Sexta, 22 Novembro 2024

O processo da fumigação é executado diariamente por cerca de trinta empresas que atuam no setor, somente na Baixada Santista. Sem isso, seria impossível movimentar diversos produtos que cruzam estradas e oceanos para chegar aos mais variados países e continentes.

 

A importância do serviço pode ser medida pelas razões acima mencionadas. Fumigar produtos é um processo complexo, que exige atenção redobrada dos profissionais envolvidos neste serviço.

 

De acordo com o engenheiro florestal e aplicador da Sitec Fumigação, Alziro Antônio Camargo, a fumigação pode ser caracterizada pela aplicação de produtos fumigantes – gases – em embalagens de madeira ou em determinados produtos a serem tratados. “O serviço é realizado em recintos fechados. Geralmente o processo ocorre dentro de contêineres, em armazéns, silos, porões de navios e nas próprias áreas de atuação da empresa que solicitou o serviço”.

 

A fumigação é realizada por exigência de órgãos fitossanitários de muitos países, inclusive o Brasil, com objetivo de impedir a circulação de pragas de alto risco ou fungos que possam causar prejuízos para a economia. Alziro explica que a principal demanda, atualmente, está no setor de madeiras. Ele afirma que cerca de 99% dos atendimentos que realiza envolve esse tipo de material.

As empresas que atuam no setor em todo território nacional, segundo o aplicador, são credenciadas junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O órgão vinculado à União é responsável por autorizar as firmas a fumigarem cargas, navios ou silos, mantendo a padronização sobre os serviços executados. “Para isso as firmas precisam ter engenheiros agrônomos ou florestais em seus quadros de funcionários. Eles são os responsáveis técnicos pela realização da fumigação”.


Gases

Os gases mais utilizados para a fumigação são o brometo de metila – armazenado em cilindros e usado, principalmente, nas aplicações feitas em contêineres e em produtos de madeira – e a fosfina – em forma de pastilhas, usada em porões de navios e silos. No entanto, nada impede que um gás seja utilizado onde se costuma aplicar outro tipo de produto. Todos mantêm a mesma eficácia.

 

No caso do brometo de metila, o gás armazenado em um cilindro é aplicado no produto (contêiner, por exemplo). Segundo o também aplicador da Sitec, Carlos Alberto dos Santos, o processo inicial leva cerca de 50 ou 60 minutos para ser concluído. “Após 24 horas, o gás é liberado e esta segunda etapa recebe o nome de aeração”.

 

Quando se utiliza a fosfina, o processo muda. As pastilhas são aplicadas (em um porão de navio ou sob lonas) e o tempo destinado para a completa reação do material varia entre três e 11 dias.

Mão-de-obra
Carlos Alberto trabalha há dois anos na área. Ele diz que sempre é bom ter dois aplicadores realizando as tarefas. “Isso é importante quando acontece algum problema e também para agilizar o trabalho”. Alziro, atuando há mais tempo como aplicador – 5 anos – ressalta que as fábricas, os terminais retroportuários e as madeireiras são os setores que mais requisitam o serviço de fumigação.

Para os aplicadores, a função gera um número considerável de empregos. Carlos Alberto argumenta que o mercado está bastante equilibrado e sempre há gente para indicar no caso de necessidade de mão-de-obra. “Essa função não irá acabar tão cedo”.

Todas as operações envolvendo o serviço de fumigação exigem o uso de EPI’s (Equipamento de Proteção Individual) e EPC’s (Equipamento de Proteção Coletiva).

 

Confira quais são os equipamentos imprescindíveis:

 

Equipamento de Proteção Individual

v      máscara facial completa com filtro específico

v      luvas

v      jalecos

v      botas

v      capacetes

v      coletes reflexivos


Equipamento de Proteção Coletiva

v      fitas zebradas e adesiva

v      selo de advertência

v      cones de segurança

v      placas de advertência



*colaborou Bruno Merlin

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