Sábado, 01 Fevereiro 2025
O clima entre consumidores de energia elétrica, comercializadoras e empresas geradoras é de intranqüilidade. A escassez de eletricidade no Brasil e a explosão do preço do megawatt-hora colocaram em xeque a eficácia do mercado livre, sistema de negociação em que é possível escolher livremente de quem comprar o insumo, e que já atraiu quase todas as grandes indústrias do País, como Vale, Gerdau e Votorantim.

O problema veio à tona em fevereiro, quando a Câmara Comercializadora de Energia Elétrica (CCEE), que contabiliza os negócios de compra e venda do setor, apurou forte inadimplência de 8,3% referentes às transações de janeiro, enquanto, tradicionalmente, a taxa não passava de 1%. A explicação para o calote foi a inesperada explosão do preço da energia no curto prazo, que bateu em janeiro o pico máximo de R$ 569,59/MWh, situação idêntica ao período do apagão de 2001, quando o insumo atingiu o preço-teto.

A disparada levou algumas comercializadoras que operavam de forma altamente alavancada - ou seja, vendiam às empresas energia que não tinham para posteriormente comprá-la a preços baixos no curto prazo - a romper contratos bilaterais. Isso gerou uma corrida dos compradores (indústrias e outras comercializadoras) à Justiça. Empresas como Delta e Ecom, duas das principais agentes do setor, foram acionadas judicialmente. "Alguns inadimplentes continuam em ativa, colocando consumidores desavisados em risco, diz o presidente da Comerc, Marcelo Parodi.

Fonte: Gazeta Mercantil - 17 ABR 08

Curta, comente e compartilhe!
Pin It
0
0
0
s2sdefault
powered by social2s

topo oms2

Deixe sua opinião! Comente!