SÃO PAULO - O lançamento, em junho, de um programa de fomento ao turismo marítimo, pela Secretaria Especial dos Portos (SEP), em parceria com o Ministério do Turismo, pode estimular os aportes internacionais no setor. Um dos objetivos é revitalizar as áreas portuárias, ações que, em conjunto com as obras de aprofundamento dos portos, podem animar as companhias, não só a trazer mais navios, como também a investir em terminais de passageiros, a exemplo do que fazem mundo a fora."Empresas como MSC Cruzeiros e Royal Caribbean têm interesse em parcerias público-privadas no País", revelou Eduardo Vampré do Nascimento, presidente da Associação Brasileira de Representantes de Empresas Marítimas (Abremar), incluindo que em outros países elas chegam a investir em terminais de passageiros cifra que beira US$ 1 bilhão, em cada um deles, em projetos como o de Saint-Martin, no Caribe, o de Istambul, na Turquia, e de Falmouth, na Jamaica.Para José Di Bella, secretário adjunto da SEP, os 34 portos públicos do País podem também gerar oportunidades. "Poderíamos ter novos terminais mediante arrendamento de áreas portuárias, por exemplo. Aqueles que têm interesse podem trazer seus projetos. Assim, seriam analisados e licitados", disse, ao concluir que os terminais contribuem com a relação porto-cidade, aquecendo a economia dos municípios.O secretário considera a Copa de 2014 uma oportunidade ao setor. "Os cruzeiros também podem ser associados à Copa que está por vir", comentou ele. Di Bella confirmou para o mês que vem o lançamento do "Programa de Infraestrutura Portuária para o Turismo Marítimo Sustentável", que deve, entre outras atribuições, revitalizar áreas portuárias.Dentro do plano terão prioridade inicial cidades como Fortaleza, Recife e Salvador, no Nordeste, além de Porto Alegre, Pelotas e Rio Grande, no Sul. Santos (SP) também deve ter sua parcela. Por enquanto estão previstos mais de R$ 3 milhões, entre Salvador, Recife e Rio Grande. Os únicos portos que possuem terminais estruturados são o de Santos, com o Concais, e o Píer Mauá no Rio de Janeiro, por concessão.EmpresasDepois de terem visto na temporada 2008/2009 um fluxo de 500 mil turistas - 25% a mais do que na anterior-, as empresas de cruzeiros aceleram estratégias comerciais para garantir um bom movimento no período 2009/2010.Ricardo Amaral, representante da Royal Caribbean no Brasil, contou ao DCI que em junho a companhia deve abrir escritório em São Paulo, pois a "América do Sul é um mercado estratégico". Um dos principais executivos da Royal deve vir ao Brasil, e a empresa já comercializa roteiros parcelados para retomar as vendas, que estão abaixo do esperado devido à cautela do consumidor. Em 2009, virão dois navios, perante apenas um na temporada 2008/2009.A MSC reforçou o marketing, conforme colocou Fábio Trigo, diretor financeiro da empresa no Brasil. "Teremos aumento de 55% na oferta, pois, apesar da crise, esse setor tem um potencial grande, embora as vendas, por enquanto, estejam fracas", explicou. Ele disse que desta vez virão seis navios; ano passado, foram quatro. A MSC também aposta em financiamentos de pacotes e promoções para alavancar as vendas.A companhia CVC Cruzeiros, considerada a responsável pelo maior fluxo de passageiros da última temporada [170 mil], confirmou quatro navios e diz observar o mercado para sondar a necessidade de adicionar mais embarcações turísticas. Na última temporada, foram seis navios.Companhias como Royal, MSC Cruzeiros e Costa têm interesse em fazer parte de parcerias público-privadas no País, para investir em terminais de passageiros, a exemplo do que fazem em outros países.
SÃO PAULO - O governo chinês deve participar do projeto de expansão do Porto de Santos. A informação foi confirmada pela Secretaria Especial de Portos (SEP), que divulgou a assinatura de um protocolo de entendimento com o Ministério dos Transportes da China sobre cooperação bilateral na área de portos marítimos.A consolidação da parceria ocorreu durante a visita ao País da comitiva do presidente Lula, junto do ministro dos Portos, Pedro Brito. Segundo a SEP, a parceria deve estabelecer a "a troca de experiências e melhores práticas nas áreas de planejamento, construção e operação de portos marítimos" e em "políticas e de desenvolvimento portuário". Fontes do setor dão conta de que a China deve financiar US$ 6 bilhões para a implantação do projeto Barnabé Bragres - que deve duplicar a capacidade das docas santistas.A SEP confirmou que a expansão do Porto de Santos será o primeiro passo da parceria, com o objetivo de "complementar os estudos que vêm sendo desenvolvidos com o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)", conforme nota.As tratativas incluem a oportunidade da China de participar do projeto do pré-sal. Empresas chinesas, por meio do Consórcio Draga Brasil, venceram recentemente a concorrência para dragar (aprofundar) os canais de portos brasileiros.
A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), conjuntamente com a Secretaria da Receita Federal do Brasil, publicou no dia 2 de abril, no Diário Oficial da União, a Portaria Conjunta RFB/SECEX nº 1, de 1º de abril de 2009, que criou regime Drawback Integrado. Com isso, as exportações brasileiras vão ficar mais competitivas.
