Sexta, 24 Janeiro 2025

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SÃO PAULO - Os fabricantes de geladeiras, fogões, máquinas de lavar e tanquinhos - produtos conhecidos também como linha branca - estão tendo que correr para atender a demanda que aumentou em média 20% na base de comparação entre o mês de maio do ano passado e de 2009. Uma empresa que acelerou o ritmo de produção foi a Whirlpool, que fabrica as marcas Brastemp e Consul. Ela precisou contratar 400 trabalhadores temporários durante um período de três meses. Na Mabe, que além da marca própria, produz os equipamentos GE e Dako, o nível de atividade voltou ao mesmo do período pré-crise.

Segundo o presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), Lourival Kiçula, a medida de incentivo do governo foi a responsável direta pelo ótimo desempenho, lembrando que a base de comparação do aumento de dois dígitos foi feita entre meses em que a crise ainda não havia abalado a economia mundial.

"O mês de maio foi surpreendente, o crescimento do setor foi de mais de 20%, o varejo vendeu seu estoque e fez novos pedidos e junho segue o mesmo caminho", destacou Kiçula.

A comemoração do desempenho do setor no mês maio, feito pelo presidente da entidade, foi confirmado por Armando Ennes, diretor de relações institucionais da Whirlpool. "Sem a redução do tributo a produção do setor poderia ter caído 25% em relação ao mesmo mês do ano passado e o dia das mães corria o risco de ser o pior dos últimos anos em 2009", afirmou o executivo. Além disso, ele relembrou que o incentivo teve um reflexo contrário na perspectiva da indústria que vinha se desenhando desde o início do ano. Segundo o executivo o cenário do setor era negativo até abril, mudou e passou de uma expectativa de redução de jornada e até mesmo de demissões, para contratações e mais produção.

Renovação

Em função justamente dessa reação do consumo é que os associados e a Eletros se reúnem nesta semana para discutir a estratégia para convencer o governo a prorrogar a redução do IPI para a linha branca, assim como fez com os automóveis, em março. Dentre os argumentos serão apresentados números como o nível de atividade industrial, que voltou aos níveis de pré-crise com a utilização de 70% da capacidade instalada, o baixo valor da renúncia fiscal, estimada em R$ 170 milhões em três meses, além, é claro do aumento da produção. Para Kiçula, o ideal é que essa medida fosse renovada por mais 90 dias e a partir de então o setor poderia seguir sozinho, pois o novo período terminaria no início da temporada de pedidos de Natal.

Já na opinião de Ennes, se o governo não renovar a isenção do tributo o setor terá uma redução tanto em vendas quanto na produção e que isso refletiria em toda a cadeia de produção, "implicando em perda de empregos em uma indústria tão importante quanto a automobilística", comparou ele. Na Mabe, a posição defendida pelo seu presidente, Patrício Mendizábal, é de que as alíquotas reduzidas refletem a "essencialidade dos produtos de linha branca" e que por isso o tributo está normalizado e não reduzido, isto porque considera o nível atual, mais adequado. Segundo o executivo, a indústria deverá recorrer de uma decisão que não seja a manutenção dessa medida.

Em breve, o governo deverá enfrentar uma nova batalha, dessa vez com a linha marrom, que também deverá pedir redução de tributos, segundo defendeu o vice-presidente de novos negócios da Samsung, Benjamim Sicsu.
 
