Domingo, 28 Abril 2024

Apesar dos cuidados com os criadouros no solo, da fiscalização de pneus velhos e outros lugares suscetíveis de armazenar água limpa e assim funcionarem como criadouros desses mosquitos, há lugares que estão sendo esquecidos ou ignorados devido ao acesso difícil, entre eles as piscinas nas coberturas dos prédios e – o que nos interessa aqui – os tetos dos contêineres que permanecem dias, meses e até anos parados nos cais, recintos alfandegados, terminais retroportuários e de reparos.

Portogente já abordou o assunto em 2006, ano em que a quantidade de casos de dengue aumentou exponencialmente em Santos, no litoral paulista. Na ocasião, reportagem do site mostrou que os bairros portuários concentravam a maior média dos casos de dengue, em grande parte por causa da água acumulada no teto dos contêineres.

Fotos: Sérgio Furtado Imagens Aéreas

Foto mostra acúmulo de água em contêiner que, aparentemente,
está há muito tempo parado no Porto de Santos

Devido às chanfraduras características do teto, os contêineres podem armazenar ali a água da chuva, e como ficam às vezes no alto de pilhas de seis unidades, equivalentes à altura de prédios de uns cinco pavimentos - mas sem as escadas para fácil acesso aos lugares mais altos - os próprios responsáveis pelos terminais muitas vezes ignoram esses potenciais focos de proliferação dos mosquitos.

Esta denúncia se refere principalmente a Santos, mas vale para todos os demais lugares do País onde existam contêineres, inclusive os terminais de cargas e contêineres situados nas cidades interioranas. Cabe à população e às autoridades ficarem atentas, especialmente nesta época do ano em que costumam proliferar os mosquitos Aedes Aegypti, vetores do vírus da dengue e outras doenças infectocontagiosas.

Vale o alerta também (e especialmente) para o Rio de Janeiro, onde as variantes mais graves têm feito incontáveis vítimas, inclusive fatais. Considere-se ainda as previsões preocupantes de sanitaristas, de que o próximo verão deve ser marcado por um rebrote sazonal da dengue, inclusive com maior presença do sorotipo 4, hemorrágico.

O alerta, comprovado com fotos feitas desde helicóptero, é repassado pelo colega Sergio Furtado, fotógrafo especializado em imagens aéreas, e que está preocupado, pois em Santos os terminais formam um cinturão ao redor da cidade, desde a Ponta da Praia até o Jabaquara, da Zona Noroeste à divisa com Cubatão. E ignorar os contêineres nos terminais é invalidar boa parte dos esforços feitos pelos sanitaristas e pelos agentes antidengue que rotineiramente percorrem as casas, em busca de recipientes expostos à chuva.

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