Sábado, 27 Abril 2024

O quadro ambiental desta semana sofre uma queda de temperatura. Vamos fazer uma pausa nas análises do processo de ocupação do Porto de Santos e viajar para o coração da Europa. Zarpamos para o Reino da Bélgica, no Mar do Norte.

 

Diferente do imenso Brasil de várias regiões e forte miscigenação, mas unido por um idioma – o português (apesar dos diversos sotaques) – a Bélgica configura-se como um pequeno país, dividido culturalmente em norte, de origem germânica e língua flamenga, e sul, de origem celta e de língua francesa. O alemão também aparece como idioma corrente lá.

 

A conformação natural do país permite dividí-lo em três regiões distintas: a alta Bélgica (ao sul), abrangendo o planalto das Ardenas, de clima frio e menor densidade populacional; a média Bélgica, cortada pelos rios Sambre e Mosa, densamente povoada, onde se encontram importantes cidades industriais como Liège, Charleroi e Namur e a baixa Bélgica, ao norte, junto ao mar, tradicionalmente comercial, tendo como centro urbano mais importante o porto de Antuérpia.

 

Na I Guerra Mundial, as tropas aliadas combateram os alemães em trincheiras lamacentas, cavadas nas planícies costeiras belgas. Antes disso, em 1815, a Batalha de Waterloo se travou ao sul de Bruxelas, onde os exércitos da Inglaterra, Alemanha, Holanda, Bélgica e Prússia infligiram a derrota final a Napoleão Bonaparte.

 

Bruxelas, a capital belga, chamada de Bruxelles (em francês) ou Brussels (em flamengo), com mais de um milhão de habitantes, pode ser considerada a cidade mais internacional do mundo.  É sede da União Européia e da OTAN e está próxima de alguns portos importantes (aqui grafados agora com sua denominação internacional): Rotterdam (Netherlands), Southampton (England) e Cherbourg (France), além de outros em território belga, como Antwerp (o já citado Antuérpia), Gent e Zeebrugge.

 

Apesar de ser território da classe dirigente cosmopolita (os "eurocratas") e de abrigar cerca de 200 embaixadas e os escritórios de mais de 800 companhias multinacionais, Bruxelas ainda mantém o aspecto de burgo medieval. Já foi definida pelos mais intelectuais como o mais belo teatro do mundo e pelos pragmáticos como a capital das cervejas e dos chocolates.

 

A “Grand Place” exibe edifícios reconstruídos ou restaurados, originalmente construídos no século XIII (como os mercados do pão, da carne e dos tecidos) ou no século XV, como o “Hotel de Ville” (a Prefeitura), símbolo do poder municipal. Perto desta praça, as ruas estreitas e tortuosas, cada uma com o nome de uma profissão ou de um mercado, evocam um passado comercial ativo.

 

A América do Sul, especialmente o Brasil, tem estreitado suas relações comerciais com a Bélgica. Na próxima semana continuaremos nossa viagem a este rico Reino.

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