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Pela primeira vez em quatro anos, o volume captado pelos títulos de dívida apresentou uma redução, quando o movimento foi 23% inferior aos R$ 69,4 bilhões captados em 2006. "Podemos dizer que 2006 foi o ano das debêntures enquanto 2007 foi das ações", diz Luiz Macahyba, superintendente de relações institucionais da Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro (Andima).
Segundo ele, a queda do volume captado pelas debêntures foi causada pelo boom das ofertas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês), com as empresas preferindo captar recursos através da entrada no mercado de capitais. Apesar da queda na captação, o volume das debêntures em 2007 - R$ 46,53 bilhões - ainda é superior aos R$ 33,13 bilhões movimentados pelas emissões primárias de ações, outra opção de captação de recursos utilizada pelas empresas. Outras companhias preferiram realizar suas captações por meio dos Certificados de Créditos Bancários (CCB), que é uma alternativa mais rápida e com um custo menor.
Para os analistas, o segundo momento do mercado acionário é o das debêntures e as perspectivas são de crescimento do setor. "Esse movimento é bastante salutar porque boa parte das empresas estreantes na Bolsa vai participar do mercado de dívidas via debêntures para financiar seus projetos", diz Macahyba.
Outro fator que pode impulsionar o mercado de debêntures é a entrada de investidores de varejo, já que o valor nominal costuma variar entre R$ 10 mil e R$ 50 mil. Com o objetivo de fomentar o mercado, em julho, o BNDESPar realizou uma segunda oferta de debêntures no valor unitário de R$ 1 mil, destinando 20% dos títulos ao investidor de menor porte e com liquidez diferenciada, através da contratação de formadores de mercado. Estão previstas mais três etapas da oferta, que deve totalizar R$ 2 bilhões.
O ambiente econômico interno favorável, com crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) previsto para 5,2% deve alavancar a demanda pelas debêntures, à medida que aumentam os investimentos nas indústrias e na área da infra-estrutura. "A queda da taxa de juros (Selic) pode atrair novamente empresas de grande porte como a Vale do Rio Doce a captar recursos no mercado local", diz José Alexandre Freitas, sócio diretor da Oliveira Trust.
Hoje, o setor de arrendamento mercantil corresponde a mais de 70% das emissões, com R$ 33,1 bilhões. "Os leasings ligados aos conglomerados financeiros têm benefícios porque não arcam com o compulsório nem o fundo garantidor de crédito", diz Macahyba. Em seguida, estão as companhias de energia elétrica com R$ 4,2 bilhões e empresas de securitização de recebíveis com R$ 2 bilhões. Além destes setores, o especialista da Andima prevê a entrada de empresas de transportes, impulsionadas pela privatização das rodovias.
Apesar da queda no ano passado, as debêntures lideraram o volume das operações de renda fixa, com 43 operações registradas na CVM, movimentando R$ 46,5 bilhões. Contabilizando as quatro ofertas dispensadas de registro, esse total aumenta em R$ 1,5 bilhão. Esse montante foi bem superior às demais opções em renda fixa, como os fundos de investimento em direitos creditórios (FIDC) com giro de R$ 9,97 bilhões; notas promissórias, com R$ 9,73 bilhões; e certificados de recebíveis imobiliários (CRI), com R$ 870 milhões.
Opções
A empresa que pretende captar recursos conta com várias opções, como a abertura de capital e a emissão de debêntures, dentre outras. Para escolher entre as duas alternativas, a companhia leva em conta diversos fatores, como custos e o perfil do investidor que pretende atrair.
"Ao abrir capital na Bolsa, a empresa pretende pulverizar os investidores, incluindo os de pequeno porte, já que a debênture é voltada para poucos investidores por causa do alto valor da oferta", diz o professor de finanças corporativas da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Hsia Hua Sheng.
Segundo o professor, a empresa tem um custo menor ao emitir debêntures do que ao lançar IPOs, já que no processo de valuation deve seguir uma série de exigências de governança corporativa para divulgar para os investidores, o que torna os procedimentos da companhia mais transparentes. Outras empresas buscam o mercado acionário via lançamento de IPOs como uma saída dos investimentos oriundos de venture capital, utilizados na estruturação da companhia.
Fonte: DCI - 04 JAN 07
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