Quinta, 26 Dezembro 2024

Próximo das festas de fim de ano, a mídia publicou notícias sobre os apagões de energia que afetaram o desempenho dos aeroportos cariocas - o Galeão e o Santos Dumont -, este último situado em local privilegiado do Rio de Janeiro.

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Apresentação de imagens históricas do Aeroporto Santos Dumont
* Reportagem: Passageiros mostram irritação com calor no Aeroporto Santos Dumont

A falta de energia elétrica ocasionou transtornos aos passageiros e demais pessoas. Embora o sistema de ar condicionado tenha voltado a funcionar, todos que lá estavam sofreram com o forte calor que atingiu a Cidade Maravilhosa.


Foto recente do bem localizado Aeroporto Santos Dumont - Rio de Janeiro,
o primeiro aeroporto civil no Brasil. Ao fundo, o Pão de Açúcar. Reprodução.

Diante dessas notícias, como bom memorialista, retornei aos idos de 1950, quando fiz a minha primeira viagem ao Rio de Janeiro, ainda menino, na companhia dos meus pais, a bordo de um DC-3 da companhia Real Transportes Aéreos, que atuou de 1945 a 1961.

Os voos da Real – que tinha como símbolo um coringa – partiam da Base Aérea de Santos com destino ao Santos Dumont e duravam em média duas horas.


Cartão-postal comercial da Aerovias Brasil. A ilustração é de um DC 6. Reprodução.

Durante o percurso, serviam Mentex (para evitar entupimento dos ouvidos), guaraná, água e cafezinho.

Me lembro muito bem da turbulência, da trepidação e do ruído dos motores dos aviões de hélices...

O que mais me impressionou foi a chegada ao Rio, quando passamos próximo ao famoso Pão de Açúcar. Do alto, os prédios e veículos pareciam brinquedos e as pessoas, formiguinhas...


Cartão-postal comercial da inesquecível companhia VASP
e do Hotel Comodoro. Década de 1950. Reprodução.

Eu ficava na janela do DC-3, encantado com o que via!

Ao desembarcar no Aeroporto, estavam à nossa espera o meu avô materno e as minhas tias, que residiam no tradicional bairro da Tijuca.

Caso não me falhe a memória, a Real deixou de fazer a rota por volta de 1956, quando a TAC – Transportes Aéreos Catarinenses assumiu a linha. O voo era de escala e partia de Florianópolis. Nunca cheguei a viajar pela TAC.


Foto clicada no Aeroporto Santos Dumont, onde estão o
autor quando menino, com a irmã Aura Silvia. Ao centro
Aura Maria (mãe do autor), ladeada pelas tias cariocas
Sylvia e Elza. Data: 17/07/1952.

Passados alguns anos, a linha foi suspensa e quem, partindo de São Paulo, desejasse ir ao Rio de Janeiro de avião tinha que embarcar no Aeroporto de Congonhas.

Clique aqui para ler a segunda parte deste artigo.

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