Sábado, 23 Novembro 2024

Nenhum plano de modernização é realista possível antes que a visão e a missão sejam claramente definidas.

Como se todos os problemas que colocaram o Porto de Santos no noticiário, nos últimos 12 meses, não fossem suficientes para demonstrar como o Ministério da Infraestrutura (Minfra) trata o mais importante complexo portuário do Hemisfério Sul, está em curso o conflito do terminal da Marimex e a pera ferroviária da poderosa Rumo. A construção da pera é empecilho à renovação contratual do terminal da operadora portuária.

600 Codesp

Leia também
Nota do Ministério da Infraestrutura

A Rumo, braço logístico e ferroviário do grupo Cosan, é concessionária da Portofer, operadora dos trens das diferentes empresas ferroviárias na área portuária. Este contrato com renovação proibida foi autorizada, no dia 10 de junho último, a continuidade dessa concessão até 2025, pelo Tribunal de Contas da União, tantas vezes alvo da Polícia Federal. A Marimex é uma operadora de carga na retroárea do porto. Entretanto, a renovação desses contratos é um ato discricionário da Autoridade Portuária, visando os interesses do porto público.

Leia ainda
Site publica denúncias contra Ministério da Infraestrutura

Pera ferroviária é uma infraestrutura, para retorno, prioritária à produtividade logística do porto. No caso, o seu traçado interfere na zona de operação da Marimex e, por isso, está inviabilizando a renovação contratual do terminal. Apesar disso, não se percebe a busca de soluções modernas de engenharia para superar esse conflito. À vista de que o contrato do terminal da Rumo no porto foi renovado sem cumprir a cláusula da construção da cobertura de navios.

Editorial | Portogente 
Qual problema dos portos o Ministério da Infraestrutura quer resolver?

Nesse clima conflituoso, a Autoridade Portuária de Santos foi entregue a um diretor administrativo, sem currículo para exercer com competência o cargo, e com uma diretoria incompleta. Sua nomeação substituiu o presidente defenestrado por razões ocultas da sociedade. Ou seja, uma gestão incapaz de exercer o seu poder discricionário na plenitude, no nível de como deveriam ser tomadas as decisões relevantes relativas ao complexo portuário, de uso público.

Da Redação 
Minfra quer participação mais ativa da iniciativa privada na modernização dos portos brasileiros

Esse tipo de conflito decorre da falta de um Plano de Modernização do Porto de Santos transparente e legitimado por sua comunidade. Aguarda-se avanço com o anunciado projeto de desestatização, cujo recebimento de propostas foi adiado por falta de interessados. Enquanto isso e sem comando, o Porto de Santos segue sem rumo.

Curta, comente e compartilhe!
Pin It
0
0
0
s2sdefault
powered by social2s

topo oms2

*O Dia a Dia é a opinião do Portogente

Deixe sua opinião! Comente!