As decisões tomadas por autoridades públicas controlam os atos da administração, pelo menos quando o mecanismo está funcionando como deveria, tão rigidamente quanto as instruções codificadas no software que controla a ação de um robô
A cultura da regra para inglês ver, no setor portuário, está com seus dias contados. Os princípios que expressam os costumes, políticas e compromissos da empresa junto ao comércio internacional, principalmente com a sustentabilidade, serão credenciais relevantes para a participação em um ambiente econômico em evolução, que vem sendo impulsionada pela globalização da produção e da distribuição. É a governança portuária modelando o futuro dos portos.
Foto: Alexandre Gonçalves da Rocha/Pixabay
Editorial Portogente
* Terminais portuários poderão fechar
O networking como estratégica básica em rede de relacionamento, facilitado pela tecnologia de comunicação, está alterando as regras de competição e fomentando negócios completamente novos. Nesse novo mundo, exigente de comportamento com ética, governança é a cultura da confiabilidade para durabilidade das relações comerciais e das corporações. Na medida em que influencia a adoção e a aplicação de regras que regem a conduta, determina o tipo de administração do porto.
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Nessa nova cultura em que a integridade da empresa é fator imperativo, a transparência nas relações das empresas ligadas à atividade portuária, por exemplo, impede a Dragabrás, "braço" brasileiro da companhia belga Deme, de participar do projeto de privatização dos serviços de dragagem do canal de navegação do Porto de Santos. Essa empresa em 2018 superfaturou serviços contrato pelo porto santista, uma instituição pública. Um aditamento arranjado viabilizou o pagamento indevido de R$ 18 milhões de reais. O caso foi revelado pelo jornalismo do Portogente.
Dragagem do Porto de Santos
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Os portos são geradores de economia e trabalho nas suas comunidades. A relação Porto-Cidade implica muitas responsabilidades no relacionamento da atividade portuária com a comunidade em seu entorno. Da geração de economia e trabalho à preservação da qualidade de vida e segurança, em meio à rapidez e fluidez dos transportes, participam técnicas e políticas empreendidas por instituições públicas e privadas, nacionais e internacionais. Que devem ser tratadas com rigor e responsabilidade diante de intensas observações por clientes, empresas, cidadãos e autoridades.
Editorial Portogente
* Global carrier muda os portos do mundo
O uso da Internet e as novas tecnologias de comunicação ampliam a possibilidade do Brasil participar das cadeias mundiais de valor. É importante notar a acelerada movimentação da China ao prover serviços logísticos. Portanto, aos portos cabem a compreensão de seu impacto nesse processo e, com responsabilidade, formular respostas estratégicas eficazes. No seu papel de bem informar, Portogente discute modelos de governança portuária com espaço aberto para manifestação de toda a comunidade do universo logístico-portuário.