Quinta, 02 Mai 2024

Caros leitores,

 

Hoje, falaremos dos diversos tipos de locomotivas elétricas.

 

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As locomotivas elétricas têm a sua classificação de acordo com as regras da Union International des Chemins de Fer (UIC), que é diferente da classificação das locomotivas a vapor, que usa a White Notation. A UIC utiliza letras para indicar o número de eixos que cada um dos truques ou buggies da locomotiva elétrica. Assim a letra A indica que o truque possui um eixo motor, a letra B, 2 eixos, a letra C, 3 eixos e a letra D, 4 eixos. Quando ocorre a repetição de letras indica que a locomotiva tem 2 ou mais truques. Por exemplo: BB, 2 truques com 2 eixos cada um. CC, 2 truques com 3 eixos cada um, BBB, 3 truques com 2 eixos cada um.

 

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Truque de locomotiva tipo C

 

Outras características que identificam as locomotivas elétricas além do tipo de truque, são: a tensão elétrica e a respectiva corrente elétrica.

Em 1904, a Suíça fez diversas experiências com locomotivas elétricas utilizando corrente monofásica. A corrente monofásica de alta tensão tem vantagens para o transporte da energia elétrica.

Já em 1911, Auvert e Ferrand fizeram ensaios com a corrente monofásica a qual era abaixada para alimentar os motores em corrente contínua. A utilização de corrente trifásica foi realizada pela primeira vez em 1892 pela Siemens & Halske em Charlottebourg na Alemanha. Em 1904, a Estrada de Ferro da Valteline na Itália utilizava uma locomotiva com alimentação em 3.000 V e 15 Hz de freqüência.

Após a 1ª Grande Guerra Mundial, a grande maioria das ferrovias européias utilizava a corrente contínua. Em 1920, a França decidiu padronizar a eletrificação de suas ferrovias em corrente contínua com a tensão de 1.500 V. Os Estados Unidos optaram pela corrente contínua em 3.000 V para a alimentação das possantes locomotivas da Ferrovia Chicago a Milwaukee, na travessia das Montanhas Rochosas.

Em 1922, a locomotiva francesa BB modelo 1500 com a potência de 900 CV, foi a primeira máquina equipada com frenagem de recuperação, isto é, o motor funcionava como um gerador devolvendo a corrente elétrica para a catenária durante a aplicação dos freios. Essa locomotiva histórica trabalhou ativamente até a década de 80.

No período pós 2ª Grande Guerra Mundial houve uma grande evolução na técnica das locomotivas elétricas que as tornaram mais flexíveis permitindo que a mesma máquina pudesse ser utilizada em serviços de carga assim como em trens rápidos de passageiros. Em 1962, para superar a dificuldade de circulação em linhas de voltagens diferentes foram construídas locomotivas policorrentes, que eram suscetíveis de circular em diferentes voltagens e respectivas correntes elétricas. O serviço ferroviário de Paris a Bruxelas era equipado com esse tipo de locomotiva e a linha Ostende-Bruxelas- Colônia utilizava locomotivas tetracorrente.

Nos anos 50, a utilização de tensão de 25 kV (25.000 V) em corrente alternada e 50 Hz, deu origem a outra geração de locomotivas elétricas. Mais potentes e confiáveis, tinham uma fabricação mais simplificada e uma operação maleável.

 

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Miniatura da locomotiva E 103 da DB

 

Nos anos 70, com o emprego da eletrônica, tornou as locomotivas elétricas velozes e potentes, como a E103, da Deutsche Bundesbahn  (DB), que desenvolvia uma potencia de 10.000 CV e atingia a velocidade de 200 km/h. A utilização de corrente alternada sob tensão de 25 kV tinha fundamentalmente o objetivo de reduzir os custos de infraestrutura. A economia atingia até 25% quando comparada com o emprego da tensão de 1,5 kV (1.500 V) em corrente contínua. 

 

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Locomotiva elétrica moderna da DB

 

A eletrificação foi importante, sobretudo nas linhas principais, a qual assegurava um serviço rápido e eficiente de trens de carga e passageiros, a exemplo da França que já na década de 60, transportava nas linhas eletrificadas, 20% da rede ferroviária, 75 % do total das toneladas quilômetros.

 

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Locomotiva elétrica de trem de carga

da CFF (Chemins de Fer Federeaux) na Suíça

 

Referências bibliográficas:

Encyclopedie des Chemins de Fer - François Get et Dominique Lajeunesse - Editions de la Courtille - Paris - 1980 - 557p.

Geographie dês Transportes, Maurice Wolkowitsch, Armand Collin Collection - Paris, 1982.

Geographie de la Circulation, René Clozier, Editions Génin - Paris, 1963.

www.railroadtycoon.info/skins.php

e.bournez.free.fr/Traxx.html

www.admin.debryansk.ru/~press/BMZ/bmzhist3.html

 

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