Quinta, 23 Janeiro 2025

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SÃO PAULO - A Vale anunciou ontem um contrato com um de seus principais clientes da logística de carga geral, a Bunge, pelos próximos 11 anos. O contrato prevê o transporte de até 200 milhões de litros de álcool por ano pela ferrovia Norte-Sul (FNS) a fim de abastecer clientes do Estado do Tocantins.Com a opção logística, que favorece o escoamento da carga via ferrovia, a companhia espera retirar das estradas brasileiras até 700 caminhões por mês. Além disso, com este contrato, segundo o anuncio divulgado ontem, a Vale pretende ampliar seu volume de carga geral movimentado enquanto "gera mais competitividade para a região".O produto, que será transportado entre o Município de Tupirama no Tocantins e São Luis, no Maranhão, será produzido pela Bunge em sua usina Pedro Afonso. O destino final do produto será a exportação via porto de Itaqui (MA).Até setembro de 2009 - dados mais atuais fornecidos pela Vale -, a FNS transportou 1,5 milhão de toneladas de carga geral. Segundo a Vale, este contrato serve para consolidar a ferrovia como eixo de transporte de cargas na região.A Vale deve investir cerca de R$ 5 bilhões na área de logística este ano. É a segunda maior área de investimento da companhia - 21% do total dos aportes, que devem somar R$ 24,4 bilhões em 2010.Em termos de receita, a área de logística correspondeu, no terceiro trimestre de 2009, a 4,6% dos US$ 6,9 bilhões arrecadados pela Vale no período.A Vale fechou contrato com um de seus principais clientes da logística de carga geral, a Bunge, pelos próximos 11 anos. O contrato prevê o transporte de álcool no Estado do Tocantins.

