Domingo, 02 Fevereiro 2025

Fábricas, comércio e condomínios pagarão mais caro pelo gás liquefeito de petróleo (GLP), reajustado nas distribuidoras em 15% na última terça-feira. É o primeiro aumento do GLP industrial desde 2003. O preço do botijão de 13 quilos, de uso residencial, não sofrerá alteração.

A decisão da estatal surpreendeu as companhias distribuidoras, que apostavam num cenário de estabilidade do preço do GLP. Com o aumento, o valor do botijão de 45 quilos, utilizado por grandes condomínios, saltará de R$ 130 para R$ 145, considerando um eventual repasse integral  do reajuste.

O mercado de grandes consumidores de GLP representa cerca de 25% do volume total do combustível comercializado no Brasil, segundo dados da Petrobras. Mais barato do que o gás natural, o GLP é uma alternativa para empresas de pequeno e médio portes como hotéis e restaurantes.

Para José Ronaldo Teixeira, vice-presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares da Cidade do Salvador, os empresários do setor encontrarão dificuldades para repassar o aumento no preço do GLP para o consumidor. “Não sei se vai haver repasse para o consumidor. O empresário vai acabar absorvendo o reajuste para não perder espaço na concorrência com a informalidade”, prevê Teixeira.

O presidente da Associação de Padarias da Bahia, Edésio Duran, acredita que o aumento no preço do gás industrial não acarretará aumento do preço do pão em Salvador. Segundo ele, a maioria das panificadoras baianas utiliza fornos movidos a energia elétrica ou óleo diesel.

APREENSÃO –  A decisão da Petrobras de reajustar o GLP em 15%, muito acima dos 4,15% previstos pelo Banco Central para a inflação deste ano, desagradou o vice-presidente da Federação da Indústria do Estado da Bahia (Fieb), Victor Ventin.

Ele acredita que o aumento é o primeiro de uma série de reajustes na cadeia do gás. “Qualquer elevação de preço acima da inflação traz problemas para a indústria. A decisão do governo é um desestímulo à atividade industrial”, diz.

“Com a inflação em queda, aumento de 15% é estratosférico”, acrescenta. Segundo Ventin, a indústria começa 2008 “com pé esquerdo”, diante do aumento do GLP e da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), reajustada em 0,38%.

Fonte: A Tarde Online - 03 JAN 08

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