Atualmente, as queixas referentes à expansão suburbana, ao crescimento da população e aos congestionamentos no trânsito vêm sendo constantes na sociedade, porém muitos vivem em casas uni familiares e a grande maioria utiliza seus automóveis como principal meio de locomoção.
Abertamente, lamentamos a perda da “vida comunitária”, mas optamos por viver em subúrbios sem rostos e sem personalidade, onde a coletividade não tem vez. Ao passo que queremos cidades habitáveis e com qualidade de vida, não estamos dispostos a sacrificar o estilo suburbano corriqueiro.
Há tempos que planejadores de transporte, urbanistas e analistas políticos vêm se esforçado para conciliar o que dizemos que queremos com o que realmente escolhemos como sociedade. De modo geral eles falharam.
Em todo o mundo a utilização de automóveis cresce ininterruptamente. Enquanto as pessoas aumentam seu poder de barganha, elas passam a adquirir carros e a viverem em casas enormes, distantes do centro da cidade. Nada pode impedi-las: os altos preços dos combustíveis; a melhoria do transporte público; nem o melhor zoneamento urbano, nada tem sido suficiente para que a sociedade colabore com o bem estar mútuo.
Todo este comodismo converge em congestionamentos imensos, mortes inaceitáveis, ambiente sujo e degradado, aumento drástico de infraestrurura, fragmentação social, insalubridade e empobrecimento cultural.
Fica então uma questão: quantos ciclistas e pedestres ainda precisarão morrer até que alguma ação válida mude o cenário?
Na próxima semana será apresentado um exemplo de urbanização, que pode amenizar e articular o problema do crescimento desordenado.