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A crise no mercado financeiro internacional já causa impactos negativos na captação de recursos por empresas brasileiras via ofertas de ações. Até a última sexta-feira, as distribuições de ações registradas na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em 2008 somavam movimentação de R$ 7,915 bilhões. De janeiro a abril do ano passado, esse volume totalizava R$ 19,489 bilhões.
O efeito é sentido ainda mais em companhias estreantes na Bolsa, que realizam suas ofertas públicas inicias de ações (IPOs) neste momento de turbulência externa. Na sexta-feira, a Le Lis Blanc teve o preço unitário de suas ações fixado em R$ 6,75 no âmbito de seu IPO. No primeiro prospecto preliminar da operação, a companhia estimava um intervalo de R$ 10,50 a R$ 12,50 por papel. Após adiar por dois dias a fixação do valor de suas ações, a empresa enviou comunicado ao mercado para informá-lo da mudança do intervalo projetado para entre R$ 7,50 e R$ 8,50. O IPO anterior ao da Le Lis Blanc, realizado pela Hypermarcas, também sinalizou um enfraquecimento do apetite do mercado por novas ações. No prospecto preliminar da oferta, estava previsto um preço por ação que ia de R$ 20,50 a R$ 24,50. O valor do papel, porém, ficou em R$ 17,00.
Para Fausto Gouveia, analista de mercado da Win Corretora, a crise externa não deve acabar tão cedo e a retomada do aquecimento nos IPOs pode ficar para o último trimestre deste ano. "Quem mais investe em IPO de empresas brasileiras são os estrangeiros", diz o analista. Já o professor de Finanças do Ibmec São Paulo, Ricardo Almeida, acredita que os IPOs devem continuar, mas com "uma certa cautela". "É tudo decisão estratégica. Se a empresa vai abrir o capital é porque precisa do dinheiro para algum tipo de investimento. Elas sabem que não vão conseguir captar o que esperam, mas precisam da verba", diz. Ele lembra, porém, que no momento a melhor opção para levantar recursos é a emissão de debêntures.
Em meio às incertezas, os investidores estão cada vez mais seletivos. "O investidor quer empresas conhecidas e de confiança, porque sabe que as ações terão uma boa liquidez", diz Gouveia. A Anhanguera Educacional e a Copasa, por exemplo, conseguiram em suas ofertas de ações um valor próximo ao que vinha sendo negociado na Bovespa. A ação da Anhanguera saiu a R$ 26 na oferta (a cotação do papel da empresa no dia da fixação do valor fechou em R$ 26,30 na Bovespa) e a da Copasa foi fixada em R$ 24,50 (a ação fechou em R$ 25,35 na Bolsa no dia da fixação do preço no âmbito da oferta).
Para Clodoir Vieira, analista de Mercado da Souza Barros Corretora, a cautela do investidor é normal: "O investidor vai ler o prospecto preliminar detalhadamente, para saber em que a empresa vai investir e se as previsões de crescimento da companhia condizem com o momento atual".
Demanda certa
O preço por ação na oferta secundária da Gerdau ficou em R$ 60,30 e da Metalúrgica Gerdau, em R$ 78,35 - o que, segundo analistas, é considerado satisfatório. "O setor metalúrgico está em evidência. O mercado chinês está comprando da Gerdau, o que faz com que ela se torne uma empresa confiável para o investidor", diz Almeida. Para ele, companhias de setores como imobiliário, automotivo e de agronegócios também passam por um bom momento. "Com o aumento da renda familiar, as vendas aumentaram, e conseqüentemente a produção tende a crescer", comenta. Por outro lado, Almeida indica que a alta da taxa de juros deve exercer impacto negativo sobre a concessão de crédito e as compras a prazo, o que reduz a expansão do setor de varejo.
As ações e possíveis ofertas de empresas que atuam nessa área, então, devem ser prejudicadas.
Fonte: DCI - 28 ABR 08
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A nova lei contábil obriga as empresas de médio porte com ativos superiores a R$ 240 milhões ou receita acima de R$ 300 milhões a divulgar, a partir e 2010, seus balanços corroborados por auditorias independentes, e são esses os clientes que deverão impulsionar os negócios no setor. Segundo especialistas ouvidos pelo DCI, este ano será marcado por transformações que vão acirrar a disputa entre as grandes empresas de auditoria, que terão uma maior concorrência com a ascensão dessas concorrentes menores. Nas últimas décadas, essas companhias têm conquistado uma fatia maior do mercado, e neste ano, a participação de cada uma deverá crescer em ritmo acelerado.
