Sábado, 28 Dezembro 2024

“Há 353 anos, Sir Walter Raleigh (1) escreveu as seguintes palavras: ‘Aquele que dominar o mar, dominará o Mundo’, afirmativa que permanece verdadeira até hoje.”


O lança-mísseis USS Canberra, que fazia parte da esquadra

americana que visitou Santos - 1957 (Reprodução: Foto de João

Gabriel Camacho, Acervo L. J. Giraud)

 

Santos, por ser uma cidade de grande destaque, sempre foi privilegiada com visitas - quer de cortesia, quer de treinamento - de navios de guerra de bandeiras amigas como:

 

- Argentina,

- Uruguai,

- Estados Unidos,

- Reino Unido,

- Canadá,

- Portugal,

- Japão,

- Alemanha,

- Chile,

- Itália,

- França e

- Espanha,

entre outras.

 


A canhoneira Pátria, da Marinha portuguesa, fundeada nas

proximidades do Cais do Armazém 4 da Companhia Docas de

Santos - 1905 (Reprodução: Acervo Jaime Caldas)

 

Assim, recebemos visitas:

 

- da canhoneira Pátria, da Marinha de Portugal, em 1905,

- do cruzador pesado Repulse, da Marinha britânica, em 1921,

- do cruzador Roma, da Marinha italiana, em 1920,

- da grande esquadra dos Estados Unidos composta de 13 unidades, comandadas pelo cruzador Macon, em 1953,

- do cruzador Canberra, que foi o primeiro navio de combate armado com foguetes teleguiados a visitar Santos no ano de 1957.

 


O famoso encouraçado São Paulo, navegando no Estuário de Santos

por volta de 1920. Ele fazia par com o Minas Geraes: ambos foram

os mais poderosos do Mundo, na época do seu lançamento, em 1910

(Reprodução: Acervo L. J. Giraud)

 

Nos Anos 60 vieram os cruzadores: Jeanne d’Arc, da Marinha francesa, e o italiano Andrea Doria, que, diga-se de passagem, fez muito sucesso na época. Isso sem deixar de mencionar os navios-escola, como:

 

- o Juan Sebastian Delcano, da Espanha,

- o Sagres I e o Sagres II, de Portugal,

- o Liberdad, da Argentina,

- o Americo Vespuccio, da Itália, e

- o Esmeralda, da Marinha Chilena.

Não podemos esquecer os gloriosos navios da Marinha brasileira, como:

- os encouraçados São Paulo e Minas Geraes, de 1910,

- o antigo cruzador Bahia,

- os contratorpedeiros de escolta da classe B (Beberibe, Bocaina, Bauru e Bertioga),

- o Marcílio Dias, o Mariz e Barros e o Greenhalg,

- as corvetas Mearim, Forte Coimbra, Imperial Marinheiro e

- os inesquecíveis cruzadores adquiridos da Marinha dos Estados Unidos e incorporados na Marinha do Brasil em 1952: o Barroso, que foi capitânia da Esquadra brasileira, e Tamandaré, desativados em 1970.

 

O cruzador Repulse, da Armada britânica, ancorado na altura

da Ilha das Palmas, no Porto de Santos, quando da sua visita - 1922

(Reprodução: Acervo L. J. Giraud)

 

Vale lembrar que esses dois navios ainda hoje são muito lembrados por terem participado de várias atividades.

 

Por exemplo: o Barroso, com o prefixo C-11, representou o Brasil na parada naval de coroação da Rainha Elizabeth II em Portsmouth, Inglaterra, em 1953.

 

O Barroso fez parte das comemorações dos 500 anos do nascimento do Infante Dom Henrique, em Lisboa Portugal, onde participaram belonaves de vários países.

 


Contratorpedeiros de escolta da classe B (Beberibe, Bocaina, Bertioga,

Bauru) da Marinha do Brasil em viagem de treinamento de cadetes da Escola

Naval - 1953 (Reprodução: Foto de José Dias Herrera, Acervo L. J. Giraud)

 

O glorioso Tamandaré integrou incontáveis missões. Entre elas a de conduzir o presidente Café Filho em visita de cortesia a Portugal em 1955, quando fundeou em frente ao Terreiro do Paço, em Lisboa.

 

Falar sobre navios de combate é um assunto que pende quase para o infinito, pois os casos são muitos.

 

Ainda lembramos os navios-escola Saldanha da Gama e Guanabara, que foram literalmente verdadeiras escolas de bons marinheiros.

 

Quanto ao Saldanha da Gama, fez diversas viagens de instrução naval com cadetes da Escola Naval pela Europa e Estados Unidos, até ser substituído pelo Duque de Caxias.

 

Um cruzador pesado britânico durante manobra de atracação em meados

dos Anos 50 do Século 20. Ao fundo, a Ilha Barnabé. (Reprodução: Foto de J

ose Dias Herrera, Acervo L. J. Giraud)

 

Com relação ao Guanabara, este é o atual Sagres II, da Marinha de Portugal, e representa com muito garbo essa nação.

Finalizando, vale lembrar que uma das missões mais importantes das Marinhas de Guerra consiste na proteção das vias marítimas dos países a que pertencem.

 

(1) Sir Walter Raleigh (1554-1618) foi um aventureiro inglês. Ele nasceu em Hayes Barton, Devon. Foi responsável por transportar o fumo e a batata da América para a Inglaterra. Tornou-se favorito da rainha Elizabeth I, que lhe concedeu o título de cavaleiro, em 1585 e lhe cargos, terras e privilégios. Escreveu The Discoverie of Guiana (1596) e The History of the World (1614).

 

Veja mais imagens:

 


Os gloriosos cruzadores Barroso e Tamandaré, respectivamente

ex–USS Philadelphia e ex-USS Saint Louis, atracados na altura do

Cais do Armazém 15 da Companhia Docas de Santos - 1956 (Reprodução:

Foto de José Dias Herrera, Acervo L. J. Giraud)

 


Belíssima imagem do navio-escola

Guanabara, da Marinha brasileira, atra-

cado nas proximidades da Alfândega de

Santos - 1956. Atualmente é o Sagres II,

da Marinha de Portugal (Reprodução:

José Dias Herrera, Acervo L. J. Giraud)

 


Cartão-postal, mostrando a maior esquadra que visitou Santos, comandada

pelo USS Macon. Faziam parte da comitiva os cruzadores Albany e o porta-

aviões Saipan. No total, foram 13 unidades da Marinha dos Estados Unidos -

1953 (Reprodução: Acervo L. J. Giraud)



O porta-aviões americano USS Coral Sea, fundeado na

Baía de Santos – 1957.

Acervo: L. J. Giraud

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