Quinta, 25 Abril 2024

Clique aqui para ler a primeira parte deste artigo.

Tinha o hábito de embarcar nos navios que manobrava, já como prático, vestido com terno e luvas brancas – isto é, sempre elegante.

Dentre milhares de manobras executadas, seja em tempos de paz ou em período bélico (1939-1945), destacou-se aquela em que conduzia o transatlântico germânio Windhuk, camuflado como o navio Santos Maru, para dentro do Porto de Santos, em 7 de dezembro de 1939, atracando-o no cais do Armazém 18 da Companhia Docas de Santos (1890-1980).


O transatlântico germânico Cap Arcona, da armadora Hamburg-Sud, foi
um dos incontáveis navios manobrados pelo prático Castanho Filho - 1936.
Coleção Laire J. Giraud.

A história do Windhuk já foi narrada na coluna Rota de Ouro e Prata, em texto de José Carlos Rossini e de Laire Giraud, bem como na Recordar.

Ainda durante a Segunda Guerra Mundial, foi prático mor (presidente) da Associação dos Práticos de Santos. Onde organizou a saída e entrada de navios integrantes de comboios que supriam os aliados com alimentos e matérias prima.

Nos 24 anos de vida profissional orientou navios de todos os tipos que adentravam o maior porto cafeeiro do mundo, como os navios de passageiros – Astúrias, Alcântara, Cap Arcona, Massilia, Conte Grande, Brazil, Serpa Pinto, VeraCruz, Augustus, Argentina Star, Ruyz, Brazil Maru. A relação é extensa.


O transatlântico que notabilizou Castanho Filho: o germânico Windhuk. Col. Laire J. Giraud

Vale dizer que foi o primeiro prático a conduzir e orientar um porta-aviões no cais de Santos, o USS Saipan da Marinha dos Estados Unidos e, que fazia parte de uma grande esquadra – isso ocorreu em 1953.

Castanho foi colega de trabalho de nomes ilustres da Praticagem de Santos, dentre os quais - Gerson Costa Fonseca, Hercílio da Luz, Carlos Stein, Achiles Tacão, Quincio Peirão, João Peirão, Salvador da Costa Godinho, Alberto Lopes Marinho, Raul Mesquita Marinho, Edmar Botto de Melo, Constantino de Azevedo, Nicolo Cervetto, Teophilo Quirino, José Domingos da Silveira com os quais manteve grandes amizades.


O porta-aviões de escolta USS Saipan, no final de junho de 1953, no
momento em que passava pela antiga Ponte dos Práticos, na Ponta da Praia.
No passadiço, orientando a navegação e posterior atracação, Castanho Filho.
O Saipan foi o primeiro porta-aviões que entrou em Santos. Media 208,5
metros de comprimento e deslocava 14.500 toneladas. Foi lançado em 1943
e descomissionado em 1970. Foto José Dias Herrera. Col. Laire J. Giraud.

Antonio Reis Castanho Filho deixa para seu filho Ismael Castanho, hoje aos 83 anos, seus conhecimentos de piloto e a paixão da profissão, como veremos na segunda parte de artigo.

Em tempo
O pesquisador marítimo Rossini, vai lançar, em data a ser marcada, um livro sobre os práticos santistas – do início do século passado até o período pré-1970. Vamos aguardar a obra que certamente será sui generis.

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