É importante prever o provável impacto da tecnologia da informação na estrutura de um setor. É preciso examinar como ela afetaria as forças que governam a competição setorial. (Michael E. Porter)
Reuniões setoriais demonstram que os operadores portuários estão preocupados e se mobilizando para a transição de paradigma das operações portuárias. Ao se focar as inovações direcionadas para melhorar a produtividade dos portos, a tão falada inovação tecnológica integra um tripé com as inovações organizacional e a governança, cujo papel define a competitividade e assegura a sobrevivência do terminal. Cabe às entidades representativas dos setores compartilhar impressões e juntar esforços para oferecer clareza.
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Ao voltar na história e refletir o trabalhador transportando o saco nas costas na transição para os contêineres, na nova conjuntura também haverá fortes impactos por redução da mão de obra nos trabalhos portuários. Os terminais automatizados de contêineres, como nó da rede blockchain, refletirão na contratação e na forma de executar o trabalho portuário. Novos conceitos e nova regulação serão estabelecidos em um cenário desiquilibrado, cuja resultante sofre influências globais. Na arena trabalhista, enfraquece o poder de bloquear novas tecnologias comercialmente viáveis e economicamente lucrativas, sob a ordem de privatizar cada vez mais poderosa.
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Talvez a relação da guilhotina e a dor de cabeça seja uma metáfora oportuna e conveniente para esclarecer o sentido da expressão “um desempenho extraordinariamente competente”, quando se foca só um lado da questão. A aprovação da Lei 8.630/93 tangenciou, decerto, o estado da arte em negociação. Entretanto, na era das redes sociais o poder é multidimensional e está construído em torno de redes programadas de acordo com os objetivos e valores em jogo. Nisto avulta o papel das metaredes, com muitos exemplos de eleições surpreendentemente vencedoras mundo afora.
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Editorial
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Redação
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Todavia, para ser eficaz, esse PDZ não pode e não deve ser um ato discricionário da diretoria do porto, como acha e defende o presidente do Porto de Santos, Casemiro Tércio Carvalho.