Um número divulgado nesta semana pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) chamou a atenção de quem luta pela preservação ambiental e mostra que é possível, sim, conciliar desenvolvimento e cuidado com a natureza. A emissão de poeira e fumaça por parte das indústrias que fazem parte do Pólo Industrial de Cubatão caiu 98% nos últimos 25 anos.
O deputado estadual Raul Marcelo (PSOL-SP) esteve em Santos na última semana e participou de um seminário que debateu os problemas ambientais atrelados ao surgimento do Porto Brasil, na cidade de Peruíbe (SP). Na ocasião, ele conversou com políticos, ambientalistas e com o público presente sobre os efeitos devastadores que uma obra de tal magnitude pode trazer ao ecossistema do Litoral Sul paulista
A questão ambiental tornou-se uma preocupação comum entre as autoridades brasileiras, ainda mais no setor portuário, que vê surgir a cada momento sucessivos projetos de expansão, construção de novos terminais e até mesmo a exploração de áreas inimagináveis há até pouco tempo, como no caso dos portos Brasil e Sul, em São Paulo e Bahia, por exemplo.
“A empresa MMX está gerando uma série de expectativas falsas sobre empregos e recusa-se a obedecer a lei, conversando com nativos e enfrentando diversos problemas com o Ministério Público por causa disso”. A frase do ambientalista paraense e diretor do instituto de defesa do meio ambiente Peabiru, João Meirelles, parece retirada de algum texto publicado pelo PortoGente nos últimos meses a respeito do Porto Brasil, em Peruíbe. Entretanto, ela retrata os problemas vividos pela MMX no Pará.
A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) avaliou a gestão ambiental e reprovou a estrutura de 38 dos 40 portos do País. De acordo com os estudos, somente os complexos de Recife, em Pernambuco, e Itaqui (foto), no Maranhão, possuem número suficiente de técnicos para os trabalhos de meio ambiente. E, para piorar, outros sete importantes complexos sequer contam com núcleos para os serviços de gestão ambiental, o que preocupa a agência e mostra que os investimentos nesse setor precisam ser ampliados urgentemente em 2008.