Quinta, 26 Dezembro 2024

Para comemorar os 467 anos da fundação (1546) e os 174 anos (1839) da elevação de Santos à condição de município, reapresento um artigo sobre um fato desconhecido da grande maioria dos santistas – de nascimento ou de coração.
 
A Cidade usufrui de terras conquistadas sobre o rio-estuário do Porto de Santos. Muitos poderão estranhar porque chamar o estuário santista de rio-estuário, mas o texto explica a questão...
 
Um exemplo de terra conquistada é o local onde hoje está instalado o Terminal Marítimo Giusfredo Santini – Concais, local do antigo cais do Armazém 25.
 
Antes de entrar no texto, quero dar os parabéns à Terra da Caridade e da Liberdade pelo aniversário, que será comemorado no dia 26 de janeiro de 2013.
 
Viva Santos!

Terras sobre o estuário

Quando passamos por determinados locais de Santos, como nas áreas portuárias e próximas do Centro, não damos conta que no final do século XIX, e início do século passado, o XX, eram espaços ocupados por lodaçais fétidos, insalubres e por águas do Rio Estuário (muitos pensam que o Estuário do cais santista é mar. Na verdade é um rio).


Vista das pontes de trapiches situados na Praia do Consulado
em 1882; ao lado direito, a Ilha Barnabé. Óleo sobre tela - Pintura de
Calixto, pertencente à Fundação Pinacoteca Benedicto Calixto

Para uma melhor compreensão do que digo, vamos fazer um retorno ao passado, na parte mais genuína da Cidade, o Porto.

Assim, no início, as naus ancoravam no antigo Porto de São Vicente, na Ponta da Praia, na altura do Museu de Pesca, de lá as cargas seguiam por terra até o povoado de São Vicente.

Mais tarde Brás Cubas, que viera de Portugal com Martim Afonso de Souza, resolveu por volta de 1542 mudar o ancoradouro para um lugar mais seguro. Escolheu o Lagamar do Enguaguaçú, , que é uma pequena baía interna formada  nas proximidades da Alfândega e do Rio Bertioga. O local passou a ser chamado de Porto de Santos, em razão de Lisboa ter uma parte do porto chamada de Cais de Santos.


Na margem direita, o Estuário avançava até a atual Rua Silva
Jardim. A seta indica a linha férrea, construída pela Companhia
Docas de Santos, para transportar blocos de pedras do Jabaquara,
destinados a aterrar a curvatura entre o Paquetá e os Outeirinhos

Clique aqui para ler a segunda parte deste artigo

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