A Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) projeta uma expansão do comércio marítimo mundial a uma taxa de crescimento anual média de 3,8% entre 2018 e 2023. Volumes em todos os segmentos são previstos crescer, com os melhores desempenhos nos contêineres e granel sólido.
Estabelecer uma profundidade de -15 metros no seu canal de acesso é o desafio que há muitos anos o Porto de Santos, no litoral paulista, vem enfrentando. Todavia, sem sucesso. Os atuais -13,5 metros são insuficientes para receber os navios com 14 metros de calado, das grandes rotas marítimas. Por isso, a Autoridade Portuária de Santos aprovou a doação de estudos por 15 proponentes para subsidiar o regramento da licitação.
Para o maior complexo portuário brasileiro não fique fora da competitividade do comércio
marítimo internacional. Foto: imagem de internet.
Leia também
* Descentralização do Porto de Santos é fundamental para estratégia de porto-indústria, diz deputada
A autorização foi publicada na edição do Diário Oficial da União (DOU), no dia 26 último, resultado do chamamento público feito pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) em 11 de junho. A iniciativa é prevista na Lei nº 13.334, de 13 de setembro de 2016, do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). Portogente está solicitando a lista de propostas para acompanhar o processo. Dragagem é um serviço essencial à competitividade de um porto.
Em debate
* Dragar mais e por menor preço os portos do Brasil
Devido à velocidade em que cresce o fluxo de mercadorias pelos mares – 4,3% em volume e 3,8% do PIB global em 2017 - e consequentemente as dimensões dos navios, a profundidade atual do Porto de Santos não oferece condições satisfatórias para operar, por exemplo, os modernos porta-contêineres. A atual profundidade só atinge produtividade na cabotagem. Entretanto, nos últimos 8 anos o contêiner foi sobejamente a carga de maior crescimento (52%) nos portos brasileiros.
Vale lembrar
* Tércio assume um Porto de Santos arrasado
Por suas características estuarinas com curvas acentuadas para navios longos e junto ao perímetro urbano nas suas duas margens (Santos e Guarujá), o canal do Porto de Santos exige praticagem qualificada para entrada e saída dessas embarcações. Além disso, como fator de competitividade, o Porto também dispõe de solução para o longo prazo, com estrutura offshore a pouca distância dos cais e com profundidade de mais de 20 metros.
Futuros
* Navegação e portos em inovação
Projeções apontam crescimento robusto do mercado de contêineres na próxima década, devido à expansão da economia mundial. O consórcio para uso da tecnologia Blockchain entre os principais armadores e portos do contêiner vai definir padrão mais ágil na escala da movimentação nos portos. O Porto de Santos tem hinterlândia e logística para harmonizar-se a esse novo tempo.