Domingo, 26 Janeiro 2025

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A fábrica receberá R$ 55 milhões em investimentos para a expansão da capacidade e modernização tecnológica, dos quais R$ 20 milhões serão aplicados ao longo deste ano. A unidade, que hoje pode produzir 1,1 mil toneladas por mês, terá capacidade triplicada a partir do segundo semestre de 2009. Com a entrada no novo segmento, a empresa incrementa o portfólio de produtos e serviços que oferece aos clientes de setores industriais como siderurgia, mineração, hidrogeração, celulose e ferroviário.

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Pascal Lamy, diretor da Organização Mundial do Comércio (OMC), sugere o fim da proliferação de acordos de livre-comércio no mundo e que os tratados regionais existentes sejam gradualmente revertidos em acordos multilaterais. Para o Itamaraty, a proposta significaria uma reforma completa no sistema comercial mundial e uma redefinição na estratégia de inserção de economias no cenário internacional. O Brasil ainda alertou que nada que seja proposto por Lamy poderá afetar o processo de integração sul-americana. Um eventual acordo entre Mercosul e Europa, negociado desde 1999, teria de ser revisto.Lamy deve ser eleito hoje para um segundo mandato à frente da Organização Mundial do Comércio (OMC). Ele é o único candidato e ontem passou por uma sessão de perguntas com governos de todo o mundo. A meta de Lamy será a de concluir, em seus próximos quatro anos, a Rodada Doha, lançada em 2001 e que ainda não conseguiu chegar a um entendimento. O processo foi lançado com o objetivo de abrir mercados e corrigir as distorções no comércio agrícola mundial. Mas as diferenças entre países emergentes e ricos sobre como essa liberalização deveria ocorrer acabou impedindo um acordo. Ontem, em um discurso perante os 152 países da OMC, Lamy deixou claro que sua ideia vai além de concluir a Rodada Doha. Uma das preocupações da entidade é com a proliferação de acordos de comércio entre países. O temor é de que, com quase 400 acordos em vigor ou sendo negociados até 2010, o sistema multilateral seria profundamente minado."Em relação aos acordos de livre comércio regionais, é difícil ver como tão amplas concessões e compromissos são feitos hoje sem qualquer consequência no contexto internacional", disse. "Se somos sérios em relação à manutenção do princípio da nação mais favorecida, deveríamos pensar de forma coletiva alguma maneira de conseguir multilateralizar concessões feitas nos acordos de livre comércio", disse. O princípio da nação mais favorecida é o principal pilar da OMC e exige que o benefício dado por um país a outro seja estendido a todos.Nos últimos anos, diante da paralisia da Rodada Doha, países passaram a buscar acordos bilaterais. A ideia levantada por Lamy, portanto, é de que todos os acordos de livre comércio entre países sejam estendidos para as demais economias. Para diplomatas, isso dificilmente ocorreria. Na prática, um acordo entre Brasil e países árabes teria de ser estendido para os Estados Unidos, Europa e China. O Brasil, por outro lado, se beneficiaria de acordos entre outros países.Mas o governo não viu a proposta com bons olhos. O Mercosul é uma união aduaneira e, portanto, não seria afetado pela proposta. Mas a realidade é que o Brasil e os demais países do bloco negociam uma série de acordos de livre comércio. O Mercosul negocia com a Índia, já fechou com Israel, com os países do Golfo Pérsico e com vários países latino-americanos. O que mais preocupa o governo é que o projeto de integração sul-americana passaria necessariamente por acordos de livre comércio entre os países da região. Pela proposta de Lamy, isso teria de ser estendido a todo o mundo em uma fase seguinte. Para o Itamaraty, a lógica da negociação seria totalmente modificada. Blocos como o Nafta - Canadá, Estados Unidos e Mexico -, estariam condenados. Os americanos ainda têm acordos com Chile, Cingapura, Israel e Jordânia. Lamy ainda insistiu que a própria OMC teria de ser reformada. Uma das formas de fazer isso seria por meio de um entendimento de que não seria necessário que todos os setores da economia mundial entrem em acordo para que um tratado de comércio seja assinado. Na prática, isso significaria que acordos sobre serviços financeiros ou agricultura pudessem ser fechados antes mesmo de um acordo final envolvendo todos. A ideia é de que isso acabaria facilitando as negociações, hoje completamente paralisadas. Outra proposta é de que a secretaria da OMC ganhasse novos poderes para poder apresentar propostas de acordos. Hoje, são os governos que fazem sugestões.A OMC ainda confirmou para o início de maio a primeira reunião com o representante de Comércio da Casa Branca, Ron Kirk, em Genebra. Até agora, a Casa Branca não deu qualquer indicação do que será sua política comercial.