Fonte: DCI

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VIENA - A área de transportes da francesa Alstom começa a ampliar mais os horizontes, pois pretende reforçar os nichos onde atua para abocanhar uma fatia maior do mercado mundial. Apesar de ter 70% do market share na alta velocidade mundial, levando em conta todos os segmentos de passageiros sobre trilhos, a Alstom detém 27% do bolo global, atrás da líder no setor, a Bombardier, posição que poderá ser revertida nos próximos anos. Para isso, a companhia cresce os olhos tanto em mercados maduros na área de transportes urbanos, porém que ainda apresentam projetos relevantes a serem desenvolvidos, quanto no potencial de países com bons índices de crescimento e que apresentam demandas inexploradas."Queremos competir pelo mundo, em todos os segmentos de transportes que atuamos", comentou Philippe Mellier, presidente da Alstom Transport, em Viena, na Áustria, ao concordar que em países como o Brasil, a China, a Índia e o México a falta de infraestrutura rodoviária tem criado um mercado potencial a ser explorado pelo setor ferroviário. Segundo o executivo, o Brasil, apresenta boas oportunidades tanto na área dos metrôs, quanto dos Veículos Leves Sobre Trilhos (VLTs) - este um dos principais alvos da Alstom no País.Trem-balaPorém, a grande obra que elevaria o patamar brasileiro, entre os principais mercados que a Alstom atua, seria mesmo o trem de alta velocidade (TAV), mais popularmente conhecido como trem-bala, que deverá ligar a cidade de São Paulo ao Rio de Janeiro - empreitada já avaliada pelo setor na casa dos US$ 15 bilhões. "Essa é uma das oportunidades que serão trazidas, entre outras, por conta da Copa de 2014", comentou o presidente Alstom, em entrevista ao DCI.Apesar do cenário, engana-se quem acredita que o TAV brasileiro é o único projeto a ser disputado acirradamente pelas corporações de porte mundo a fora. Para se ter uma ideia, existem oportunidades como o plano de investimento de 35 bilhões de euros, criado para o transporte urbano na região de Paris, a longo prazo, bem como a suntuosa intenção da China em aportar 85 bilhões de euros para o desenvolvimento do setor - só em linhas ferroviárias serão 2,1 mil quilômetros. "A Rússia é também um mercado com potencial enorme", acrescentou o presidente da Alstom.Ou seja, mesmo com a turbulência econômica, o setor de transportes urbanos, no âmbito municipal ou interestadual, apresenta novos negócios para médio a longo prazo, e que devem sair gradativamente nos próximos anos, a fim de evitar o caos total nos grades centros urbanos. Mellier ressaltou ainda o conceito de "multiespecialista" que a companhia trabalha no mercado, por ter capacidade em oferecer desde o material rodante (carros de trens), até a parte de infraestrutura e os equipamentos de sinalização, além da área de serviços de manutenção, que pretende incrementar em seu portfólio.Para o executivo da Alstom, o fato de a empresa ser a única corporação com o alcance de realizar o trabalho de ponta a-ponta, garante um grande diferencial na hora de conquistar mais projetos mundialmente.Além da tecnologia dos trens de alta velocidade, entre os mercados que fariam a companhia francesa acelerar a disputa pela liderança mundial estão os metrôs e os VLTs, que apresentam mais potencial, este último com uma taxa de crescimento calculada a 3,7% ao ano, para os próximos 10 anos, enquanto os chamados metropolitanos apresentam condições positivas, de avançar 2,7% ao ano, com atenção a regiões como a Ásia, a América Latina e no Leste Europeu.SolidezPresente em mais de 70 países, a Alstom apresentou resultados satisfatórios no último balanço financeiro, em um ano fiscal que se encerrou em março e pegou praticamente um semestre inteiro de crise internacional. A corporação fechou o período com lucro líquido de 1 bilhão de euros, cerca de 30% acima do anterior - a principal fatia de negócios da Alstom está ligada ao setor de energia.O faturamento da área de transportes atingiu 8,12 bilhões de euros, sendo que o Brasil representa hoje 3% desse universo. "A crise afeta mais o ferroviário de cargas, por isso acredito que manteremos uma boa performance depois de ter reestruturado nossa gestão há cerca de 5 anos e por garantir o fechamento de bons projetos nos últimos dois".Já no Brasil, o também francês Philippe Delleur, presidente local da companhia, reforçou que a escolha das 12 cidades que devem sediar a Copa do Mundo de Futebol de 2014 deve representar um impulso para comercialização de novos VLT, por serem eficientes na "ligação entre estádios, aeroportos e pontos turísticos". Ele acrescentou que estes veículos comportam entre 140 e 300 passageiros por trem, o equivalente a 3 ônibus ou 50 carros de passeio.

