Quinta, 26 Dezembro 2024

Nas primeiras sete décadas do Século 20, Santos era cenário de um verdadeiro desfile de transatlânticos.

Em alguns dias, registrava-se a escala de até cinco de navios de passageiros. A maioria das embarcações era de linha regular.

 

O grandioso transatlântico alemão Cap Arcona

atracado no Armazém da Bagagem, durante

uma das escalas, no início dos Anos 30.

 

Quando os navios estavam no porto, os passageiros aproveitavam para conhecer as praias ou fazer compras no Centro.

Era fato corriqueiro ver estrangeiros em nossos restaurantes e confeitarias, e o mais importante, sem quem fossem molestados.

Observadores comentam que o número de transatlânticos que freqüentaram Santos chegou à casa dos 1.200, mas há outros que ampliam o número para 1.500.

Da imensa frota de navios de passageiros que passaram pela Cidade, destacaram-se alguns:

O Kasato Maru, navio que trouxe os primeiros

imigrantes japoneses para o Brasil, atracado

próximo ao Cais do Armazém 14 da Companhia

Docas de Santos, 1908.

 

Alcantara,
Ana C,
Andes,
Araguaya,
Argentina,
Asturias,
Augustus,
Avon,
Brasil,
Bretagne,
Cap Arcona,
Cap Polonio,
Conte Biancamano,
Conte Grande,
Conte Rosso,
Conte Verde,
Cristoforo Colombo,
Eugenio C (depois Eugenio Costa),
Federico C,
Giulio Cesare,
Lutetia,
Massilia,
Provence,
Santa Maria,
Serpa Pinto e
Vera Cruz.

Além desses transatlânticos, outros menos célebres também vieram a Santos, inclusive modestos navios mistos – de cargas e de passageiros.

Alguns trouxeram inclusive imigrantes, que criaram raízes e tiveram descendentes nascidos no Brasil.

Veja mais imagens:

 

O britânico Asturias, da Royal Mail Lines,

irmão do Alcantara, fez escalas no Porto de

Santos de 1926 a 1934. Foi demolido em 1957

(Reprodução: Acervo Fundação Arquivo

Memória de Santos).

 

O navio alemão Cap Polonio, da Hamburg Süd,

atracando no Cais do Armazém de Bagagem.

 

O italiano Conte Biancamano, que fazia par

com o Conte Grande, ficou muito conhecido

na rota sul-americana, 1951.

 

Cartão-postal de 1951, mostrando, da direita

para a esquerda, o português Serpa Pinto, o

cargueiro norueguês Cometa e o transatlântico

argentino Rio Jachal.

 

O britânico Highland Monarch, da Royal Mail

Line, fazendo giro para atracar no Cais do

Armazém 15, em 1939. Eram seus irmãos o

Highland Brigade, o Highland Schieftrain e o

Highland Princess.

 

O famoso Augustus, da Italia Di Navigazione,

enconstando no Cais do Armazém 15 da

Companhia Docas de Santos, era irmão do

Giulio Cesare, 1952.

 

O transatlântico Giulio Cesare, de 1951, um dos

mais conhecidos entre os que gostam de navios

de passageiros, na linha da América Latina, 1952

(Reprodução: Foto de José Dias Herrera do Acervo

L. J. Giraud).

 

O Federico C, da italiana Costa, atracando em

1958 no Cais do Armazém 15 da Companhia

Docas de Santos (Reprodução: Foto de José

Dias Herrera do Acervo L. J. Giraud).

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