A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) confirmou ontem que o terreno em Pirituba onde se cogita construir o estádio de abertura da Copa 2014, na zona norte de São Paulo, tem 1.200 metros quadrados contaminados, além de outros focos que "serão objeto de investigação para serem definidas medidas de intervenção". O caso foi divulgado ontem com exclusividade pelo "Estado".
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) declarou que há 197 cartórios vagos, sujeitos a concurso público, em Pernambuco. Desses, nove são no Recife. O Tribunal de Justiça (TJPE) revisará a listagem para apurar eventuais erros, mas é certo que dentro de seis meses Pernambuco terá a sua terceira seletiva para cartório. A ultima foi em 2002. É a hora dos interessados se prepararem.
A Secretaria de Portos (SEP) iniciou, nesta sexta-feira (9), mais uma obra de dragagem de aprofundamento, prevista no Programa Nacional de Dragagem (PND), com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Desta vez é no Porto de São Francisco do Sul, em Santa Catarina (SC). A solenidade de assinatura da ordem de serviço foi feita, em Joinville, pelo diretor de Planejamento Portuário da SEP, Jorge Luiz Zuma e Maia, representando o ministro Pedro Brito, que foi agraciado com uma placa pelo superintendente do porto, Paulo Cesar Cortes Corsi. O evento contou com a presença do governador de Santa Catarina, Leonel Pavan, e outras autoridades locais. Pavan agradeceu especialmente ao ministro Pedro Brito não só pela obra que será iniciada em São Francisco do Sul, mas aos investimentos que a Secretaria de Portos vem fazendo no sistema portuário do Estado.
BARRETOSRIBEIRÃO PRETO - A Monsanto investiu US$ 100 milhões para desenvolver a segunda geração de milho geneticamente modificado para controle das principais lagartas que atacam essa cultura. De acordo com a multinacional, o tempo médio para a semente chegar ao mercado, incluindo o processo de operação, foi de dez anos: a nova tecnologia é estudada desde 2000 e foi liberada pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) para ser vendida em outubro do ano passado.Na última semana, durante uma exposição do YieldGard VT PRO (nome científico da semente) em uma das estações de pesquisa da Monsanto, em Barretos (SP), para produtores próximos da região, Odnei Fernandes, gerente de Unidade de Desenvolvimento Tecnológico da Monsanto, destacou a qualidade da semente, que deverá ser comercializada na safra de verão (entre setembro e outubro). "Esperamos que a colheita seja cerca de 25% maior que a do milho convencional", afirmou. Fernandes explicou que, com a planta comum, o agricultor tende a promover duas a quatro aplicações de inseticida na proteção contra as lagartas, ao passo que a nova tecnologia isenta o agricultor de utilizar o produto. Ainda segundo o gerente, a expectativa é de que o produtor possa colher de 4% a 8% a mais com o novo híbrido se comparado ao de primeira geração. A Monsanto informou que o YieldGard VT PRO permite a redução da área de refúgio para 5% da área plantada. "A primeira geração permite redução [da área] de 10%", completou Fernandes.O milho de segunda geração, em um primeiro momento, será comercializado apenas por meio da Dekalb (uma das marcas da Monsanto). De acordo com a assessoria de imprensa da empresa, futuramente outras marcas também venderão a semente. O novo híbrido apresenta duas proteínas inseticidas do Bt (Bacillus thuringiensis), as quais lhe garantem proteção da lagarta-do-cartucho, da lagarta-da-espiga e da broca-do-colmo - as principais responsáveis por danificar a lavoura.A tecnologia está disponível em países como Austrália, Nova Zelândia, Japão e Coreia do Sul, entre outros. "Com base em números da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária [Embrapa], de 30% a 40% da perda da produtividade com o milho convencional são gerados pela lagarta-do-cartucho", disse."O milho YieldGard VT PRO é um avanço tecnológico, além de ser mais uma ferramenta para o manejo integrado de pragas (MIP) e uma opção eficaz e prolongada de manejo de resistência de insetos (MRI) na cultura", afirmou Ricardo Miranda, diretor de Desenvolvimento Tecnológico da Monsanto.ProdutoresEm Mogi Mirim, no interior de São Paulo, a saca de sementes da primeira geração de milho da Monsanto custa R$ 400, segundo Luiz Cesar Salani, agricultor. Na última temporada, Salani perdeu 20% da produção de uma área de plantação de 150 hectares "por causa de doenças e porque o clima não favoreceu", disse. Desde que começou a utilizar a primeira semente geneticamente modificada, no ciclo de 2008/2009, o produtor teve um ganho de cerca de 25% de produtividade: ele contou que com o milho convencional produzia quase 136 sacas por hectare e, depois, aumentou para cerca de 161 sacas por hectare. Salani recebe em média R$ 17,20 pela saca de milho. De acordo com Fernandes, mesmo com a semente geneticamente modificada a proteção contra doenças é difícil.Edilson Roberto Pereira, produtor de São José do Rio Preto (SP), utiliza semente da primeira geração de milho da Monsanto desde 2007, em uma área de plantação de 48 a 60 hectares. Há quatro anos, na safra de verão Pereira cultivava cerca de 111 sacas por hectare de milho convencional e fazia duas aplicações de inseticida na lavoura. O cultivo aumentou, segundo o agricultor, para, aproximadamente, 126 sacas por hectare na temporada posterior. "Não compensa plantar o milho [convencional] porque pode perder se as pragas atacarem", contou Pereira, que aguarda a comercialização do novo híbrido. O agricultor paga, em média, R$ 335 em uma saca com 60 mil sementes (equivalente a 1 hectare para plantio) do produto da Monsanto e vende a saca a R$ 16,50 na região. Ambos os produtores esperam aumentar a produção com o novo cultivar.Para Fabrício Bazanella, Representante técnico de Vendas da Monsanto, os produtores estão surpresos com os resultados dos testes apresentados pela nova tecnologia na lavoura. "Estamos trazendo produtores de outras regiões. Eles [agricultores] estão vendo a diferença, e essa aprovação, até considerada unânime, superou as nossas expectativas."
