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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, no encerramento da Cúpula da América Latina e Caribe (Calc), na Costa do Sauípe, que os países da região, para enfrentar a crise financeira internacional, devem reforçar a intervenção do Estado na economia e não devem optar pelo ajuste fiscal. "O Estado, que não valia nada, passou a ser o salvador da pátria", disse Lula, referindo-se às medidas adotadas pelos países desenvolvidos e por nações latino-americanas que vêm investindo dinheiro do Estado em bancos privados e no setor produtivo.
Segundo o presidente, o Estado deve ter um papel cada vez mais relevante, neste momento, em investimentos em infra-estrutura, no setor habitacional e em todos os que geram empregos. A crise financeira internacional dá uma oportunidade, na avaliação de Lula, para o mundo definir o modelo econômico que pretende adotar.
Em uma crítica a países da Europa e aos Estados Unidos, Lula afirmou que os recursos que eles injetaram na economia "não chegaram à ponta", porque não foram destinados à produção, e sim "para salvar o sistema financeiro da quebradeira".
Lula cobrou que o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial (Bird) e o Conselho Econômico e Social (Ecosoc) da Organização das Nações Unidas (ONU) apresentem periodicamente uma "prestação de contas de até onde e até quando vai a crise." "Alguma coisa está errada", acrescentou, "quando as pessoas tiram o dinheiro do meu País, que tem o maior juro do mundo, para pôr nos Estados Unidos."
Lula afirmou que, mesmo que nenhum resultado tivesse sido alcançado nas quatro reuniões de cúpula da América Latina e do Caribe nos últimos dois dias, valeu a pena o ingresso de Cuba no Grupo do Rio, que a partir de hoje conta com 19 sócios. O Grupo do Rio é um mecanismo de consultas políticas entre os países da América Latina e do Caribe, criado em 1986, no Rio de Janeiro. Funciona como um canal para a diplomacia presidencial entre os Estados integrantes.
Lula criticou o ex-presidente Fernando Henrique, sem mencionar seu nome. Afirmou que é "inusitado" o fato de Cuba ter sido admitida: "Porque os que presidiram nossos países antes de nós não tiveram coragem de colocá-la no Grupo do Rio."
O presidente brasileiro afirmou que os países da América Latina e do Caribe devem, neste momento de mudança de governo nos Estados Unidos, exigir de Barak Obama a realização de uma discussão para saber o tipo de política que adotará em relação à América Latina. "Nós não queremos mais uma ’’Aliança para o Progresso’’, como o Brasil teve nos anos 1960", declarou Lula. E acrescentou: "Os EUA tampouco podem olhar a América Latina como um grupo de países esquerdistas que recebem ordens de Cuba."
Lula insistiu em que a região não pode esperar que "um belo dia seja chamada para uma conversa com Obama." Este é o momento, segundo o presidente brasileiro, para os EUA levantarem o bloqueio econômico a Cuba e recomporem as relações políticas com a Venezuela.
Na avaliação de Lula, a região passou "séculos" sem que seus países construíssem algo em comum ou mesmo conversassem entre si. A partir de agora, disse, essa situação começa a mudar, de forma lenta, mas segura: "Éramos um continente de surdos; não nos enxergávamos."
Países latinos não podem ser
subservientes, diz presidente
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a América Latina e o Caribe não podem ser subservientes em relação aos Estados Unidos. Na avaliação dele, as relações com esse país e com a União Européia precisam ter "o máximo de independência possível, sem que, para isso, os países da região deixem de fazer negócios com essas potências, desde que em condições legítimas, justas e adequadas."
"É preciso ter boas relações com os Estados Unidos, mas a subserviência não ajuda ninguém a crescer. Não há hipótese de crescimento", afirmou o presidente. Lula relatou, como exemplo de desvantagem da subserviência, um episódio vivido por ele próprio na "cidadezinha francesa de Evian", em julho de 2003, durante a reunião do G-8, grupo de sete países mais ricos do mundo mais a Rússia.
Ele contou que, quando o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, entrava na sala de reuniões, todos os chefes de Estado se levantavam. Lula disse que, sentado ao lado do seu assessor para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, decidiu que não se levantaria e que, em seguida, Bush veio cumprimentá-lo. "Eu acho que o comportamento subserviente de muita gente, na política, faz com que não se seja devidamente tratado e respeitado", avaliou.
O presidente acrescentou que, quando o Brasil mobilizou países para a criação do G-20, na reunião ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC) realizada em Cancún (México), em 2003, vários governantes sofreram pressão para não comparecer ao encontro seguinte. "Sinto que essa consciência está mudando", comentou Lula.
Para ilustrar a mudança, Lula citou o exemplo da transformação do bicho-da-seda: "Não sei se todo mundo conhece o casulo que produz a seda. O bicho-da-seda fura um buraquinho, e de lá sai uma borboleta."
Até a ONU pede para o BC derrubar os juros
O Brasil precisa seguir a tendência mundial de cortes de taxas de juros para evitar que a recessão atinja o País. O alerta é de um dos principais economistas da ONU, Heiner Flassbeck, que foi ainda vice-ministro de Finanças da Alemanha nos anos 1990 e hoje é diretor do Departamento de Desenvolvimento Estratégico e Globalização nas Nações Unidas.
"O Brasil está na linha de tiro", afirmou o economista. "Ninguém ficará imune ao que está ocorrendo. Trata-se da primeira crise sincronizada, e isso é o que a faz tão perigosa. Investimentos vão cair, consumo vai cair e, portanto, pessoas vão perder seus empregos. O custo social da crise será grande e, então, quem mais sofrerá serão os países emergentes", disse. Para Flassbeck, o exemplo americano e britânico de amplos cortes de taxas de juros deve ser seguido pelo Brasil. "O que americanos e britânicos estão dizendo é claro: gastem dinheiro, tomem empréstimos, dêem empréstimos", disse.
"Não podemos ficar congelados por regras de estabilidade fiscal. Isso seria suicídio. Essa crise exige medidas radicais e não apenas ações pontuais em um setor ou em outro", alertou. Em sua avaliação, a alta taxa de juros no Brasil pode ser um fator que irá agravar a crise. "O Brasil precisa reduzir suas taxas de juros imediatamente. Não há como, diante da atual crise, manter a atual taxa no Brasil. O Banco Central precisa entender que não há um risco de inflação mundial pressionando a inflação brasileira nos próximos seis meses", afirmou. Chamando o Banco Central do Brasil de "ortodoxo", Flassbeck alerta que o pior remédio nesse momento da crise é a manutenção de altas taxas de juros. "Os investimentos vão cair, e empresários e a população precisam ver o custo de tomar dinheiro emprestado também cair", afirmou o economista.
"A recessão vai atingir a muita gente e o Brasil pode até se manter no lado positivo da tabela nas taxas de crescimento em 2009. Mas se essa taxa é de 1,5% ou 2%, estamos falando basicamente de uma estagnação para um país como o Brasil, que precisa tanto crescer e gerar renda", disse.
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