Segundo o livro “Naus no Brasil Colônia”, a flotilha de Gonçalo Coelho teria vindo ao Brasil em 1501, com apenas três navios. Alguns historiadores, como Cunha Matos, sustentam que a bordo de uma das naus estava presente o cosmógrafo italiano Américo Vespúcio.
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Duarte Leite, após longa pesquisa, imputou a descoberta da ilha à expedição de 1501-1502, cujo comando atribuiu erroneamente a Fernão de Loronha. Para Jaime Cortesão, historiador português, nos anos de 1502-1503 teria vindo ao Brasil uma desconhecida expedição, mas da qual existem seguros vestígios. Ela explicaria questões relacionadas à citação da ilha em cartas geográficas do período. No comando da expedição estaria Fernão de Loronha, que em pessoa, iniciava o desbravamento da terra que arrendara para a exploração do pau-brasil. No curso desta viagem, teria descoberto Fernando de Noronha.
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Vista da terra para o mar em Fernando de Noronha
Opiniões divergentes à parte, o certo é que o primeiro a descrevê-la foi Américo Vespúcio ao participar da expedição de Gonçalo Coelho. Por decreto de 16 de fevereiro de 1504, D. Manuel I doou a Fernão de Loronha o arquipélago, sendo a primeira capitania hereditária do Brasil. O sistema só seria implantado no continente entre 1534 e 1536, quando D. João III criou nada menos que quatorze, ao longo da costa, distribuídas a doze donatários. Os descendentes de Noronha foram recebendo por decreto real o título de posse da ilha até o último, seu trineto, João Pereira Pestana em 1692.
Referências
Naus no Brasil Colônia, P. de Godoy, J.E. Senado Federal, Brasília, 2007