Como admirador do Porto de Santos e de navios, homenagear a Capitania dos Portos de São Paulo, na celebração dos 165 anos, é uma grande satisfação!
Emblema da Capitania dos Portos do Estado de
São Paulo, que completou 165 anos de atividades
no Porto de Santos; o atual comandante é o
Capitão-de-Mar-e-Guerra Marcelo Ribeiro de Souza
Nasci e fui criado na Avenida Almirante Cochrane, o Canal 5, onde moravam pessoas ligadas a atividades do mar, como oficiais da Marinha, práticos, portuários, fiscais da Alfândega e médicos ligados ao Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Marítimos, da antiga concessionária do porto, a Companhia Docas de Santos, a famosa CDS, que administrou o cais de 1890 a 1980.
Assim, no decorrer da minha vida, sempre vivenciei e escutei muitas coisas a respeito do maior porto da América do Sul.
Acredito que tudo isso – e também por haver nascido em uma avenida com o nome do Almirante Cochrane – tem muito a ver com a minha paixão pelas coisas do mar.
A pintura de Benedito Calixto mostra o local onde funcionou a primeira
Capitania dos Portos, no antigo Arsenal de Marinha, em frente à Igreja do
Carmo, na qual está situada na Praça Barão do Rio Branco. Reprodução
Desfrutar da oportunidade de repassar rapidamente no Portogente a trajetória da Capitania dos Portos de São Paulo ao longo desses 165 anos é uma honra!
Histórico
O Decreto Imperial n.º 358, de 14 de agosto de 1845, autorizava o Governo "a estabelecer uma Capitania do Porto em cada Província Marítima do Império", com atribuições específicas de "polícia naval, conservação do porto, inspeção e administração dos faróis, balizamento, matrícula da gente do mar e do tráfego do porto e das costas, praticagem e das barras".
Em decorrência, pelo Decreto n.º 531, de 11 de setembro de 1847, sua Majestade e Imperador D. Pedro II resolvia estabelecer a Capitania do Porto de Santos na Província de São Paulo, tendo o primeiro titular, o Capitão-de-Mar-e-Guerra João Baptista de Souza, assumido o cargo em 15 de maio de 1852.
O cartão-postal exibe o palacete que ficava situado na Av. Conselheiro
Nébias, esquina com a Rua Sete de Setembro, onde funcionou a
Capitania de meados da década de 1930 até 1956. Col. do autor
A Capitania funcionava então no prédio do antigo Arsenal de Marinha de Santos, em frente à Igreja do Carmo, onde existe hoje a Praça Barão do Rio Branco, prédio que, antes de servir como sede da Capitania, agrupou uma Companhia de Aprendizes Marinheiros.
No início do Século XIX, passou a funcionar em um prédio colonial da Rua General Câmara, nas proximidades do Largo Tereza Cristina, antigo Largo da Imperatriz.
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