"Brasil é prioridade para a Colômbia no desenvolvimento do turismo", disse o diretor do Escritório Comercial do Governo da Colômbia (Proexport Colombia), Carlos Rodriguéz. Segundo ele, o Brasil é importante para o turismo por ser um grande mercado emissor. "Os brasileiros adoram praia e nosso objetivo é divulgar, além de Bogotá (porta de entrada do Colômbia) nossas praias San Andrés y Providencia e Cartagena de Indias. Locais muito procurados pelos turistas brasileiros.Mas não é só isso, temos turismo para todos os gostos: desertos, praias, floresta, calor e frio", disse.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva acredita que os acordos fechados pela Petrobras no exterior para a exploração de petróleo ajudem a baixar o preço dos combustíveis no País. "Espero que a Petrobras possa tirar bastante petróleo para baratear o preço do combustível e quem sabe baratear um pouco no Brasil", disse o presidente em seminário realizado em Istambul entre empresários brasileiros e turcosA Petrobras fechará nesta sexta-feira um contrato com a estatal turca TPAO. O acordo está na pauta da visita de Lula à Ancara, última etapa de sua turnê no exterior. O entendimento envolveria investimentos totais de US$ 830 milhões. O objetivo inicial é a prospecção de petróleo e gás natural do Mar Negro, uma das últimas fronteiras de exploração.A Petrobras é apenas a segunda empresa internacional a ganhar acesso à região. A outra foi a Exxon. Acordos com a Chevron e a alemã RWE fracassaram. A Turquia estima que suas reservas cheguem a 10 bilhões de barris, além de 1,5 trilhão de metros cúbicos de gás natural. O acordo prevê a entrega de dragas para perfuração de águas profundas. Uma produção começaria apenas em 2015. Jorge Zelada, diretor de Assuntos Internacionais da Petrobras, confirmou que uma primeira sonda de exploração deve chegar à região onde ocorrerá a exploração já no final de 2009. "Fizemos nossos estudos e agora vamos ver se há mesmo o petróleo que se diz que existe", afirmou.Lula elogiou a decisão da Petrobras de iniciar a colaboração com os turcos, apresentado a empresa aos empresários locais como "uma das maiores empresas do mundo" e com a melhor tecnologia de exploração de petróleo em alto mar. "Deus queira que a Petrobras encontre petróleo no Mar Negro para o bem da Turquia e da nossa Petrobras", disse. Presidente surpreende ao tentar incentivar comércio bilateralO presidente brasileiro surpreendeu os empresários turcos ao dizer que, no Brasil, todo vendedor de roupa ou de qualquer outro produto que passe de casa em casa é conhecido como "turco". "No Brasil, tem uma coisa interessante que vocês precisam conhecer", disse Lula em um seminário com empresários locais. "Apareceu alguém vendendo algo na porta de um brasileiro, ele sabe que é um turco que está vendendo", afirmou, sem qualquer reação da plateia.O presidente ainda tentou explicar. "Qualquer vendedor que for vender um produto na casa das pessoas, prontamente ele é chamado de turco. Eu não sei se é o turco nascido em Istambul ou no tempo do Império Otomano, nascido na Arábia Saudita ou no Líbano", disse. "É preciso fazer jus a essa especialidade de comercializar do povo turco para que possamos estreitar as relações comerciais entre o Brasil e a Turquia", emendou. Lula ainda fez alguns empresários se impressionarem ao anunciar que o Brasil tinha 17 milhões de quilômetros de fronteira terrestre. Lula é o primeiro presidente brasileiro a visitar a Turquia. O único chefe de Estado que havia passado pelo país foi Dom Pedro II, em 1875. O objetivo de Lula é ampliar o comércio entre os dois países e, para incentivar a plateia turca, que incluia o presidente da Câmara de Comércio da Turquia, Rifat Hisarciklioglu, tentou explicar o uso do termo no País. Empresários turcos devem visitar o Brasil neste semestreUma comitiva de 200 empresários turcos deve visitar o Brasil neste semestre, para participar de um evento em São Paulo. O primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan também manifestou intenção de visitar o Brasil em 2009, aproveitando a realização de mais uma conferência da Aliança das Civilizações. Esse é um dos resultados do Seminário Empresarial Brasil-Turquia, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerrou em Istambul. Para o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, as relações com a Turquia estão aquém do possível. Ele citou como exemplo o fato de a Turquia comprar carne e frango brasileiros da Síria. "Essa viagem foi importante por abrir as portas. Comércio exterior se faz assim, com muita visita, conhecendo um ao outro. Por que não vendíamos carne diretamente para os turcos?", afirmou o ministro.O esforço da comitiva brasileira é incrementar o comércio com a Turquia, que ocupa o 51º lugar no ranking dos parceiros comerciais do Brasil, apesar de estar entre as 20 maiores economias do mundo. Além de ampliar o mercado turco para os produtos brasileiros - especialmente nas áreas de infraestrutura, petróleo, aviões e alimentos - o governo brasileiro vê o país como uma ponte estratégica para aumentar o comércio com os países ao Sul da Rússia, integrantes da antiga União Soviética, como a Ucrânia e o Cazaquistão.