SÃO PAULO - A Votorantim Cimentos, líder no mercado brasileiro, no qual detém 41% das vendas, está recorrendo à importação para atender a crescente demanda da Região Nordeste. Segundo a empresa, estão vindo do Vietnã 300 mil toneladas de cimento, embarcadas em 10 navios que já começaram a ser descarregados em Fortaleza. A medida é paliativa e deverá suprir a necessidade do produto no Ceará. Os carregamentos estão programados para chegar até janeiro de 2011.Os principais motivos para a Votorantim Cimentos adquirir o produto no mercado externo são a demanda gerada por investimentos para a Copa do Mundo de 2014, o crescente interesse por instalação de novas fábricas na região e iniciativas governamentais de habitação."A demanda cresceu consideravelmente neste ano", explicou o diretor comercial da Votorantim, Marcelo Chamma. De acordo com o executivo, o primeiro carregamento já está no Brasil. "Nosso primeiro navio chegou no dia cinco de julho, mas ainda não foi liberado por questões alfandegárias", disse ele.De acordo com o executivo, a importação foi uma solução encontrada para reabastecer o mercado de maneira rápida e eficaz, e não há chances de vir a ser uma medida usual. "Os custos com a importação são muito altos e podem representar um acréscimo de R$ 1,90 ao preço do saco de cimento", explicou o diretor. Segundo ele, a medida tomada não é inédita. "Já fizemos isso outras vezes e em outros locais do Brasil. Essa é a forma mais correta de conseguirmos aumentar a oferta e, posteriormente, baixar o preço" afirmou Chamma.Atualmente, a produção das duas fábricas do grupo dedicadas ao fornecimento do Ceará e região não está mais suportando a demanda. "Hoje temos as fábricas de Pecém e Sobral funcionando dentro do Estado do Ceará, e conseguimos produzir até 120 mil toneladas por mês."Para sanar essa defasagem sem precisar importar, a empresa anunciou a construção de uma fábrica na cidade de Baraúna (RN), no Vale do Jaguaribe, com capacidade para produzir 110 mil toneladas mensais "Pela proximidade, essa fábrica aumentará a disponibilidade do insumo no Ceará."Uma outra fábrica dentro do estado está nos planos do grupo. "Dentro da nossa programação há uma terceira fábrica no Ceará. Quando esse projeto estiver pronto, e a fábrica estiver funcionando, esperamos atingir a média de 750 mil toneladas de cimento por mês nas três fábricas do nordeste."Para prever o consumo na região e importar quantidades adequadas, executivos da Votorantim Cimentos encontraram-se com representantes do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do Ceará (Sinduscon-CE), para estudar as datas de chegada dos carregamentos restantes. "A ideia é calibrar a demanda do mercado e forçar uma queda de preço no balcão", afirmou.De acordo com dados mais recentes do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (Snic), a Votorantim é líder nacional de produção de cimento, com volume de cerca de 21 milhões de toneladas por ano, número que, para Chamma, deverá crescer exponencialmente. "O nordeste desponta como potencial consumidor de cimento. A região está enriquecendo, necessitando de obras e consumindo amplamente. Eventos internacionais, investimentos de empresas multinacionais são apenas alguns dos fatores que estão fazendo das Regiões Norte e Nordeste potências econômicas brasileiras", disse.InvestimentosRecentemente, a Votorantim anunciou que vai investir R$ 2,5 bilhões na construção de oito fábricas de cimento em sete estados do País, com o objetivo de com isso antecipar-se à crescente demanda por material de construção.Com o anúncio, a Votorantim Cimentos consolida R$ 5 bilhões em investimentos em 22 novas fábricas até 2013. "Hoje nós temos, das 22 empresas, nove em operação, cinco em construção e as outras ainda estão em fase de projeto", disse Chamma.O executivo lembrou ainda que o projeto das novas unidades inclui fábricas no Paraná, na Bahia, no Ceará, Maranhão, Goiás, Mato Grosso e Pará. Com a construção, o grupo prevê colocar no mercado mais de 10 milhões de toneladas de cimento produzido, assim elevando a capacidade total da companhia a 42 milhões de toneladas.Atualmente a Votorantim Cimentos está entre os dez maiores players globais de cimento, concreto e agregados. No Brasil, no ano de 2009, o grupo obteve receita líquida de R$ 7,7 bilhões. A empresa conta com 11 mil funcionários.