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O provável corte na taxa básica de juros a ser decidido nesta quarta-feira pelos diretores do Banco Central e já precificado pelo mercado coloca a poupança como a melhor opção de investimento de curto prazo. Um estudo realizado pelo professor de Economia da Pucrs Carlos Renato Salami mostra que em 12 meses, por exemplo, aplicações como fundos de renda fixa e CDBs (Certificados de Depósito Bancário) renderiam 5,12% e 6,84% ao ano, respectivamente, já descontados a taxa de administração e o Imposto de Renda, enquanto a caderneta tem garantido 6,17% de valorização mais a variação da Taxa Referencial (TR), que fica entre 1% e 2%. A expectativa de analistas é que o BC decida por reduzir a taxa em 0,75 ponto percentual, estipulando a Selic em 9,5% ao ano. A medida - que deve ser motivada pela fraca demanda, a recente apreciação do real e o elevado estoque das empresas - faz com que aumente o risco de migração dos recursos investidos em fundos para a poupança, uma vez que a caderneta terá rendimentos maiores. Em função disso, o governo já anunciou no mês passado a intenção de tributar os rendimentos acima de R$ 50 mil depositados na poupança, eliminando assim riscos imediatos e que, pelos cálculos do BC, ficam afastados enquanto a Selic se manter acima de 7,5%. Para realizar a análise, Salami optou por dois produtos comuns oferecidos por bancos a investidores - um fundo de renda fixa de curto prazo e um CDB - e trabalhou com uma aplicação inicial de R$ 20 mil a ser mantida por 12 meses a fim de calcular o IR e a taxa de administração que incidem sobre o resultado. Pelos números atuais, a aplicação no fundo resultaria em um ganho R$ 1.024,52, enquanto o CDB teria rendimento de R$ 1.367,90. Mesmo sem ser possível calcular o rendimento final da poupança no período por conta da falta de precificação da TR, o professor diz que a caderneta traria um resultado maior ao final dos 12 meses em função de já partir com um acréscimo garantido de 6,17% ao ano. A queda recente da taxa Selic reduz o ganho dos fundos de investimentos, que têm como desvantagem, em relação à poupança, a tributação do IR e as taxas de administração cobradas pelos bancos. A poupança tem rentabilidade garantida de 6,17% ao ano mais TR, que é calculada com base na média dos juros cobrados pelos bancos nos CDBs. Os fundos dependem dos títulos públicos, ou privados, em que o seu administrador aplica. Quando a taxa básica de juros é alta, a poupança perde em competitividade. Uma retirada maciça de recursos investidos em fundos poderia comprometer a rolagem da dívida pública, cujos títulos servem de base para as aplicações dos fundos. Além disso, ocorreria uma falta de recursos no mercado para empréstimos normais, gerando problemas para empresas e pessoas físicas. Salami ressalta que os contratos de juros negociados na BM&F para o ano que vem já sinalizam para uma alta da taxa Selic, que deve ocorrer por pressão do reaquecimento da economia sobre a inflação. Nesse caso, o impacto sobre as aplicações não deve ser tão intenso. Mesmo assim, o professor avalia que, no longo prazo, a tendência é de que o Brasil passe a ter taxas de juros mais baixas e próximas de padrões internacionais, exigindo reformas profundas na forma como é calculado o rendimento da poupança. Para os investidores, a recomendação de Salami é apostar cada vez mais da diversificação. "A indústria de gestão de recursos no Brasil é focada no curto prazo porque as pessoas se habituaram a olhar o retorno a cada semana e o gestor sabe disso. Porém, o retorno tende a ser cada vez mais baixo porque as taxas de juros não serão mais estratosféricas", diz. O especialista afirma que é preciso compreender melhor o que se espera do investimento e assumir riscos. "Efetivamente, a poupança se tornou um bom investimento, mas como alternativa ao CDI há coisas melhores", destaca. Um dos produtos são os títulos públicos com rendimento atrelado à inflação.Compare:Fundo de investimento de curto prazoAplicação inicial: R$ 20.000,00Retorno igual ao do CDITaxa de Administração: 2% a.a.Imposto de Renda: 22,5% até 180 dias; 20% no restante do períodoRetorno líquido: R$ 21.024,52Rentabilidade: 5,12% a.a. (252 dias úteis = 12 meses)CDBAplicação inicial: R$ 20.000,00Remuneração: 95% do CDITaxa de administração: não háImposto de Renda: 22,5% até 180 dias; 20% no restante do períodoRetorno líquido: R$ 21.367,90Rentabilidade: 6,84% a.a. (252 dias úteis = 12 meses)PoupançaRemuneração: 6,17% a.a. + TRTaxa de administração: não háImposto de Renda: não háBancos já reduzem taxas e valores mínimos para aplicações financeirasA aposta consensual do mercado na redução da taxa básica de juros já levou bancos a anunciarem medidas na terça-feira. A Caixa Econômica Federal comunicou que, a partir de segunda-feira, 18 linhas de crédito comercial terão redução nos juros. É a sexta vez no ano que o banco diminui suas tarifas, mas desta vez a CEF se antecipou a possível redução da taxa Selic pelo Banco Central, que divulga sua decisão nesta quarta-feira. Foram alteradas taxas de oito linhas voltadas para pessoa física e de dez modalidades de financiamento para pessoa jurídica. Para pessoa física, o banco reduziu os juros na linha de créditos conveniados INSS, que passou de 0,88% ao mês, para 0,85% ao mês, uma queda de 3,4%. A CEF também diminuiu as taxas do penhor (de 2,10% para 2,08% ao mês) e para financiamento de veículos, que terá juros a partir de 1,19% ao mês. A linha de turismo terá juro máximo de 3,3% ao mês, contra 3,8% praticados atualmente. No caso do crédito pessoal, a taxa máxima cairá de 4,31% para 4,26% ao mês. A taxa mínima do cheque especial passou de 1,27% para 1,20% ao mês. Para a presidente da Caixa, Maria Fernanda Ramos Coelho, o banco vem se mantendo com as menores taxas de juros do mercado. "Analisando o comportamento das curvas de juros futuras, a Caixa resolveu reduzir as taxas de vários produtos", afirmou o vice-presidente de finanças da Caixa, Márcio Percival. Segundo o executivo, as novas taxas irão contribuir para a expansão do crédito e do consumo. A Caixa também reduziu as taxas de juros para a pessoa jurídica. Na modalidade cheque empresa Caixa, a taxa com convênio folha de pagamento ficará em 5,09% ao mês, ante 5,13% anteriormente. No GiroCaixa, a redução da taxa máxima chega a 16,42% para o segmento de micro e pequenas empresas.Já o Bradesco está praticando, desde terça-feira, valores mínimos reduzidos para aplicação inicial em mais de 30 fundos de investimento. A medida contempla fundos DI, renda fixa, ações e de multimercado, voltados para os clientes dos segmentos varejo e Prime. Os valores para as aplicações adicionais também foram reduzidos. Com a nova medida, o banco diz que cria condições para que os investidores tenham acesso a fundos mais competitivos em termos de rentabilidade. A nova tabela traz reduções significativas, como o FIC Curto Prazo, que teve sua aplicação inicial reduzida de R$ 5 mil para R$ 500,00, e o FIC Referenciado DI Platinum, que passou de R$ 200 mil para R$ 80 mil.

