Domingo, 02 Junho 2024

Clique aqui para ler a primeira parte deste artigo.

Depois desse agradável passeio, vamos ao bar, onde nos é oferecido um copo da conhecida água mineral San Benedetto. Outros preferem se deliciar com a conhecida laranjada San Pellegrino.


Bar da primeira classe, decorado num moderno estilo. Col. do autor.

No bar, o falatório é grande. Ouvimos pessoas conversando nos idiomas italiano, português e espanhol – é grande o número de argentinos e uruguaios.

Já por volta das 16 horas, o navio faz soar um apito longo, que chega a emocionar. O apito é um pedido para que os visitantes desembarquem.


Salão de leitura da primeira classe. Col. do autor.

A seguir é solicitado, através dos alto-falantes, o desembarque imediato. “La nave partenza!”.

Apresentamos os nossos agradecimentos ao gentil cicerone que, paciente, nos mostrou quase todo o navio.

No cais, as cenas são emocionantes. Pessoas acenam a parentes e amigos que estão no alvo transatlântico.


Vitrine da butique de primeira classe.

Na ponte de comando, o prático Edmar Botto de Melo (falecido em 1970), dá o apito – na época era usado o código de apitos para manobras – de início da manobra. O que é prontamente respondido e atendido pelos mestres dos rebocadores Marte e Saturno, da Wilson, Sons.

Aos poucos, o navio se afasta do cais, ao som da orquestra de bordo, que toca a imortal canção Funiculi Funicola. É de arrepiar.

Vale dizer que o Conte Grande foi construído em 1928, mas somente em 1933 veio ao Brasil.

A decoração do navio era esplendorosa. O casco era preto, o que lhe dava um ar de nobreza. Antes ele fazia a linha do Atlântico Norte.

Foi aprendido em Santos durante a Segunda Guerra Mundial. E vendido aos Estados Unidos, onde serviu como navio-transporte de tropas, com o nome de Motecielo. Após o conflito mundial, foi devolvido à Itália.


Na área da piscina, Netuno o rei dos mares durante a comemoração
da passagem pelo Equador. O menino da direita é o escritor e
cartofilista João Emilio Gerodetti.

Retornou para a linha da América do Sul em 1949, com a proa lançada e o casco branco, o que lhe conferiu um visual mais bonito do que o anterior. Ficou mais jovial.

Antes da reforma, o navio deslocava 25.661 toneladas e media 199 metros de comprimento. A velocidade média era de 22 nós (40,7 quilômetros horários) e tinha capacidade para 1.588 passageiros em várias classes.

A última passagem do Conte Grande por Santos aconteceu em 30 de novembro de 1960.

Depois dessa viagem simbólica no tempo, vamos entrar na máquina do tempo para voltarmos ao presente.

Faço votos de que a viagem no tempo tenha sido prazerosa.

Aos leitores, obrigado pela companhia!

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