Nas primeiras sete décadas do Século 20, Santos era cenário de um verdadeiro desfile de transatlânticos.
Em alguns dias, registrava-se a escala de até cinco de navios de passageiros. A maioria das embarcações era de linha regular.
O grandioso transatlântico alemão Cap Arcona
atracado no Armazém da Bagagem, durante
uma das escalas, no início dos Anos 30.
Quando os navios estavam no porto, os passageiros aproveitavam para conhecer as praias ou fazer compras no Centro.
Era fato corriqueiro ver estrangeiros em nossos restaurantes e confeitarias, e o mais importante, sem quem fossem molestados.
Observadores comentam que o número de transatlânticos que freqüentaram Santos chegou à casa dos 1.200, mas há outros que ampliam o número para 1.500.
Da imensa frota de navios de passageiros que passaram pela Cidade, destacaram-se alguns:
O Kasato Maru, navio que trouxe os primeiros
imigrantes japoneses para o Brasil, atracado
próximo ao Cais do Armazém 14 da Companhia
Docas de Santos, 1908.
Alcantara,
Ana C,
Andes,
Araguaya,
Argentina,
Asturias,
Augustus,
Avon,
Brasil,
Bretagne,
Cap Arcona,
Cap Polonio,
Conte Biancamano,
Conte Grande,
Conte Rosso,
Conte Verde,
Cristoforo Colombo,
Eugenio C (depois Eugenio Costa),
Federico C,
Giulio Cesare,
Lutetia,
Massilia,
Provence,
Santa Maria,
Serpa Pinto e
Vera Cruz.
Além desses transatlânticos, outros menos célebres também vieram a Santos, inclusive modestos navios mistos – de cargas e de passageiros.
Alguns trouxeram inclusive imigrantes, que criaram raízes e tiveram descendentes nascidos no Brasil.
Veja mais imagens:
O britânico Asturias, da Royal Mail Lines,
irmão do Alcantara, fez escalas no Porto de
Santos de 1926 a 1934. Foi demolido em 1957
(Reprodução: Acervo Fundação Arquivo
Memória de Santos).
O navio alemão Cap Polonio, da Hamburg Süd,
atracando no Cais do Armazém de Bagagem.
O italiano Conte Biancamano, que fazia par
com o Conte Grande, ficou muito conhecido
na rota sul-americana, 1951.
Cartão-postal de 1951, mostrando, da direita
para a esquerda, o português Serpa Pinto, o
cargueiro norueguês Cometa e o transatlântico
argentino Rio Jachal.
O britânico Highland Monarch, da Royal Mail
Line, fazendo giro para atracar no Cais do
Armazém 15, em 1939. Eram seus irmãos o
Highland Brigade, o Highland Schieftrain e o
Highland Princess.
O famoso Augustus, da Italia Di Navigazione,
enconstando no Cais do Armazém 15 da
Companhia Docas de Santos, era irmão do
Giulio Cesare, 1952.
O transatlântico Giulio Cesare, de 1951, um dos
mais conhecidos entre os que gostam de navios
de passageiros, na linha da América Latina, 1952
(Reprodução: Foto de José Dias Herrera do Acervo
L. J. Giraud).
O Federico C, da italiana Costa, atracando em
1958 no Cais do Armazém 15 da Companhia
Docas de Santos (Reprodução: Foto de José
Dias Herrera do Acervo L. J. Giraud).