Sexta, 27 Dezembro 2024

A tragédia ocorrida com o transatlântico italiano Andrea Doria aconteceu há 56 anos. Durante todo esse período, sempre atraiu caçadores de tesouros e aventureiros, além de fascinar estudiosos e pesquisadores (leia Naufrágio do ‘Andrea Doria’ completa 50 anos).

 

O Andrea Doria era o mais luxuoso transatlântico italiano da
época.
Aqui vemos ele deixando Nova Iorque, nos Estados Unidos,
por volta de 1954. Acervo de William Miller.

 

O abalroamento aconteceu na noite de 25 de julho de 1956, em pleno Atlântico Norte. Procedente da Itália e rumo aos Estados Unidos, ele chocou-se com o navio de passageiros sueco Stockholm, que deixava o Porto de Nova Iorque rumo à Europa. A colisão foi um assunto bastante comentado em Santos, onde teve ampla repercussão.

 

Envolvimento

Naquela época, não havia o bombardeio de informações de hoje, permitindo um maior envolvimento das pessoas em fatos distantes como um choque de navios na costa dos Estados Unidos.

 

Por isso o caso Andrea Doria x Stockholm não consegue cair no esquecimento de quem viveu a romântica época.

 

O transatlântico sueco Stockholm da Swedish American
Line, que atingiu o Andrea Doria com sua proa reforçada para

romper gelo na noite de 25 de julho de 56. Acervo: L. J. Giraud.

 

O pesquisador brasileiro José Carlos Rossini foi também contagiado pelo fascínio do episódio. Ele morou em Santos e hoje reside em Genebra, Suíça. É autor de várias obras sobre o tema navios.

 

No 20º aniversário do acidente, em 25 de julho de 1976 , o jornal A Tribuna de Santos publicou uma ampla reportagem do jornalista José Carlos Silvares (na época editor do Porto & Mar), em duas páginas, com base em pesquisa de Rossini.

 

Resgate

Um destaque no naufrágio do Andrea Doria: a operação de resgate dos tripulantes e passageiros do transatlântico foi a mais bem sucedida da história da navegação marítima.

 

Algumas fontes dizem que 52 pessoas foram ao fundo do mar junto com o navio. Outras dão como 54 o número de vítimas fatais. E há quem conte 43. O que há de certo é o número de tripulantes e passageiros: 1.706.

 

No cartão-postal da década de 50, estão atracados em Genova-Italia,

os transatlânticos gêmeos Cristoforo Colombo, que nos anos 70 vinha

para a América do Sul e o fatídico Andrea Doria. Acervo: L. J. Giraud.

 

Clique aqui para ler a segunda parte deste artigo.

 

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