Caros leitores, hoje falaremos do Porto de Lorient, construído para abrigar os navios da Companhia das Índias, empresa francesa criada para conquistar e explorar as suas colônias de ultra mar.
Raras são as vilas ou cidades que sua história começa de uma maneira precisa. Ninguém tinha consciência de que Lorient nasceria, mais 31 de agosto de 1666 foi decisivo para a Companhia das Índias, quando Denis Langlois comprou terras na localidade de Féandik, no estreito da baia do Port-Louis, para ali implantar um estaleiro naval. Lorient nasceu devido a falta de espaço protegido pela fortaleza de Port-Louis, para abrigar um porto de guerra e uma vasta empresa comercial. Procurou-se então um local ainda desabitado para abrigar essas instalações e também um estaleiro naval. Tratava-se de um lugar que receberia mercadorias vindas do oriente, em francês d´orient, daí no nome Lorient.
Situado numa posição ao norte de Saint-Nazaire, também na costa Atlântica, Lorient é um pequeno porto comercial e pesqueiro. É servido eficazmente pela rede ferroviária e pelas rodovias francesas, que o coloca a poucas horas dos principais pólos econômicos da Europa. O porto não é servido por navegação fluvial.
O Porto é gerenciado pela Câmara de Comércio e Indústria de Morbihan, denominação da região de Lorient, sendo especializado em quatro tipos de mercadorias:
• Derivados de petróleo
• Graneis agrícolas
• Carga geral
• Areia e pedregulhos
O terminal de graneis agrícolas movimenta todo tipo de farelos e pellets, desde soja, girassol, sorgo, arroz até de mandioca. Esses produtos são utilizados para alimentação animal, principalmente bovinos, suínos e aves.
Na carga geral os seguintes produtos têm destaque: carga refrigerada, madeira, sucata de ferro, borracha de pneu usado, polpa de papel e produtos químicos, na sua maioria esses são transportados em contêineres.
Curiosidade
O Porto de Lorient além de abrigar uma base para submarinos, também foi a base dos u-boots alemães.
Referências bibliográficas
L' Office National de la Navigation, La voie navigable: une voie d'avenir. Paris: Automedon, 1980. 56p.
Robin, C., Bergeaud, C. Le français par la méthode directe – Deuxième livre. Paris: Librairie Hachette, 1951. 186p.
Henry, B.,Henry M. Voyageurs aux longs jours. Paris: Les Éditions Arthaud, 1982. 21p.
Site do porto de Lorient: www.morbihan.cci.fr, acessado em 8 de abril de 2006.