Qualquer corretor da Bolsa de Valores sabe que o melhor momento para comprar ações é quando elas estão no pico da baixa. A não ser que a empresa vá mesmo desmoronar. Quando a empresa tem o porte dos Estados Unidos, sempre existem recursos, mesmo em meio a eventual moratória (que, apesar do estardalhaço feito, nem é tão importante assim: todo esse processo já foi vivido pelo Brasil nas décadas finais do século XX e o país sobreviveu).
Então, partindo do pressuposto de que os EUA não irão à falência, está na hora de os brasileiros ficarem mais atentos, para fazer lá o que os estadunidenses e outros países do mundo desenvolvido fizeram. Ou seja, sair comprando empresas daquele país enquanto estão "baratinhas" lá e o próprio jogo cambial favorece, com um dólar teimando em baixar. Seria até uma forma de limpar um pouco o estoque brasileiro de dólares, que só se desvaloriza. Afinal, não tem de ser só a China a tomar conta dos EUA,
Da mesma forma como os EUA, dentro da idéia de uma suposta liberdade dos mares que eles queriam para os outros (enquanto conservavam como domínio ianque a navegação costeira de seu país), empresas brasileiras poderiam começar a investir na atividade marítima costeira dos Estados Unidos.
Deve também procurar formas de ampliar a participação nacional em outros setores econômicos, seja aproveitando o menor custo para se instalar (com a grande queda nos preços dos imóveis), seja se preparando para comprar ativos do governo, pressionando para que sejam vendidos bem baratinho, do mesmo modo como o Brasil foi pressionado a entregar quase de graça sistemas vitais como a distribuição de energia, as telecomunicações, transportes etc. Aliás, quase que o pré-sal ia nesse rolo, de brinde.
Aumentando ou não o teto da dívida, a banca internacional vai pressionar para que Obama comece a vender, de preferência em forma de liquidação. Então, antes que eles aproveitem a xepa da feira, é tempo de o Brasil começar a comprar...
