Sexta, 20 Junho 2025

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Com recursos da ordem de R$ 650 milhões, com aplicação prevista até 2010, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) terá como foco principal a expansão internacional da instituição, iniciada essa semana com a inauguração de uma unidade na África.

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O anúncio da realização de estudos sobre a ampliação Barnabé-Bagres, que duplicará o maior porto do país, foi diferente: escondido. De tudo e de todos. O ministro-chefe da Secretaria Especial de Portos, Pedro Brito, chegou a Santos na sexta-feira (18) sem qualquer aviso prévio, para anunciar a autorização dada à arrendatária Santos-Brasil. Pegou de surpresa a comunidade portuária que, até agora, não teve acesso ao termo assinado.

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O ex-bispo católico Fernando Lugo, presidente eleito do Paraguai, declarou ontem que espera uma reunião “o mais rápido possível” com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para iniciar o diálogo sobre a revisão antecipada do Tratado de Itaipu. Lugo pretende conseguir o que denomina de “preço justo” para as tarifas que o Brasil paga ao Paraguai pela energia elétrica que o país não consome e repassa como excedente ao mercado brasileiro. Durante a campanha, Lugo havia dito que o Paraguai reenviava a energia ao Brasil “a preço de custo” e não “a preço de mercado”.Em declarações aos jornalistas brasileiros, Lugo disse que “a primeira medida sobre o caso de Itaipu será formar uma equipe técnica” para analisar o preço real da energia produzida na hidrelétrica. Lugo exige que o governo brasileiro aceite a revisão antecipada do Tratado de Itaipu (marcada originalmente para 2023). “Lula mostrou-se disposto a isso”, afirmou, em referência à reunião que teve com o presidente em Brasília recentemente. “Ele diz que, em muitos casos, nem seus técnicos coincidem sobre os números”, disse Lugo, para destacar que dentro do próprio governo Lula existem divergências sobre os preços pagos ao Paraguai.Segundo Lugo, eleito no domingo com 40,82% dos votos, “queremos a chance de sentar à mesa, com diversidade de opiniões, e falar sobre o Tratado de Itaipu, a administração, a transferência de energia, e definir o que é um ‘preço justo’ e o que é preço de mercado”. “Esperamos que isso possa ser dialogado o mais rápido possível”, disse o presidente eleito, líder da Aliança Patriótica para a Mudança (APC), uma colcha de retalhos que une grupos de extrema esquerda, sem-terra, movimentos indígenas e setores conservadores tradicionais, junto com grupos de centro e centro-direita como o Partido Liberal Radical Autêntico, que será sua principal base no Parlamento.SEM EFEITO EVOLugo não será um “Evo Morales paraguaio”, afirmam os analistas de Assunção em referência ao comportamento que o presidente da Bolívia teve em relação ao fornecimento de gás de seu país para o Brasil. Eles afirmam que, ao contrário do socialista boliviano, o bispo paraguaio “não pode fechar uma torneira de um gasoduto e pressionar o Brasil”. “Com Itaipu é diferente.”O presidente eleito admite que sua via terá de ser a diplomática. Lugo afirmou ontem que está descartado que as divergências do Paraguai com o Brasil sobre Itaipu possam levar a uma crise como a ocorrida nos últimos anos entre o governo da Bolívia e a Petrobrás. “Acho que é muito diferente. Nós temos um tratado binacional em Itaipu. E a Bolívia tinha um contrato com uma empresa. Isso marca uma diferença. No nosso caso, a conversa é de Estado para Estado. Vamos buscar um consenso que seja bom para os dois países.”Segundo ele, “esperar até 2023 (data prevista para a revisão do acordo de Itaipu) não é algo que convenha aos paraguaios”. Lugo disse que descarta apelar à Corte Internacional da Haia para resolver a controvérsia, em caso de impasse entre seu governo e o de Lula: “Se for o caso, esperamos resolver isso de forma local, talvez pedindo a mediação de um país da região”. No entanto, ele evitou especular qual país poderia eventualmente ser convocado para mediar um conflito entre o Paraguai e o Brasil. “Eu confio na racionalidade e objetividade do governo brasileiro.”Setores da sociedade paraguaia costumam criticar a política do Brasil em relação ao país, afirmando que os diversos governos brasileiros - e o empresariado - são “imperialistas” com o Paraguai. Questionado sobre o suposto “imperialismo brasileiro”, Lugo rejeitou esse rótulo: “Não acho que seja assim”.

