Quinta, 26 Dezembro 2024

O que está no imaginário do povo brasileiro ou das pessoas em geral quando se fala de Santos? Mar. Praia e Porto. Café. Futebol.

Para grande parte das pessoas que não vivem na Costa da Mata Atlântica, ir a Santos pode significar passar um fim de semana no Guarujá, em São Vicente, na Praia Grande ou até em Mongaguá ou Peruíbe. Há séculos Santos tem esse significado ampliado.

Foto: www.novomilenio.inf.br

Álbum Exploração do Littoral - 1ª secção - Cidade de Santos à
fronteira do Estado do Rio de Janeiro, da Commissão Geographica
e Geologica do Estado de S. Paulo, impresso por Typographia Brazil
de Rothschild Co., S. Paulo, 1915. Acervo da Sociedade Humanitária
dos Empregados no Comércio (SHEC) de Santos.

O início da transformação da ocupação da orla da praia de Guarujá, junto ao mar, no ano de 1915 foi registrado e a imagem publicada no Álbum Exploração do Litoral. A paisagem da Praia de Pitangueiras também ilustrou cartões postais. No canto superior deste cartão, a descrição “Santos – Guarujá – Praia – Vista do Grande Hotel”.

Foto: www.novomilenio.inf.br

Cartão postado no Guarujá com destino a Campinas, em 21 de
dezembro de 1924. Imagem enviada ao site Novo Milênio pelo
professor de História e pesquisador Francisco Carballa.

Esta semana, porém, a festa destaca as cidades portuárias de Santos e de São Vicente (Cellula Mater ou Primeira Cidade do Brasil). Segundo uma das versões da história, há 480 anos, em 20 de janeiro de 1532, a esquadra de Martim Afonso de Souza avistava a Ilha de Guaiaó. Não com clareza porque naquela época já tinha ventania, tempestade e trovoada, é claro. O mau tempo atrapalhou a entrada das caravelas na barra e o desembarque só aconteceu no dia 22 de janeiro.

Já, em outra versão da história, em dezembro de 1531, a expedição colonizadora comandada por Martim Afonso de Souza fundeia seus navios defronte à praia do Sol (praia do Góis), na Ilha de Santo Amaro. Naquela época, o povoado de São Vicente já possuía algumas casas, muitas habitações indígenas, armazéns para mantimentos, embarcações, uma pequena torre de pedra para defesa, o Porto das Naus para navios de grande calado (na chamada barra grande, que é o Estuário de Santos) e um porto para embarcações menores (na chamada barreta, no povoado de São Vicente propriamente dito).

Seguindo as recomendações de D. Manoel, Rei de Portugal, o Capitão-Mor Martim Afonso estabeleceu oficialmente a Vila de São Vicente em 1532, organizou um sistema político-administrativo e instalou a Câmara, a Igreja, o Pelourinho e a Cadeia, símbolos da colonização portuguesa.

O crédito pela iniciativa de transferir o Porto das Naus, na baía de Santos para o norte da ilha, em águas mais protegidas, inclusive do ataque de piratas, indesejáveis visitantes e saqueadores do povoado é atribuída ao feitor, servidor pessoal de Martim Afonso, Braz Cubas.

O local escolhido, no acesso do canal de Bertioga, denominado Enguaguaçu, recebeu o núcleo do povoado do Porto de São Vicente (em Santos). Ali foram construídos uma capela e um hospital, cujas obras se concluíram em 1543. O hospital recebeu o nome de Casa da Misericórdia de Todos os Santos. Em 1546, o povoado foi elevado à condição de Vila do Porto de Santos.

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