Caros leitores,
Hoje, voltamos a falar da sinalização das ferrovias.
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As sinalizações mais modernas, classes ATC (ATS) e ATO, são utilizadas em ferrovias com tráfego muito intenso como as linhas de metrô e trens metropolitanos, pois permitem intervalos bem pequenos necessários para transportar grandes volumes de passageiros. O metrô de São Paulo pode operar até com intervalos de um minuto e meio (90 segundos), condição que permite uma capacidade de 40 trens por hora em cada sentido.
CTC - Controle de tráfego centralizado
ATC - Controle de tráfego automático
ATS - Sistema de tráfego automático
ATO- Operação de tráfego automática
O ATC permite que o sistema atue sobre a composição e caso o maquinista avance um sinal vermelho ou mesmo esteja numa velocidade inadequada para aquele trecho, nesses casos ocorre corte de energia para a tração, parando dessa forma o trem.
O ATO, além dos requisitos do ATC, permite manter um espaçamento seguro entre os trens, isto é, quando dois trens se aproximam da distância mínima de segurança o sistema procura acelerar o trem da dianteira e retardar o trem da traseira. Os equipamentos que compõem esse sistema são caros e sofisticados, normalmente estão enterrados no subsolo por questões de segurança ou da própria característica da linha como é o caso do metrô.
No Brasil, os sistemas CTC (nas ferrovias) e o ATC (nos trens metropolitanos) têm sofrido com o vandalismo e o roubo de cabos e fios que interligam os equipamentos de via com os centros de controle. Esses fatos ocasionam freqüentes interrupções de tráfego, assim como podem provocar sérios acidentes, diminuindo a qualidade e a segurança dos serviços prestados a população.
Referências bibliográficas
Encyclopedie des Chemins de Fer - François Get et Dominique Lajeunesse - Editions de la Courtille - Paris - 1980 - 557p.