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) fechou ontem o financiamento para a produção de etanol na África. O primeiro projeto foi acertado entre Brasil e Gana para a exportações do biocombustível para a Suécia, país europeu que hoje mais consome o etanol e que está comprometido em expandir o uso do novo combustível até 2020. Outros cinco países africanos serão alvo da diplomacia do etanol do Brasil nos próximos meses. O primeiro projeto ocorrerá na cidade de Makago, em Gana, entre a Northern Sugar Resources e a Constram.Para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o projeto gera desenvolvimento, cria empregos e ainda reduz emissões de gás carbônico (CO2), um dos gases responsáveis pelo efeito estufa. “Estamos dispostos a compartilhar com a África a experiência que adquirimos.”BAGAÇOSegundo Lula, o plantio vai permitir a produção de 150 milhões de litros de etanol, enquanto o bagaço da cana-de-açúcar vai ser usado para gerar energia. No total, o investimento será de US$ 306 milhões para plantar cana em 27 mil hectares, além da construção da usina de processamento do etanol. Dois terços do total de recursos virão do BNDES, o equivalente a US$ 204 milhões. O governo quer agora levar a idéia para, pelo menos, outros cinco países, entre eles Burkina Faso. O desafio, segundo os técnicos, é o de conseguir plantar a cana. A propriedade privada praticamente não existe nessa região da África e todas as terras são do governo, que faz concessões de 50 anos.A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), órgão ligado ao Ministério da Agricultura, fornecerá ajuda na implantação do projeto do etanol. Para Lula, o projeto pode ter um impacto positivo na redução da fome nas regiões atingidas. Além da geração de empregos no processo de produção do biocombustível, a Embrapa aponta que o bagaço da cana pode ser usado para alimentar o gado e outros animais, barateando o custo de produção de carnes e de ovos. “Temos de evitar que a alta dos alimentos faça os países pobres sofrerem”, disse o presidente. POBREZAA Organização das Nações Unidas (ONU) já admite que os países africanos não conseguirão atingir as metas de redução de pobreza até 2015 e planejam medidas para serem tomadas até 2050.Ontem, na Conferência da ONU para o Desenvolvimento e Comércio (Unctad), o secretário-geral da entidade, Ban Ki Moon, alertou que as oportunidades para salvar a África estão se tornando cada vez menores e que o boom dos preços das commodities precisa ser usado para distribuir melhor a renda e tirar milhões de pessoas da pobreza. Em 2000, os países da ONU fecharam um compromisso para garantir a redução da pobreza no mundo pela metade em 15 anos. Mas, pelos cálculos da ONU, as metas de redução de pobreza podem ser atingidas não nos próximos sete anos, mas apenas em 43 anos. Mesmo assim, isso exigirá que os países tenham um crescimento médio de 7% ao ano até lá, algo que é considerado por alguns economistas praticamente impossível, diante do caos político que a região enfrenta. Para Ban Ki Moon, nem toda a crise nos preços das commodities, com a elevação das cotações, deve ser vista como um problema. Em sua avaliação, os governos dos países africanos exportadores de certos produtos devem aproveitar o momento de forte alta nos preços para aumentar sua renda e incrementar os gastos em melhorias sociais.

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O Grupo Votorantim fechou ontem com a Cemig o maior contrato de fornecimento de energia já realizado por um consumidor livre no país. No valor de R$ 10,5 bilhões, o acordo prevê um fornecimento de 670 megawatts (MW) médios até 2028, para viabilizar o arrojado projeto de expansão anunciado pelo Grupo Votorantim no ano passado.

