As técnicas de mapeamento como a topografia e a fotogrametria, geram produtos cartográficos em diferentes níveis de qualidade, visto a metodologia e o equipamento utilizado. Essa variação está diretamente ligada com a precisão do levantamento, sendo que o grau de detalhes na execução do mapeamento é relacionado com a finalidade e a precisão do material cartográfico gerado.

Antigamente, o produto final do mapeamento tratava-se de um material analógico, impresso em folha de papel. Por esse motivo, o mapeamento era executado com precisão fixa, direcionado para a escala de impressão final do mapa.

Nos dias de hoje, com a popularização da cartografia digital, o conceito de escala fixa vem sofrendo alterações, o que evidencia a importância de padrões de exatidão cartográfica voltados para cartografia digital.

Padrão de Exatidão Cartográfico no Brasil (PEC)
Brasil (1984), o Capítulo 2 do Decreto n° 89.817 de 20 de junho de 1984 classifica uma carta em função de sua exatidão, sendo que tais cartas devem obedecer ao Padrão de Exatidão Cartográfica (PEC).

Para a planimetria, 90% dos pontos bem definidos numa carta, quando testados no terreno, não devem apresentar erro superior ao padrão de exatidão cartográfico estabelecido, ou seja, PEC = 1,6449 multiplicado por EP, onde EP corresponde ao erro-padrão (equivalente aos termos desvio-padrão e erro médio quadrático). Assim, o EP num trabalho cartográfico, segundo o mesmo decreto não deve exceder 60,8% do PEC.

Usualmente, a análise da exatidão de produtos cartográficos é feita a partir das discrepâncias entre as coordenadas de pontos coletados na imagem (em meio digital) ou na carta (em meio analógico) e as suas coordenadas dos pontos homólogos no terreno.

O decreto n° 89.817 em seu artigo 9°, indica as classes para cartas em função de seu Padrão de Exatidão Cartográfico, como ilustrado na Tabela abaixo.

Tabela - Valores do PEC, segundo Decreto 89.817 de 20/06/1984.

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