Sexta, 24 Janeiro 2025

O Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em construção no Complexo de Suape, vai disputar mais uma encomenda da Petrobras. No próximo dia 30, a diretoria do empreendimento entrega propostas de preços para o pacote de 19 navios de menor porte que serão afretados pela estatal, com construção preferencial em estaleiros nacionais. Caso vença a concorrência, essa será a quinta encomenda em carteira do EAS.

O presidente do Atlântico Sul, Angelo Bellelis, diz que tem sido procurado por vários armadores nacionais e internacionais interessados em cotar a encomenda da Petrobras. “Vamos entregar nossas propostas no prazo definido e acreditamos que a licitação deverá ser concluída no segundo semestre, com previsão de entrega das encomendas até 2014”, destaca.

O pacote da Petrobras inclui cinco navios para transporte de combustíveis escuros, outros cinco para combustíveis claros, três gaseiros e seis transportadores de combustíveis para embarcações (bunker). A Petrobras não deu estimativa de preço para a licitação.

Com 70% da obra do estaleiro construída, o Atlântico Sul já processou 40 mil toneladas de aço, volume suficiente para construir o primeiro petroleiro para o Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef 1) da Transpetro e o casco da plataforma P-55 da Petrobras. “Em junho já vamos bater quilha (iniciar a montagem do navio dentro do dique) e iniciar a edificação do primeiro suezmax”, adianta Bellelis. O compromisso do EAS com o Promef 1 é entregar dez navios suezmax. O primeiro será lançado ao mar em abril de 2010.

Além das encomendas do Promef 1, o EAS também vai construir cinco navios aframax (que antes estavam a cargo do estaleiro Rio Naval), com previsão de entrega da primeira embarcação desse pacote para junho de 2013. No caso do Promef 2, o Atlântico Sul participou da cotação dos lotes de quatro suezmax e de três aframax, mas ainda aguarda uma definição da Transpetro. “Só a encomenda de dois VLCCs (superpetroleiros) ainda não estão no nosso cronograma, porque o processo não andou por parte da Petrobras”, diz Bellelis. Os navios seriam afretados pelo armador norueguês Noroil e construídos pelo estaleiro pernambucano.

BNDES

O Atlântico Sul também comemora a assinatura da segunda etapa do financiamento com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a ampliação da unidade naval, ocorrida no final da semana passada, na sede da instituição financeira, no Rio de Janeiro. A segunda parte do crédito representa recursos da ordem de R$ 542 milhões. O primeiro financiamento de R$ 513 milhões foi aplicado no ano passado.

O presidente do EAS aguarda a liberação dos recursos para saldar as dívidas com os fornecedores, que foram postergadas para este mês, em função da falta de caixa no estaleiro. O crédito para a segunda etapa do empreendimento foi aprovado pelo BNDES no final do mês de abril. O Jornal do Commercio chegou a publicar matéria sobre o atraso no pagamento aos fornecedores, por causa da demora na aprovação do financiamento. Hoje, o estaleiro conta com cerca de 100 fornecedores na obra e outros 300 na montagem dos navios. O investimento total na unidade é de R$ 1,4 bilhão.

Fonte: Jornal do Commercio

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