Entre 2008 e 2012, os investimentos da empresa no setor industrial brasileiro estão estimados em R$ 25,7 bilhões. "Esse contrato mostra que, pelo mercado livre, é possível garantir a expansão do setor elétrico e, como conseqüência, o crescimento da economia nacional", afirmou o diretor comercial da Cemig, Bernardo Alvarenga. Procurada ontem pelo DCI, a assessoria do Grupo Votorantim disse que nenhum executivo da empresa estava disponível para comentar o contrato.

O plano de investimentos da Votorantim para os próximos cinco anos é o maior da iniciativa privada. Com investimentos de R$ 19 bilhões nos últimos seis anos, o Grupo Votorantim pretende desembolsar um total de R$ 8,8 bilhões em 2008. A grande quantidade de projetos em andamento pelo Grupo Votorantim demanda cerca de 4% de toda a energia elétrica produzida no país.

A empresa gera hoje mais de 60% do que consome em suas unidades industriais, mas investiu R$ 2 bilhões em cinco novos projetos hidroelétricos para aumentar esse percentual para 70%. A investidora do grupo para setor elétrico, a Votorantim Energia, possui metade das ações da VBC Energia, principal controladora da CPFL - empresa que distribui energia elétrica no interior de São Paulo e em parte do Rio Grande do Sul, além de atuar na geração e comercialização de eletricidade. Com participação em 31 usinas hidrelétricas e 4 termoelétricas, o Grupo Votorantim a capacidade instalada da empresa (1.500 MW) corresponde ao consumo de um estado como Pernambuco, com 8 milhões de habitantes.

Expansão
Segundo o executivo da Cemig, o acordo fechado ontem amplia para as Regiões Sudeste e Centro-Oeste os negócios que as duas empresas já mantinham em Minas Gerais. O contrato anterior previa o fornecimento de 145 MW para o estado. "Este novo acordo expressa a confiança que a Votorantim tem em nossa empresa para seus projetos futuros", afirma Alvarenga. A estatal mineira possui operações em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul e já forneceu energia gerada pela termoelétrica de Igarapé para a Argentina.

Os investimentos do Grupo Votorantim anunciados no ano passado para os próximos cinco anos abrangem praticamente todas as áreas onde a empresa atua: metais, celulose e papel, cimentos e produção de suco de laranja. No setor de metais, a empresa busca a liderança no mercado de alumínio integrado na América do Sul e em zinco nas Américas, com cinco projetos. Em cimentos, a empresa já divulgou a construção de 10 novas fábricas, pulando de 22 milhões para 30 milhões de toneladas produzidos por ano, em um investimento de R$ 2,1 bilhões.

Em maio de 2009, a empresa deve inaugurar a maior fábrica de celulose do mundo no Mato Grosso do Sul: localizado na cidade de Três Lagoas, o Projeto Horizonte produzirá 1,3 milhão de toneladas por ano de celulose de eucalipto. O Projeto Losango, no Rio Grande do Sul, terá aporte de R$ 4,4 bilhões para uma produção semelhante do produto.

Com operação focada nas exportações, a produção de suco de laranja concentrado deve aumentar de 75 milhões para 115 milhões de caixas por ano, com um aporte de R$ 900 milhões. Outros R$ 211 milhões estão sendo aplicados em projetos de biomassa - geração de energia a partir da queima de bagaço de laranja e cana.

À época do anúncio dos projetos, o grupo divulgou como resultado a geração de 11 mil novos empregos diretos. Fundada há 90 anos, a Votorantim atua hoje em 13 países e emprega 60 mil profissionais em todo o mundo. É a única empresa brasileira de capital fechado a ter classificação de investment grade nas três principais agências de rating: Standard&Poor’’s (2005), Fitch Ratings (2006) e Moody’’s (2007).
 
Fonte: DCI - 18 ABR 08
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