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SÃO PAULO - Os fabricantes de geladeiras, fogões, máquinas de lavar e tanquinhos - produtos conhecidos também como linha branca - estão tendo que correr para atender a demanda que aumentou em média 20% na base de comparação entre o mês de maio do ano passado e de 2009. Uma empresa que acelerou o ritmo de produção foi a Whirlpool, que fabrica as marcas Brastemp e Consul. Ela precisou contratar 400 trabalhadores temporários durante um período de três meses. Na Mabe, que além da marca própria, produz os equipamentos GE e Dako, o nível de atividade voltou ao mesmo do período pré-crise.
Segundo o presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), Lourival Kiçula, a medida de incentivo do governo foi a responsável direta pelo ótimo desempenho, lembrando que a base de comparação do aumento de dois dígitos foi feita entre meses em que a crise ainda não havia abalado a economia mundial.
"O mês de maio foi surpreendente, o crescimento do setor foi de mais de 20%, o varejo vendeu seu estoque e fez novos pedidos e junho segue o mesmo caminho", destacou Kiçula.
A comemoração do desempenho do setor no mês maio, feito pelo presidente da entidade, foi confirmado por Armando Ennes, diretor de relações institucionais da Whirlpool. "Sem a redução do tributo a produção do setor poderia ter caído 25% em relação ao mesmo mês do ano passado e o dia das mães corria o risco de ser o pior dos últimos anos em 2009", afirmou o executivo. Além disso, ele relembrou que o incentivo teve um reflexo contrário na perspectiva da indústria que vinha se desenhando desde o início do ano. Segundo o executivo o cenário do setor era negativo até abril, mudou e passou de uma expectativa de redução de jornada e até mesmo de demissões, para contratações e mais produção.
Renovação
Em função justamente dessa reação do consumo é que os associados e a Eletros se reúnem nesta semana para discutir a estratégia para convencer o governo a prorrogar a redução do IPI para a linha branca, assim como fez com os automóveis, em março. Dentre os argumentos serão apresentados números como o nível de atividade industrial, que voltou aos níveis de pré-crise com a utilização de 70% da capacidade instalada, o baixo valor da renúncia fiscal, estimada em R$ 170 milhões em três meses, além, é claro do aumento da produção. Para Kiçula, o ideal é que essa medida fosse renovada por mais 90 dias e a partir de então o setor poderia seguir sozinho, pois o novo período terminaria no início da temporada de pedidos de Natal.
Já na opinião de Ennes, se o governo não renovar a isenção do tributo o setor terá uma redução tanto em vendas quanto na produção e que isso refletiria em toda a cadeia de produção, "implicando em perda de empregos em uma indústria tão importante quanto a automobilística", comparou ele. Na Mabe, a posição defendida pelo seu presidente, Patrício Mendizábal, é de que as alíquotas reduzidas refletem a "essencialidade dos produtos de linha branca" e que por isso o tributo está normalizado e não reduzido, isto porque considera o nível atual, mais adequado. Segundo o executivo, a indústria deverá recorrer de uma decisão que não seja a manutenção dessa medida.
Em breve, o governo deverá enfrentar uma nova batalha, dessa vez com a linha marrom, que também deverá pedir redução de tributos, segundo defendeu o vice-presidente de novos negócios da Samsung, Benjamim Sicsu.
Segundo o presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), Lourival Kiçula, a medida de incentivo do governo foi a responsável direta pelo ótimo desempenho, lembrando que a base de comparação do aumento de dois dígitos foi feita entre meses em que a crise ainda não havia abalado a economia mundial.
"O mês de maio foi surpreendente, o crescimento do setor foi de mais de 20%, o varejo vendeu seu estoque e fez novos pedidos e junho segue o mesmo caminho", destacou Kiçula.
A comemoração do desempenho do setor no mês maio, feito pelo presidente da entidade, foi confirmado por Armando Ennes, diretor de relações institucionais da Whirlpool. "Sem a redução do tributo a produção do setor poderia ter caído 25% em relação ao mesmo mês do ano passado e o dia das mães corria o risco de ser o pior dos últimos anos em 2009", afirmou o executivo. Além disso, ele relembrou que o incentivo teve um reflexo contrário na perspectiva da indústria que vinha se desenhando desde o início do ano. Segundo o executivo o cenário do setor era negativo até abril, mudou e passou de uma expectativa de redução de jornada e até mesmo de demissões, para contratações e mais produção.
Renovação
Em função justamente dessa reação do consumo é que os associados e a Eletros se reúnem nesta semana para discutir a estratégia para convencer o governo a prorrogar a redução do IPI para a linha branca, assim como fez com os automóveis, em março. Dentre os argumentos serão apresentados números como o nível de atividade industrial, que voltou aos níveis de pré-crise com a utilização de 70% da capacidade instalada, o baixo valor da renúncia fiscal, estimada em R$ 170 milhões em três meses, além, é claro do aumento da produção. Para Kiçula, o ideal é que essa medida fosse renovada por mais 90 dias e a partir de então o setor poderia seguir sozinho, pois o novo período terminaria no início da temporada de pedidos de Natal.
Já na opinião de Ennes, se o governo não renovar a isenção do tributo o setor terá uma redução tanto em vendas quanto na produção e que isso refletiria em toda a cadeia de produção, "implicando em perda de empregos em uma indústria tão importante quanto a automobilística", comparou ele. Na Mabe, a posição defendida pelo seu presidente, Patrício Mendizábal, é de que as alíquotas reduzidas refletem a "essencialidade dos produtos de linha branca" e que por isso o tributo está normalizado e não reduzido, isto porque considera o nível atual, mais adequado. Segundo o executivo, a indústria deverá recorrer de uma decisão que não seja a manutenção dessa medida.
Em breve, o governo deverá enfrentar uma nova batalha, dessa vez com a linha marrom, que também deverá pedir redução de tributos, segundo defendeu o vice-presidente de novos negócios da Samsung, Benjamim Sicsu.
Fonte: DCI
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