De forma despretensiosa, o engenheiro agrônomo e pesquisador de assuntos ferroviários Marcello Tálamo colocou na Internet, em maio de 2000, três páginas a respeito da história das estradas de ferro no Brasil. Quase sete anos depois, o saite Ferrovias & História acumula uma quantidade infindável de informações, páginas e, especialmente, fotografias, tornando-se referência para pesquisas e para quem quer se aprofundar a respeito do tema.O endereço eletrônico não se atém às estradas de ferro de maior importância e, também, mais conhecidas, como a Companhia Paulista ou a Sorocabana. Tálamo busca resgatar, com muitas imagens e detalhes, um pouco da história de ferrovias que nem sempre fazem parte do conhecimento do público em geral - muitas delas desaparecidas há décadas -, mas que foram fundamentais para o desenvolvimento e o progresso de regiões inexploradas antes de suas criações. Essas estradas de ferro abasteceram com mercadorias e passageiros as grandes e poderosas linhas-tronco das principais ferrovias que cortavam o país.
Lael de Azevedo nasceu em Santos no distante ano de 1931, na Rua Prof. Torres Homem. Casou em 1963, 17 anos após começar a trabalhar no cais de Santos como estivador. “Comecei junto com muitos que fundaram o Sindicato dos Estivadores, uma honra incomparável”, segundo as palavras do próprio Lael. Acompanhe a seguir uma entrevista com este personagem que atuou por 56 anos no Porto de Santos e hoje organiza a Campanha Cívica dos Estivadores, arrecadando brinquedos para crianças carentes no Natal.
PortoGente tem noticiado, com pesar, a sistemática situação de risco dos trabalhadores portuários, com freqüentes ocorrências fatais. As apurações feitas a cada morte não têm resultado em maior segurança para os trabalhadores. Você teria propostas para solução desse grave problema?
Psicólogo, professor universitário e pesquisador da USP. Mesmo com todas essas funções, Hélio Alves, aos 55 anos, ainda arruma tempo na semana para dar atenção à família e a pintura, sua mais recente paixão. Em uma exposição realizada na UniSantos, seus quadros chamaram a atenção do público que compareceu ao local por abordarem, entre outros temas, a rotina do Porto de Santos. Em entrevista ao PortoGente, Hélio conta que não sabe ao certo quantos quadros já produziu nos últimos três anos. “Eu pintava algumas telas para amigos meus, por isso hoje não sei quanto produzi. Mas valeu a pena, me divirto e sou feliz assim”.
Ao andar por algumas ruas de Santos, percebe-se que ainda faltam alguns passos para que se tenha uma verdadeira integração entre porto e cidade, uma expressão que se tornou chavão e sinônimo de harmonia entre as operações no cais e a população. PortoGente mostra nas próximas linhas e em várias fotos que, em alguns casos, chega a ser perigoso integrar a rotina do porto em áreas urbanas.