Caros leitores,
Hoje, falaremos da origem do vagão ferroviário
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Os primeiros vagões ferroviários foram baseados nas pequenas vagonetas de transporte de carvão, ou seja, tiveram a mesma origem da própria ferrovia. Eram pequenos e não transportavam mais de uma tonelada e, como as primitivas vagonetas, eram abertos sem nenhuma proteção para a mercadoria transportada. Devido à força disponível nas locomotivas, bem maior do que a força animal dos cavalos, a tonelagem desses vagões logo atingiram valores de 4 a 6 toneladas. A estrutura era de madeira, constituída por uma plataforma apoiada em 2 eixos rodantes.
Antigo vagão para 5,5 toneladas da Ferrovia Paris-Orleans
A necessidade de proteger e melhor acondicionar a carga logo fez surgir uma infinidade de vagões especializados para os produtos mais importantes transportados pelas ferrovias. A França, com sua grande produção de vinhos renomados, construiu vagões com tonéis de madeira para transportar o vinho, sem, no entanto, perder sua tradicional qualidade.
Antigo vagão utilizado no transporte de vinho
O transporte de suínos, carneiro e ovelhas para abastecer mercados distantes também originou a construção de vagões especializados. Eles permitiam manter a saúde desses animais, com atenção especial para ventilação, limpeza e segregação dos lotes de animais.
Vagão de madeira para o transporte de carneiros e ovelhas
Para o transporte de frutas, também construídos vagões especiais, como o vagão com aquecimento para amadurecer as bananas transportadas ainda verdes, assim como primitivos vagões térmicos que mantinham a temperatura baixa através da utilização de gelo para as frutas de clima temperado como peras e maçãs.
Desenho do projeto do vagão para o transporte de bananas
A estrutura de madeira e eixos simples dos vagões europeus começaram a ser substituídos depois da 1ª Grande Guerra Mundial com a introdução de vagões metálicos com truques de 2 eixos pelo Exercito Americano em 1917.
Vagão metálico para o transporte de porcos
Vagão francês com truque americano de 2 eixos e 4 rodas
Referências bibliográficas:
Encyclopedie des Chemins de Fer - François Get et Dominique Lajeunesse - Editions de la Courtille - Paris - 1980 - 557p.