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Embora o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tenha projetado redução de 8% no volume total de desembolsos em 2010, após recorde de R$ 137,3 bilhões no ano passado, os recursos para infraestrutura vão aumentar em pelo menos 20%.Em entrevista ao Estado, o diretor de Infraestrutura e Insumos Básicos do banco, Wagner Bittencourt de Oliveira, avisa que a estimativa é apenas inicial. Com a perspectiva de crescimento da economia acima de 5%, a demanda na sua área deve ser ainda maior.Em 2009, as operações diretas, que financiam os grandes projetos, somaram R$ 21,23 bilhões, 43% acima do montante de 2008. Entusiasta do trem-bala São Paulo-Rio, ele defende maior atenção ao setor de transporte e logística. A seguir, os principais trechos da entrevista.Como vai ser o desempenho do BNDES em infraestrutura em 2010? O crescimento do desembolso do banco para infraestrutura aumentou vertiginosamente nos últimos anos e tende a continuar crescendo. Hoje, esperamos que o número de 2010 seja pelo menos 20% maior do que o de 2009. Mas o País deve crescer mais de 5% e a infraestrutura deve ir atrás, com novos projetos. Certamente o crescimento será ainda maior. A crise não atrasou os investimentos do setor? Os projetos de infraestrutura não foram afetados. Têm lógica de longo prazo. Não se faz um investimento numa hidrelétrica olhando o mercado de hoje. É um planejamento de anos. Estamos num volume de desembolsos que eu chamaria de fenomenal. E a curva de aprovações é maior do que a de desembolso, o que sinaliza liberação maior à frente. O blecaute do ano passado levantou dúvidas sobre a capacidade do País de atender à demanda da retomada da atividade econômica... Apoiamos 178 projetos entre 2003 e agosto de 2009, que significaram quase 25 mil MW de capacidade instalada. Financiamos 12 mil Km de linhas de transmissão nesse período, além de distribuição e racionalização. Significa que o banco tem financiado cerca de 4 mil MW por ano, que é mais ou menos o crescimento da demanda brasileira. Uma coisa é um problema pontual. Outro é ter lagos vazios faltando três meses para voltar a chover. Estruturalmente, não vai faltar energia porque os investimentos estão acontecendo. Obviamente é preciso que aconteça o leilão de Belo Monte, que vai botar 12 mil MW no mercado. Em seguida, há outros projetos importantes, como Tapajós, Angra 3, eólicas, biomassa. Impasses como o licenciamento ambiental de Belo Monte dificultam concretizar os projetos? Temos que nos preocupar mesmo com questões ambientais, promover uma discussão aberta. Não existe empreendimento no mundo sem impacto. O problema é como mitigá-lo. É um ajuste fino. E aí atrasa. No caso do Madeira, aconteceu a mesma coisa. Acho que o bom senso vai prevalecer. É um problema, mas nada que não seja superável. Até porque o objetivo maior é ter energia. Estamos discutindo o trem de alta velocidade Rio-SP. Provavelmente, vai ter questionamento também. É normal.Dá para ficar pronto até a Copa? Não. Pode até uma pequena parte estar funcionando em 2014. A ideia é fazer a licitação agora no primeiro semestre para que esteja em condições de começar a operar na Olimpíada de 2016. O tempo de implantação ainda será recorde. Já está fechado o financiamento máximo do BNDES ao projeto? Até 70% do investimento (previsto em R$ 34,6 bilhões). O custo para o usuário não vai ficar muito alto? Nunca mais vou de avião para São Paulo. O eixo entre Rio e São Paulo será uma coisa só daqui a 50 anos. Será possível morar em qualquer lugar nesse trecho de 400 Km e trabalhar numa das cidades. Será paradigmático, vai mudar nossa lógica de mobilidade. Depois, há previsão de ter em Curitiba, Belo Horizonte. Que outras áreas da infraestrutura terão destaque para o banco em 2010? Em ferrovias, temos financiado modernização e todos os novos projetos. Uma delas é a Norte-Sul. A Transnordestina este ano deve acelerar o ritmo, porque as dificuldades de desapropriação e licenciamento foram superadas. Temos financiado todas as rodovias que estão sendo concedidas, eixos muito importantes do Sul ao Nordeste. Temos apoiado a construção de navios e conversado com muitas empresas interessadas em investir em portos. Estamos ajudando no estudo de uma ferrovia entre o Atlântico, em São Paulo, e o Pacífico, no Chile. É importante que tenhamos empresas de logística que integrem os modais. Estamos trabalhando nisso também. Em que setores na área de infraestrutura existem empresas com mais fragilidade, que poderiam ser alvo da entrada do banco em seu capital para fortalecê-las?Em todos os setores, nós participamos. No caso de logística, talvez o banco tenha que dar uma atenção maior porque você precisa de mais musculatura. Em logística, às vezes, os investimentos são muito grandes. Às vezes, são empresas que não têm capacidade de fazer aquele investimento todo ou são ainda embrionárias do ponto de vista de gestão, então faz sentido você entrar. A área de insumos básicos sofreu com a crise. Recuperou os investimentos? Temos visto anúncios de uma série de novos empreendimentos. Existem sinais fortes no setor de papel e celulose. Em siderurgia, há parcerias sendo formadas para novos projetos. Em petroquímica, a mesma coisa. São setores cíclicos. Essa crise pode ter dado uma barrigada no ciclo, mas as empresas já estão reavaliando. O próprio investimento em infraestrutura gera demanda para esse setor.

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"As linhas já foram aprovadas em conjunto com o projeto da ALL", disse ele. Além das 50 locomotivas, a Rumo também já fechou a compra de 729 vagões para o transporte do açúcar. "Será a primeira vez que o açúcar será transportado em vagões desta forma", disse ele. A encomenda de vagões foi feita para a Random e para a Amsterd Maxion, do grupo Iochpe Maxion a um custo total em torno de US$ 120 milhões. No total, serão investidos R$ 1,2 bilhão no projeto pela Rumo. Em contrapartida, a ALL garantirá prestações de serviços de transporte garantindo tarifas competitivas para a Rumo. Estes investimentos no sistema ferroviária estão divididos em R$535 milhões na duplicação, ampliação e melhoria da via permanente e pátios do corredor ferroviário Bauru-Santos/SP, possibilitando forte aumento da sua capacidade operacional; R$ 435 milhões na aquisição de locomotivas e vagões HPT com capacidade de 30 toneladas/eixo; e R$ 206 milhões na construção e ampliação dos terminais portuários.