No caso da Baker Tilly Brasil, cuja matriz está localizada em Londres, o presidente, Osvaldo Roberto Nieto, credita 30% dos 45% de crescimento estipulado para este ano aos novos clientes conquistados graças à convergência das Normas Brasileiras de Contabilidade aos padrões utilizados globalmente definidos pelos International Financial Reporting Standards (IFRS). "Nosso crescimento neste ano será sustentado primordialmente pela conquista de novos clientes por conta desse novo nicho de mercado formado por empresas que serão auditadas e os outros 15% devido ao aumento do trabalho de consultoria relacionado a esta migração", detalhou Nieto.
O impacto da Lei nº 11.638, promulgada no final de 2007, vai atingir principalmente as empresas que estão abaixo das chamadas 500 maiores empresas brasileiras, consideradas de médio e grande porte, um dos focos de atuação das auditoras instaladas no País.
A maioria dos 890 clientes da unidade brasileira da Baker Tilly enquadram-se neste perfil, o que explica a expectativa de crescimento vultoso para a empresa.
Entre PriceWaterhouseCoopers, Ernst & Young, KPMG e Deloitte Touche Tohmatsu - as maiores empresas globais do setor -, a expectativa é de que os negócios também recebam um impulso. Para Fernando Alves, CEO para o Brasil da PriceWaterhouseCoopers, "o procedimento de adaptação deverá acarretar um incremento de 5% no volume de trabalho. Isso é positivo para auditores, pois traz a necessidade de os dados serem validados por um auditor independente".
A empresa, que atua no Brasil há 93 anos, registrou um crescimento de 24% em 2007, e para este ano, estima manter esta média. Como reflexo no aumento de trabalho, a PriceWaterhouseCoopers vai contratar 600 novos profissionais entre 2008 e 2009.
O posicionamento da Ernst & Young será de ataque. De olho nas possibilidades de ganhar mais mercado, a multinacional aposta na captação de novos clientes para sustentar sua taxa de crescimento, calculada em 30% para o ano em curso. "Estamos prospectando clientes e conversando a respeito dos IFRS, mas ainda não sabemos o quanto será atribuído a essa nova fatia do mercado", afirmou Sérgio Citeroni, sócio de Auditoria da empresa.
Impacto diluído
Para a KPMG, já houve um impacto, mas ele está diluído. "Fechamos 2007 com faturamento de R$ 404 milhões, 30% a mais que o ano anterior, e para 2008, a meta é crescer em média 20%", contou Pedro Melo, sócio de Auditoria da empresa.
A previsão de Edimar Facco, sócio de Auditoria da Deloitte, é de que o mercado se aqueça 10%. O executivo é mais comedido, e não vislumbra um aumento tão considerável nos negócios, assim como não vê muita alteração na rotina de trabalho dos auditores. Ele lembra que o boom das empresas para abertura de capital, ocorrido a partir de meados de 2003, abriu as portas para o mercado de auditoria.
Transparência
Além de facilitar a entrada de aportes estrangeiros no País, com a harmonização da contabilidade brasileira aos padrões IFRS, a convergência evidenciará um importante aspecto em relação às empresas: transparência.
Com a Lei nº 11.638, considerada um divisor de águas na atividade contábil, as companhias serão mais transparentes em relação a seus acionistas, sociedade e governo. "A necessidade de transparência, aliada às exigências internacionais, fará com que o mercado amadureça. A exigência de mais informações qualitativas nos balanços vai auxiliar na competição entre as empresas que desempenham atividades no mesmo ramo", pontuou Sérgio Citeroni, sócio de Auditoria da Ernst & Young.
Panorama
O mercado de contabilistas, composto por um universo que ultrapassa o número de 67 mil empresas especializadas na área no País, comemora o aquecimento nos negócios registrado durante o ano de 2007, que culminou em um faturamento bruto de R$ 2,14 bilhões em 2007. A perspectiva para este ano é de um incremento de 4,5% neste valor, chegando a R$ 2,23 bilhões, segundo a Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas.
A boa performance da economia, que injetou otimismo nas empresas e nos executivos brasileiros, a disponibilidade de financiamento nas instituições de crédito internacionais e o boom de empresas que abrem o seu capital na Bolsa de Valores de São Paulo são considerados pelos contabilistas os principais impulsores deste desempenho acentuado.
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Os Ministérios do Turismo, das Cidades, da Educação, da Defesa e da Saúde são os que mais sofrerão com o contingenciamento de R$ 19,19 bilhões no orçamento do Poder Executivo deste ano. Os dados foram divulgados ontem no Diário Oficial da União (DOU). O contingenciamento se concentrou justamente no Poder Executivo (98,8%) e representa 14,85% da verba total aprovada em março pelo Congresso Nacional.
