simpósio Estadual de Agroenergia e da 2ª Reunião Técnica de Pesquisa em Agroenergia, que acontece no Salão de Convenções da Fiergs. O evento se encerra hoje, com a participação dos ministros da Casa Civil, Dilma Rousseff, e do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel.
Segundo Waldyr Stumpf, chefe-geral da Embrapa Clima Temperado, uma das promotoras do seminário, os investimentos no setor deverão alterar o potencial das pequenas unidades rurais gaúchas. De acordo com ele, os projetos da Embrapa no Estado possuem duas vertentes. A primeira é produção de oleaginosas para biodiesel, e a outra é a busca de alternativas para a fabricação de etanol. "Atualmente os investimentos gaúchos em agroenergia estão muito focados na soja, então estamos trabalhando outras culturas, como girassol, mamona, pinhão manso, além da cana-de-açúcar para etanol, que recentemente teve seu zoneamento agrícola completado", afirma.
Stumpf disse também que, ao contrário do que muitos acreditam, a expansão do uso de terras no Brasil para a produção de agroenergia não está em competição com os alimentos. "O que queremos é diversificar a matriz produtiva, para que os produtores diminuam seus riscos e aumentem renda", explica. Esta também é a opinião de Jaime Finguerut, chefe de Pesquisa e Desenvolvimento do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC). Segundo ele, isso só ocorre no exterior, devido aos combustíveis produzidos a partir de milho ou outros cereais. "Esses biocombustíveis têm impacto não só no preço, mas também na disponibilidade de alimentos no mundo inteiro. No entanto, eles não têm perspectiva de crescimento, pois necessitam de subsídios", explica.
Para Finguerut, o mercado mundial de biocombustíveis deverá voltar seus investimentos para as áreas tropicais do mundo, em busca de plantas mais lucrativas. "O Brasil é o líder do desenvolvimento em agroenergia dentro dessa área, que vai dar as cartas para o mundo em termos de alimento e energia", afirma.
No entanto, este processo deverá ser longo, devido aos interesses dos produtores dos países do Hemisfério Norte em manter seus subsídios. Um exemplo é nos Estados Unidos, onde o resultado da última eleição presidencial deverá influenciar na política agroenergética. "Barack Obama é de Illinois, um estado da região produtora de milho naquele país, e o foco do Partido Democrata é manter esse esquema de suporte à produção. No entanto, a produção de álcool via milho, apesar de ser a maior do mundo, não é sustentável, pois depende de recursos governamentais", lembrou Finguerut.
Fonte: Jornal do Comércio - 06 NOV 08
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