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As empresas estatais que formam Sociedades de Propósito Específico (SPE) para investir em parceria com empresas privadas poderão oferecer ativos (bens) como garantias a fim de conseguirem financiamento para os empreendimentos. Segundo o subsecretário de Política Fiscal do Tesouro Nacional, Marcus Aucélio, a medida beneficiará a Petrobras e as estatais do setor elétrico.

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O Brasil ganhou importância nas vendas das multinacionais instaladas no País. De cosméticos a caminhões, passando por refrigerantes, chocolates e televisores, as subsidiárias brasileiras se transformaram no principal mercado mundial ou ascenderam no ranking dos países com mais vendas.O crescimento mais acelerado do consumo nos mercados emergentes em relação ao dos países desenvolvidos era uma tendência que vinha se desenhando nos últimos anos. Mas esse movimento se fortaleceu com a crise a partir do último trimestre de 2008. Além disso, deve funcionar como um "ímã" na atração de novos investimentos dessas companhias, interessadas em explorar o potencial do mercado local.Pela primeira vez em 56 anos, a filial brasileira da Mercedes Benz em 2009 ultrapassou a matriz alemã na venda de caminhões. Isso transformou o País no maior mercado da empresa no mundo. De janeiro a setembro de 2009 foram vendidos no mercado brasileiro 23 mil caminhões.A história se repete na gigante de vendas de cosméticos, a Avon. Sem revelar os volumes vendidos por país no terceiro trimestre de 2009, a companhia informa que o Brasil foi o seu principal mercado entre julho e setembro de 2009. Desde 1958 no País, pela primeira vez o Brasil ultrapassou os EUA, que sempre lideraram o ranking de volume de vendas, tendência que deve ser mantida em 2010. (veja matéria na página ao lado).Na suíça Nestlé, o Brasil ainda não chegou ao topo, mas está quase lá. Segundo a empresa, pelo desempenho parcial de 2009, a companhia se mantém na vice-liderança em volume de vendas, "mas está na iminência de passar da quarta para a terceira posição entre os maiores faturamentos do grupo, tomando o lugar da França."Na Coca-Cola, o Brasil é o quarto maior mercado em volume de vendas, atrás da China. Mas, no terceiro trimestre de 2009, a quantidade de refrigerantes, sucos e chás vendidos no Brasil cresceu 3% em relação a igual trimestre de 2008. A média mundial de crescimento foi de 2%."O Brasil é muito importante hoje para a corporação", afirma o diretor de marketing da LG no Brasil, Eduardo Toni. O País é o segundo maior mercado do grupo no mundo em volume de vendas e faturamento, atrás dos EUA e excluindo a matriz coreana. Mesmo sem ter os números consolidados de 2009, o executivo acredita que a posição do País melhorou. "O Brasil deve estar um pouco melhor que os EUA porque a nossa crise foi menor que a americana." Marcelo Gil, líder global de Estratégia Corporativa da Accenture, consultoria que atende às grandes multinacionais, confirma que houve um avanço dos mercados emergentes nos rankings de volume de vendas físicas e de faturamento das multinacionais. Mas a crise internacional acelerou essa tendência. "Os países emergentes sofreram menos que os desenvolvidos porque há uma energia emergindo com essa nova classe média que tem muita disposição para gastar", diz. MASSA SALARIALCom a queda da inflação e o aumento do emprego, a renda disponível para os brasileiros aumentou e alimentou o consumo. Esse fenômeno explica o surgimento da nova classe média, segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet), Luís Afonso Lima. Nos últimos seis anos, a massa real de salários cresceu 35%. "A crise atrapalhou esse crescimento", pondera. Só que, como o Brasil é uma economia relativamente fechada, o País ficou blindado. "O que era uma desvantagem virou vantagem."É essa vantagem que deverá funcionar como um "ímã" na atração de investimentos. "Como os mercados de origem não estão registrando crescimentos expressivos de consumo, as empresas têm de procurar outros lugares para investir." O Banco Central projeta investimentos estrangeiros na produção de US$ 45 bilhões em 2010, um salto de 80% em relação a 2009. Na visão do BC, está em curso uma mudança estrutural. As filiais brasileiras deixaram de ser vistas como negócios de segunda linha. "O Brasil virou mercado estratégico para as multinacionais", diz uma fonte do BC.

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