Em valores absolutos, os ministérios que mais sofrerão com o contingenciamento são: Cidades, com perda de R$ 2,721 bilhões; Saúde (R$ 2,594 bilhões), Turismo (R$ 2,234 bilhões); Defesa (R$ 1,906 bilhão); e Educação (R$ 1,613 bilhão). Os ministérios da Integração Nacional (R$ 1,271 bilhão) e Transportes (R$ 1,015 bilhão) também tiveram bloqueados valores acima de R$ 1 bilhão. No entanto, em percentual sobre a verba autorizada, a pasta do turismo é a mais afetada e terá 84,9% da verba prevista para este ano bloqueada. A lei orçamentária estipulava R$ 2,629 bilhões para o ministério, valor que após o corte caiu para R$ 395 milhões.
O Ministério das Cidades deve arcar com o segundo maior corte em termos percentuais, de 45,8% dos R$ 5,934 bilhões indicados no orçamento, seguido pelo Ministério da Agricultura, do qual serão bloqueados 44% dos R$ 1,798 bilhão. Com o corte, as pastas devem ficar com R$ 3,213 bilhões e R$ 1,002 bilhão, respectivamente. Apesar disso, o ministro das Cidades, Márcio Fortes, garantiu ontem que os recursos para o PAC serão mantidos.
Os Ministérios da Saúde e da Educação deverão ter contingenciamento de 6% e 12,2% do estipulado na lei orçamentária, respectivamente. No primeiro, o montante cai de R$ 43,250 bilhões para R$ 40,656 bilhões. Para a educação, ficam disponíveis R$ 11,577 bilhões, ante R$ 13,190 bilhões estabelecidos anteriormente.
Para o Ministério da Defesa, o corte alcança 20% do orçamento inicialmente previsto. A pasta passa a contar com verbas de R$ 7,629 bilhões, ante R$ 9,535 bilhões. Já o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior terá bloqueado 32% de seu orçamento de R$ 729 milhões e conta com R$ 496 milhões após o corte. O Ministério da Fazenda perde 31,3% do previsto na lei orçamentária, e fica com verba de R$ 1,973 bilhão. O Ministério do Trabalho e Emprego, por sua vez, perde 26,2% do previsto (R$ 1,574 bilhão) e conta com R$ 1,160 bilhão após o decreto.
Apesar do governo ter preferido não comentar os cortes, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão explicou que a redução atinge somente as despesas não obrigatórias do governo, e a redução dos gastos em cada uma das pastas será feita de acordo com o critério dos próprios ministérios, que podem escolher os programas que serão mais afetados ou optar ainda por um corte proporcional.
Judiciário e Legislativo
Apesar do contingenciamento ter se concentrado no Poder Executivo, o Poder Judiciário também terá que segurar os seus gastos. No judiciário o contingenciamento será de R$ 90 milhões. O órgão mais afetado será a Justiça do Trabalho, que terá R$ 26,4 milhões a menos disponíveis para gastar neste ano. Em seguida, vem a Justiça Federal, com R$ 24,5 milhões. No Supremo Tribunal Federal (STF), os cortes somarão R$ 13 milhões e no Superior Tribunal de Justiça (STJ), pouco mais de R$ 4 milhões.
No caso do Poder Legislativo, o Senado terá o orçamento reduzido em R$ 5,7 milhões e as verbas para o Tribunal de Contas da União (TCU) serão cortadas em R$ 9,7 milhões. Acrescentado o corte previsto para a Câmara (R$ 85,5 milhões), o bloqueio de recursos para o Poder Legislativo totalizará R$ 100,9 milhões.
Decreto
Este corte - R$ 19,2 bilhões no total - é o maior da história feito pelo governo em termos absolutos e é adicional aos R$ 12 bilhões já cortados pelo Congresso nas discussões da proposta orçamentária. Descontada a arrecadação, o corte líquido é de R$ 2,5 bilhões. Em 2007, o corte foi de R$ 16,4 bilhões; em 2006, de 14,2 bilhões; e, em 2005, de R$ 15,9 bilhões. O decreto publicado prevê R$ 109,9 bilhões como limite de movimentação e empenho para o poder Executivo Federal, dos R$ 129,190 bilhões do Orçamento aprovado pelo Congresso.
Os cálculos foram feitos após o governo estimar um aumento nas despesas em R$ 16,9 bilhões e nas receitas em R$ 3,3 bilhões. O aumento da receita está concentrado na Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
Fonte: DCI - 24 ABR 08
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