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A Galvão Engenharia e a Alusa oficializaram o interesse em instalar um segundo estaleiro em Pernambuco. O investimento seria de US$ 350 milhões (pouco menos de R$ 770 milhões, segundo cotação do dólar de ontem), com geração de 2.000 a 2.500 empregos, ocupando uma área de 75 hectares na Ilha de Tatuoca, Suape, onde já opera o Atlântico Sul (EAS). As obras seriam iniciadas no próximo ano, caso o estaleiro ganhe licitações que serão lançadas pela Petrobras, visando a exploração de petróleo do pré-sal.

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O embaixador José Botafogo Gonçalves é um dos diplomatas brasileiros que mais acumularam experiência nas duras negociações comerciais que o País enfrentou desde os anos 90. Botafogo foi ministro de Indústria, Comércio e Turismo, secretário executivo da Camex e embaixador especial para Assuntos do Mercosul. Como embaixador em Buenos Aires, entre 2002 e 2004, viveu de perto a crise econômica que assolou o país vizinho. Atualmente, Botafogo Gonçalves é o presidente do Conselho Curador do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri). Em entrevista por telefone, o embaixador Botafogo Gonçalves disse ao Estado que, apesar dos circunstanciais problemas, o Mercosul vale a pena. Além disso, disse que o Brasil deve pensar as relações com China e Índia a longo prazo.Desde o fim do ano passado, o governo da presidente Cristina Kirchner, a pedido dos industriais argentinos, aplicou várias barreiras à entrada de produtos importados. Embora as barreiras apliquem-se a todos os países, afetam principalmente o Brasil, principal sócio da Argentina no Mercosul.Esse assunto de restrições ao comércio não é privilégio da Argentina. O Brasil também já aplicou restrições não-tarifárias, houve problemas de cotas. Na agenda do Mercosul, há uma história de limites à liberdade de comércio. É uma das falhas do bloco, que ainda não conseguiu realizar 100% seu projeto de livre-comércio regional, embora, do ponto de vista geral, o comércio no Mercosul é um sucesso, pois é de US$ 30 bilhões, quando antes não passava de US$ 5 bilhões. Apesar dos problemas constantes nos setores sensíveis, a relação com a Argentina vale a pena?O nível de relacionamento é hoje muito intenso. Existe grande crescimento no setor dos investimentos das indústrias brasileiras na Argentina. Além disso, o país tem significativo consumo de produtos brasileiros. No mercado argentino, o Brasil consegue até competir com produtos da China. Além disso, as relações financeiras são intensas. E mesmo no setor agropecuário, por exemplo, vemos os casos de vários frigoríficos que atualmente estão em mãos brasileiras na Argentina. Tudo isso faz com que as relações entre os dois países não sejam resolvidas apenas pelo aspecto comercial de uma série de produtos, os chamados produtos sensíveis. Mas, ainda que seja compreensível essa atitude, falta, em ambos lados, uma visão integracionista. Nos últimos tempos, o Brasil e a Argentina não estão agindo de forma muito coordenada nos fóruns internacionais.Na época em que eu estava no governo, o Mercosul falava com uma só voz, tinha representação unificada. Mas, no caso da OMC, jamais os quatro países aceitaram falar com uma única voz. O bloco jamais se fez presente em Genebra. Cada um fala por sua conta. Como o Brasil deveria encarar a relação cada vez mais importante com China e Índia?As relações com a China e a Índia devem ser vistas a longo prazo. Isso ainda não foi decidido no Brasil. Há uma crescente discussão, muitas vezes atada ao curto prazo. Quando se fala em China, as pessoas logo pensam em invasão de produtos chineses. Não se pensa a longo prazo. É preferível concluir a Rodada Doha de uma vez por todas, mesmo que de forma modesta?Uma solução modesta não seria a resposta correta. Vontade política existe ou não. Não há meia vontade política, como não há mulher ligeiramente grávida. Não adianta fazer um acordo modesto. Não adianta fingir um acordo. É preciso barrar o protecionismo.O G-20 poder ser uma solução permanente, como fórum de decisões internacionais? O G-20 tem uma perspectiva interessante. Veja que há uma proliferação de "Gs". É que o mundo está se reestruturando. Não dá para organizar o mundo ao redor dos grupos de antes. Por isso, os Brics (grupo que reúne o Brasil, Rússia, Índia e China) ocuparão cada vez mais espaço.Como evoluirá a integração comercial do Brasil com o resto da América do Sul?O teatro das operações da diplomacia brasileira no século 21 será a América do Sul. O crescimento da economia do Brasil se intensificará mais ainda. Mesmo que a integração seja exasperadamente lenta, o Mercosul é uma unidade que vai se preservar. E os dois países associados ao Mercosul, o Chile e a Bolívia, vão gravitar ao redor do Mercosul. No caso da Venezuela, enquanto estiver a política bolivariana de Hugo Chávez, as coisas serão complicadas. O Brasil não tem nada de anti-Venezuela. Mas é o presidente Hugo Chávez que tem uma política anti-integração. Ele é quem não quer saber nada de mercado.Os governos mudam, mas os países permanecem.Sim. Chávez quer entrar em um clube, o Mercosul. Mas, para entrar em um clube, é preciso aceitar as regras.

