A publicação da Medida Provisória (MP) 595 pelo Governo Federal, revogando a Lei 8.630/93, de Modernização dos Portos, causou muita insegurança no ambiente portuário. Trabalhadores preparam manifestações e os investidores seguram bilhões que estão disponíveis para aplicar em empreendimentos do setor.
R$ 60 milhões, esse é o total de recursos que a Rumo Logística informa estar investindo na construção de cobertura do seu terminal de açúcar, no Porto de Santos, litoral paulista. Definida pela própria empresa como o maior projeto de engenharia em curso no País, é informado que a obra terá 138 metros de comprimento, 76 metros de altura e estrutura capaz de suportar ventos com mais de 160 quilômetros por hora.
Áreas portuárias ou voltadas para a atividade logística e áreas urbanas não são necessariamente incompatíveis como defendem muitos gestores no Brasil. Há diversas experiências em todo o mundo, como em Hamburgo (Alemanha), Genova (Itália) e Marselha (França), que obtiveram êxito em garantir harmonia aos interesses público e privado, gerando riquezas para todos os envolvidos.
Está mais evidente, a cada dia que passa, que existem muitas situações a serem investigadas no Porto de Santos, administrado pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp). Há um material farto para análise se assim o quiser a Polícia Federal que, aliás, já mostra a ponta desse “iceberg” com a Operação Porto Seguro. Mas é necessário que se avance. Sugerimos à PF, portanto, analisar com olhos de lupa as licitações realizadas pela Codesp.