O porto do futuro prioriza a operação de negócios sustentáveis, como atração de investimentos e parcerias.
Falar do Porto de Santos do Futuro é uma reflexão sobre um dos instrumentos centrais do desenvolvimento de ampla e pujante região brasileira. Nesse contexto, é importante construir o complexo Porto Indústria, há décadas debatido e anunciado, sem qualquer resultado. Considerando que há uma expectativa de otimizar a eficiência do papel portuário e também oportunidade de atender à demanda de energia eólica no Brasil, nos próximos anos, é hora de construir pás eólicas no porto.
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Em janeiro de 2017, Portogente alertava que era de tirar o sono de acionistas da Tecsis, fabrica de pás eólicas em Sorocaba (SP) que se intitulava uma das líderes no setor, as filas de carretas transportando pás da empresa aguardando oportunidade, até por dias, para descer a Serra do Mar e chegar ao Porto de Santos. Por isso, a fábrica veio a fechar, como previsto. Vítima por outro lado por falta, até agora, da percepção dessa relevante oportunidade, e devido papel, por parte da Autoridade Portuária do principal porto do hemisfério Sul.
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É exemplar o caso da fábrica de pás, da chinesa Sinoma, que já está operando em Camaçari, na Bahia. Segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), o Brasil tem um dos maiores potenciais eólicos do planeta, 11 vezes maior que a potência instalada da Usina de Itaipu. O primeiro aerogerador foi instalado e entrou em operação em 1992, no arquipélago de Fernando de Noronha. Há um gritante atraso, que se traduz em desperdício de energia sustentável e demora do progresso.
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O complexo portuário de Santos, nos últimos 20 anos, tem chamado a atenção por seu desalinhamento com o paradigma inovado do comércio marítimo e negligenciamento com o seu papel de ampliar mercado. Pode ser o anúncio de um novo horizonte, a declaração do presidente da Autoridade Portuária de Santos, Anderson Pomini, de compromisso com o Porto Verde. É preciso fabricar pás eólicas na área do porto indústria, a ser construído finalmente.
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O Porto de Santos tem a área das antigas oficinas desativadas. Ali foram construídos cascos e peças de embarcações do porto. Espaço e logística ideais para fabricação de pás eólicas para exportação, produto de forte demanda pelo mercado dos EUA. Assim, fomentar a energia verde. Solução que vem ao encontro da relação Porto-Cidade, com nove universidades, para gerar emprego tecnológico. Ao que parece, um novo tempo do principal porto do hemisfério sul.
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