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A mudança na trajetória de preços agropecuários no atacado (de -2,07% para 0,64%) levou à deflação menos intensa na segunda prévia do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) de abril, que mostrou queda de 0,33%, em comparação com a taxa negativa de 0,36% apurada em igual prévia do mesmo índice em março.
O coordenador de Análises Econômicas da Fundação Getulio Vargas (FGV), Salomão Quadros, explicou que o setor agropecuário foi fortemente influenciado pela virada de preço da soja, produto de maior peso no cálculo da inflação atacadista e cuja taxa de variação saiu de -7,98% para 2,54%. "Isso fez um tremendo impacto no setor agropecuário no atacado", afirmou.
Quadros explicou que está ocorrendo uma mudança na trajetória de preços da soja no mercado internacional, que é muito sujeita aos movimentos de especulação de mercado. "O preço da soja esse ano tem oscilado muito. Houve problemas de estiagem na Argentina, e tem ocorrido um movimento especulativo, pelo lado da demanda", comentou o técnico. Entretanto, outros produtos agropecuários, de menor peso do que a soja no cálculo da inflação atacadista, também ajudaram na formação de uma taxa negativa menos intensa, na segunda prévia de abril. É o caso das movimentações de preços em bovinos (de -2,54% para -1,37%); e em aves (de -1,57% para 1,19%).
O economista preferiu não generalizar as razões de mudança de trajetória de preços no setor agropecuário, no atacado. "Não dá para dizer que a mudança de trajetória de preços das carnes também foi produto de movimento especulativo. Cada setor tem suas características específicas", observou, lembrando que houve uma pequena melhora na demanda por carnes, principalmente nas exportações do item - o que pode ter contribuído para elevar os preços do produto.
Em contrapartida, o setor industrial aprofundou seu processo de deflação (de -0,18% para -1,05%) no atacado. Quadros explicou que, ao contrário da soja, uma commodity agrícola, as commodities industriais continuam firmes em sua trajetória de queda de preços. Entre os exemplos mais nítidos, estão os derivados de petróleo, como óleo combustível (de 0,07% para -4,8%); derivados da cana-de-açúcar, como álcool - média dos preços do álcool anidro e do álcool hidratado - cuja deflação se intensificou fortemente devido ao período de safra da cana-de-açúcar (de -1,14% para -10,06%); e produtos químicos como adubos e fertilizantes compostos (de 1,08% para -11,7%).
Segundo Quadros, o IGP-M de abril deve registrar taxa negativa, assim como o de março, que teve queda de 0,74%. Mas tecer projeções sobre o resultado de fechamento do índice ainda é difícil, visto que a segunda prévia do IGP-M de abril que teve taxa negativa de 0,33% mostrou uma forte oscilação no preço da soja em grão - produto de maior peso no cálculo da inflação atacadista, que representa 60% do total dos Índices Gerais de Preços (IGPs).
 
Fonte: Jornal do Comércio
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