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Num esforço para conter a queda nas exportações por causa da crise e tentar neutralizar barreiras tarifárias, a China anunciou que vai reduzir, mais uma vez, impostos de exportação de cerca de 600 artigos. Entre os setores beneficiados está a indústria siderúrgica, o que acirra a competição com o Brasil. Na sexta-feira passada, o governo brasileiro havia anunciado aumento de até 14% na alíquota de importação do aço para, justamente, proteger a indústria nacional da invasão chinesa. Os exportadores de aço da China terão abatimento de imposto de, no mínimo, 9%. Outros produtos, entre eles, alguns artigos eletrônicos, máquinas e móveis, também serão contemplados com o corte do imposto. Engrenagens, aparelhos de transmissão televisiva e máquinas de costura são alguns dos produtos que terão o maior abatimento de tarifa, de 17%. No caso de itens como suco, brinquedos e móveis, a redução será de 15%. O estímulo fiscal chinês, segundo afirmou ontem o Ministério das Finanças, tem efeito retroativo a 1º de junho. Essa é a sétima vez consecutiva que Pequim corta impostos para exportadores com o objetivo de amenizar os efeitos da crise financeira global na sua economia e ajudar os fabricantes. Ao baixar as tarifas, o preço final dos produtos chineses fica ainda mais competitivo no mercado internacional. Economistas, no entanto, avaliam que é pouco provável que a estratégia chinesa funcione e se traduza em aumento das vendas externas. Isso porque o momento é de baixa da demanda mundial. Ainda segundo analistas, a medida pode trazer um impacto negativo ao comércio exterior chinês, pois pode criar um ambiente hostil com os parceiros comerciais do país.As exportações da China caíram 22,6% em abril, na comparação com o mesmo período do ano passado, o sexto mês consecutivo de declínio, de acordo com dados oficiais.

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Uma acalorada discussão sobre a crise do Porto de Cabedelo, a partir da debandada de navios de pesca oceânica para o Porto de Natal, foi um dos resultados do Simpósio sobre Trabalho Aquaviário – Atividade Pesqueira e Trabalho Marítimo, promovido pela Escola Superior do Ministério Público da União e organizada pelo Ministério Público do Trabalho na Paraíba, com apoio da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT), no auditório do Hotel Igatu. Representantes de empresários e pescadores travaram, democraticamente, um debate acerca da falta de trabalho na Paraíba e das deficiências das condições de trabalho.

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